quinta-feira, 30 de setembro de 2010

HSPM em greve dia 05

Conforme divulgou o site do SINDSEP, os trabalhadores do HSPM decidiram entrar em greve a partir do próximo dia 05. Os trabalhadores já haviam realizado uma paralisação nesta terça feira. Sem negociação até o momento, a opção foi pela greve. Parabéns, trabalhadores! Nós, servidores municipais devemos nos solidarizar aos companheiros e exigir do governo Kassab que atenda as justas reivindicações da categoria que como a maioria do funcionalismo sofre com salários comidos pela inflação de 16 anos.

Abaixo leia a Carta aberta dos trabalhadores do HSPM publicada mediante a paralisação.

 

Carta aberta - Paralisação no HSPM

Publicado no Site do SINDSEP - sábado, 25 de setembro de 2010


Paralisação no HSPM - dia 28 de setembro, terça-feira
das 9h às 10h, das 14h às 15h e das 20h às 21h.


Cidadãos e cidadãs de São Paulo,

há praticamente 16 anos sem reajustes nos salários, os funcionários do HSPM ainda não foram incluídos no reajuste geral da PMSP. Não houve a aplicação dos 2,14%, tampouco a revogação do artigo 44 – que trata dos reajustes salariais – e a Evolução Funcional que deixou muito a desejar. O Plano de Cargos, Carreiras e Salário não está sendo aplicado corretamente e não corrige as defasagens e as distorções salariais e a cla­ra discriminação que a Prefeitura faz entre profissionais do mesmo setor. 

Além disso, a Administração recusa-se a negociar uma solução rápida e definitiva que dê conta de atender às reivindicações - gerais e pontuais - para que seja restabelecida a dignidade, a valorização profissional, as condições de vida e trabalho e, dessa forma, contribuir para melhorar a qualidade dos serviços do hospital. Ao invés disso, a Prefeitura prefere transferir à iniciativa privada os recursos públicos, a gestão e as decisões sobre essas áreas cruciais. A introdução das Organizações Sociais – entidades privadas – na área da Saúde, são os exemplos mais evidentes. Es­sas entidades atuam livremente sem a menor preocupação emprestar contas de seus atos, tanto ao Executivo, quanto ao Legislativo e, muito menos, à população. Se há recursos para a iniciativa privada, por que não há recurso para o Município cumprir com suas obrigações constitucio­nais?

A situação é realmente insuportável. Inúmeros companheiros recebem mensalmente menos de um salário mínimo vigente no país; leis aprova­das na Câmara Municipal não são regulamentadas e, o que é pior, não são cumpridas pela própria Administração. O nosso hospital, o HSPM, está entregue à própria sorte. Está sendo sucateado, falta material, cirurgias são suspensas. Há evasão de médicos e demais profissionais, não re­cebe investimentos nem preenchimento de vagas com a convocação dos concursados para atender à demanda que cresce diariamente.

Os grandes prejudicados, além de nós, servidores públicos, são os cidadãos e cidadãs de São Paulo que precisam dos serviços públicos. Filas imensas nos corredores dos hospitais, falta de leitos, são uma triste rotina. 

Nós, servidores, fazemos de tudo, apesar de todas as adversidades, para servir e atender bem a população. O que a população talvez não sai­ba é que o ritmo de trabalho extenuante, combinado com a mais completa falta de condições e a pressão do cidadão e da cidadã pelo bom aten­dimento têm levado o funcionalismo a níveis de estresse jamais visto.

Não podemos abaixar a cabeça diante dessa situação. Por isso, em assembleia em frente ao HSPM – no dia 24 de setembro, às 16 horas – após reunião com a superintendência do hospital na qual não houve nenhum esboço de solução, decidimos pela paralisação no dia 28 de setembro em horários alternados: das 9 às 10 horas, das 14 às 15 horas e das 20 às 21 horas. Pedimos a compreensão de todos e juntem-se a nós na defesa dos serviços públicos.

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