domingo, 19 de dezembro de 2010

A Folha tem razão: mensalão era para ser o impeachment

Conversa Afiada

À esquerda da foto, Thomas Jefferson. À direita, amigos do peito

A Folha (*) publicou um caderno especial sobre os 8 anos do Lula: “Crescimento, avanços sociais e escândalos”.
A primeira página já tinha ressalvas: “Lula entrega país melhor, mas (sic) imposto é record”.
Ah, as adversativas do PiG (**) !
Quando a notícia contradiz o editorial, o título tem sempre uma adversativa – lembrou a professora Marilena Chauí.
Sobre a comparação do Lula com o FHC, que a Folha (*) não faz, clique aqui para ver a tabelinha.
Lula dá de 10 a 0.
Mas … a Folha tem razão.
Ela divide o governo Lula em “AM” e “DM” – Antes do Mensalão e Depois do Mensalão.
O que tem o valor científico de dividir o governo Lula em “AGH” e “DGH” – antes do gol da Holanda e depois do gol da Holanda.
Ou seja, não vale nada.
Mas, significa muito.
A Folha (*) se jacta de ter levado Lula à beira do precipício – do impeachment.
Com o furo que o Thomas Jefferson resolveu dar a uma colonista (***) da Folha.
O furador procurou o autor do furo.
Uma invenção do PiG …
Jefferson tornou-se herói do PiG (**) ao denunciar o mensalão.
Mensalão que, como diz o Mino Carta, ainda está por provar-se.
Mas, a Folha tem razão: o mensalão foi a senha para o impeachment.
“Segunda feira é o batizado”: e saiu o PiG com a faca entre os dentes a pressionar os DEMO-Tucanos para o Golpe.
O Golpe poderia ter saído no momento em que o Duda Mendonça, na CPI dos Correios, confessou que recebia dinheiro lá fora.
Perfeito.
A Folha lançava o Golpe, Lula caía e os trabalhistas voltavam para o banco de trás.
Como se pretendia em 1932, na  brigada em que serviu o “seu Frias”.
O impeachment da Folha só não deu certo porque o Fernando Henrique o frustrou.
O FHC sempre pensa nele, primeiro.
Ele não queria correr o risco de o presidente José de Alencar dar certo.
Por isso, FHC impôs a Teoria do Sangramento, subsidiária da Teoria da Dependência.
Deixar o Lula sangrar e fazê-lo chegar um morto-vivo à eleição.
Lá, Fernando Henrique – e não Serra ou Alckmin – lá, FHC voltaria ao Poder nos braços do povo – e da Folha.
O sangramento não deu certo.
Também não deu certo, porque o Lula já ia para rua defender o mandato, com uns amigos que ele deixou no ABC.
E o Golpe tornou-se apenas um marco na História da Folha – o Golpe que a Folha quase deu.
Interessante que as 16 páginas do caderno “Os anos Lula, OK, mas …” não dediquem um parágrafo ao pré-sal.
Nem à maior operação de subscrição de ações da Historia do Capitalismo, a da Petrobras.
Nem à substituição do regime de concessão pelo regime de partilha.
Quando o petróleo começar a jorrar do pré-sal, a Petrobrás será 35% do PIB brasileiro.
A Folha, francamente, não entendeu nada dos “anos Lula, mas …”.
A Chevron e o Cerra entenderam.
Só que a Dilma, também.
A Folha até que é mais ou menos, mas …
Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um  comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

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