segunda-feira, 31 de maio de 2010

Diferença entre Dilma e Serra

Do blog Tijolaço do Deputado Brizola Neto

Caso Bolívia: veja que diferença, a Dilma…

domingo, 30 maio, 2010 às 12:11

Posto aí em cima o vídeo da entrevista concedida por Dilma Roussef na sexta-feira, em Santa Catarina, onde ela trata das acusações feitas por Serra ao governo boliviano, para que você veja como os conceitos de experiente e preparado que procuram fazer grudar em José Serra são um produto, apenas, da vontade da mídia.
Dilma dá uma pequena lição de diplomacia e de preparo para governar com a responsabilidade que um país como o Brasil, mas há algo mais que quero destacar.
Reparem como, com toda a maratona a que está submetida, Dilma tem o semblante tranquilo. Não está de risinhos e simpatias forçadas. Chega a parar a fala para ir devagar, não cometer imprudências ou radicalismos verbais. Serra, ao contrário, é um poço de nervos.
Vou tratar deste assunto à tarde, acho que é importante a gente entender os perigos da situação que se aproxima.
Tijolaço - O blog do Brizola Neto

Não subestimemos o inimigo

Uma fantástica análise de Brizola Neto (republicada pelo Azenha) e um alerta para a inescrupulosidade do inimigo. Nossas armas continuam apontadas.
Brizola Neto e o Serra que “já foi” | Viomundo - O que você não vê na mídia
Política
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31 de maio de 2010 às 23:00

Brizola Neto e o Serra que “já foi”

image O perigo da volta do Serra que “já foi”
maio 30th, 2010 às 16:02
do deputado Brizola Neto, no Tijolaço
O projeto que a  direita brasileira traçara, cuidadosamente, para tentar retormar o poder total – porque totalmente do poder ela jamais saiu – está arruinado.
A essência deste projeto era a desinformação e o esfriamento do debate político. O desconhecimento de Dilma, o seu quase anonimato, era o seu trunfo.  E, convenhamos, isso correspondia a uma realidade.
Um realidade que prevaleceria, se dependesse apenas do processo político convencional, inclusive das estruturas partidárias que apóiam Dilma, perdidas em composições eleitorais, disputas por “cabeças  de chapa” e disputas de “espaço interno”. As estruturas políticas convencionais da nossa “esquerda” estão acomodadas, sofrendo da “modorra” criada por anos de governo,  de cargos, de praticar uma política que, embora diferente do ponto de vista dos seus objetivos, ia se tornando semelhante, em matéria eleitoral, à dos políticos conservadores.
Alguns fatores, porém, mudaram esta situação.
O primeiro, e mais importante deles, é que Lula nem de longe trabalhou com a tese de que seu retorno ao poder em 2014 fosse o objetivo central e, portanto, nunca adotou a posição de d’après moi le deluge (depois de mim, o dilúvio, que teria sido uma frase dita por Luís XV, rei da França).  E olhem que isso não é raro com governantes populares e bem avaliados, e os mais velhos podem traçar paralelos com o que ocorreu com JK.
Ao contrário. Lula, desde o momento em que escolheu Dilma sinalizou que quem enfrentaria o processo eleitoral não seria o PT ou os partidos da base do Governo, mas ele, pessoalmente. Ele, que pela sua origem e estatura, sabe que o sucesso de seu governo deveu-se não à máquina, mas a si mesmo, quis alguém externo à máquina partidária, que não tinha como desafiá-lo e a quem não restava alternativa de, mesmo sem grande ânimo, senão aderir – para alguns com certo contragosto – à candidatura Dilma.
Tenho certeza que foi enorme o sofrimento pessoal do presidente ao sacrificar Ciro Gomes-  que não apenas foi um aliado fiel como é uma figura humana cativante – em nome desta identificação única: Lula é Dilma e Dilma é Lula.
E Lula enfrentou, pra valer, o processo eleitoral. Expôs-se até ao um risco de quebra de sua “unanimidade”, jamais recolheu-se a uma falsa posição de árbitro ou de alheio ao processo, não seguiu o modelo “Bachelet” de manter-se um tanto quanto afastado da dinâmica eleitoral para que um eventual insucesso eleitoral não maculasse  sua “canonização” política, o que era algo tão forte que até mesmo Serra – o prévio Serra – não hesitava em exaltar.
Ficou claro o que Lula queria deixar claro: Lula é Dilma e Dilma é Lula.
O segundo fator foi, por conta disso, a lucidez do povo brasileiro. Na sua simplicidade, soube – e está sabendo cada vez mais – ler o que dizia o presidente e corresponder a este entendimento. A adesão à candidatura Dilma  espalhou-se como uma imensa hera, incontrolável, por vezes – para escândalo dos sabichões elitistas – de forma aparentemente irracional  (mas, no fundo, totalmente lógica e razoável, por identificação a um momento novo na vida do país). Era “a muié do Lula”, termo que nossos “punhos de renda” desprezavam, mas que para o nosso povão, na sua sincera e genial compreensão, resumia perfeitamente o significado da candidatura que ele propunha às massas. Ah, como este nosso povo é lúcido quando os líderes se oferecem a ele como referência!
Ficou-lhe claro que Lula é Dilma e que Dilma é Lula.
O terceiro fator, menos importante do ponto de vista de massas, mas importantíssimo para que  o debate formal e midiático não ficasse totalmente sob as rédeas da direita – como sempre aconteceu – foi esta nossa incipiente comunicação via web. As manobras, a parcialidade da mídia, as manipulações das pesquisas, tudo isso que sempre se fez impunemente nos processos eleitorais, de repente, viu-se sob o crivo de dezenas de milhares de olhos e suas contradições foram expostas, escritas num lugar  em que centenas de milhares ou até milhões de pessoas poderiam ver.
Se a crise do capitalismo mundial abalou o mundo do pensamento único, foi aqui – e não na mídia convencional – que os outros pensamentos, as outras análises, os outros enfoques, as outras verdades encontraram o seu canal de expressão aberta, já não mais restritas aos circulos acadêmicos, partidários, corporativos.
Uma leitora, num depoimento que me comoveu profundamente, disse outro dia aqui que tinha largado as panelas do jantar de sua família para ler uma determinada análise política. Será que os nossos analistas políticos se dão conta do que vem a ser isso? Será que se dão conta do sentido sublime e genial desta participação de alguém que, para eles, é uma pessoa amorfa, conduzida de forma inciente pelo marketing?
A mudança de posição de Serra, abandonando o “lulismo”, tem dois significados.
O primeiro é que desabou a pretensão da direita de, sob mil artifícios de mídia e de pesquisas (e ambas se confundem, não é?), inaugurar a campanha eleitoral, com o “favoritismo” de Serra. Este favoritismo seria sua legitimação. Seria sua “ligação com o povo”, que o absolveria de ser, como é, o candidato anti-povo.
Ele a perdeu. Ele está fadado a começar a campanha como o candidato das elites , do “grand-monde” , ordem interna e da obediência externa.
E isso quer dizer que seu “teto” baixou para algo como os 30% dos votos que a direita, em geral, consegue reunir em qualquer pleito eleitoral. São estes que Serra busca consolidar. Ninguém ache que o sentimento anti-Lula se resuma aos 5 ou 6% que aparecem como avaliação de “ruim e péssimo” nas pesquisas sobre seu Governo. Ele é correspondente, isso sim, aos 24 ou 26% que não são classificados como “aprovação”.
Você mesmo pode verificar entre o seu círculo de relacionamentos que os que classificam o Governo como “razoável” são, em geral, eleitores do candidato anti-Lula.
Mas não se ganha eleição com 25 a 30%.
É preciso criar uma crise que desestabilize esta tendência natural.
Econômica, seria o ideal. Mas o caminho para isso parece estar fechado pela pujança que a economia brasileira tem, neste momento e, ao que tudo indica, terá nos próximos meses.
Resta a crise institucional. E ai, já vimos que estamos diante de alguém desligado de qualquer princípio ético e moral, que é capaz de mentir, de camuflar, de esconder ou de intrigar de todas as formas.
Nosso dever, aqui nesta nossa pequena janela que lança luz sobre os fatos, é não descuidar e nunca achar que o inimigo está derrotado. Porque ele não segue as regras do jogo democrático e eleitoral.
Vamos vencer, sim. Mas o preço desta vitória ainda nos será muito caro. Virão ainda mil e uma armações, além das que já estão em curso.
Talvez nos sirva o preceito bíblico: vigiai e orai. Mas com um acréscimo: vigiai, orai e lutai.
Comecemos mais uma semana de combate, meus amigos.
Com a serenidade dos que têm a razão a seu lado.
Mas com a dedicação e coragem dos que sabem que estão lutando uma grande batalha histórica.
Brizola Neto e o Serra que “já foi” | Viomundo - O que você não vê na mídia

O terrorismo de Estado pelo Ocidente

Saiu no Viomundo. A cineasta atacada no navio turco pelo exército israelense em águas internacionais, conta o que seria a missão violentamente atacada em interrompedia por Israel resultando em 9 mortes desnecessárias de pacifistas. Afinal, quem são os terroristas?
31 de maio de 2010 às 18:55

Iara Lee: Por que vou a Gaza

Por que vou a Gaza
por Iara Lee, reproduzido no Opera Mundi
iara lee Em alguns dias eu serei a única brasileira a embarcar num navio que integra a GAZA FREEDOM FLOTILLA. A recente decisão do governo israelense de impedir a entrada do acadêmico internacionalmente reconhecido Noam Chomsky nos Territórios Ocupados da Palestina sugere que também seremos barrados. Não obstante, partiremos com a intenção de entregar comida, água, suprimentos médicos e materiais de construção às comunidades de Gaza.
Normalmente eu consideraria uma missão de boa vontade como esta completamente inócua. Mas agora estamos diante de uma crise que afeta os cidadãos palestinos criada pela política internacional. É resultado da atitude de Israel de cercar Gaza em pleno desafio à lei internacional. Embora o presidente Lula tenha tomado algumas medidas para promover a paz no Oriente Médio, mais ação civil é necessária para sensibilizar as pessoas sobre o grave abuso de direitos humanos em Gaza.
O cerco à Faixa de Gaza pelo governo israelense tem origem em 2005, e vem sendo rigorosamente mantido desde a ofensiva militar israelense de 2008-09, que deixou mais de 1.400 mortos e 14.000 lares destruídos. Israel argumenta que suas ações militares intensificadas ocorreram em resposta ao disparo de foguetes ordenado pelo governo Hamas, cuja legitimidade não reconhece. Porém, segundo organizações internacionais de direitos humanos como Human Rights Watch, a reação militar israelense tem sido extremamente desproporcional.
O cerco não visa militantes palestinos, mas infringe as normas internacionais ao condenar todos pelas ações de alguns. Uma reportagem publicada por Amnesty International, Oxfam, Save the Children, e CARE relatou, “A crise humanitária [em Gaza] é resultado direto da contínua punição de homens, mulheres e crianças inocentes e é ilegal sob a lei internacional.”
Como resultado do cerco, civis em Gaza, inclusive crianças e outros inocentes que se encontram no meio do conflito, não têm água limpa para beber, já que as autoridades não podem consertar usinas de tratamento destruídas pelos israelenses. Ataques aéreos que danaram infraestruturas civis básicas, junto com a redução da importação, deixaram a população em Gaza sem comida e remédio que precisam para uma sobrevivência saudável.
Nós que enfrentamos esta viagem estamos, é claro, preocupados com nossa segurança também. Anteriormente, alguns barcos que tentaram levar abastecimentos a Gaza foram violentamente assediados pelas forças israelenses. Dia 30 de dezembro de 2008 o navio ‘Dignity’ carregava cirurgiões voluntários e três toneladas de suprimentos médicos quando foi atacado sem aviso prévio por um navio israelense que o atacou três vezes a aproximadamente 90 milhas da costa de Gaza. Passageiros e tripulantes ficaram aterrorizados, enquanto seu navio enchia fazia água e tropas israelenses ameaçavam com novos disparos.
Todavia eu me envolvo porque creio que ações resolutamente não violentas, que chamam atenção ao bloqueio, são indispensáveis esclarecer o público sobre o que está de fato ocorrendo. Simplesmente não há justificativa para impedir que cargas de ajuda humanitária alcancem um povo em crise.
Com a partida dos nossos navios, o senador Eduardo Matarazzo Suplicy mandou uma carta de apoio aos palestinos para o governo de Israel. “Eu me considero um amigo de Israel e simpatizante do povo judeu” escreveu, acrescentando: “mas por este meio, e também no Senado, expresso minha simpatia a este movimento completamente pacífico…Os oito navios do Free Gaza Movement (Movimento Gaza Livre) levarão comida, roupas, materiais de construção e a solidariedade de povos de várias nações, para que os palestinos possam reconstruir suas casas e criar um futuro novo, justo e unido.”
Seguindo este exemplo, funcionários públicos e outros civis devem exigir que sejam abertos canais humanitários a Gaza, que as pessoas recebam comida e suprimentos médicos, e que Israel faça um maior esforço para proteger inocentes. Enquanto eu esteja motivada a ponto de me integrar à viagem humanitária, reconheço que muitos não têm condições de fazer o mesmo. Felizmente, é possível colaborar sem ter que embarcar em um navio. Nós todos simplesmente temos que aumentar nossas vozes em protesto contra esta vergonhosa violação dos direitos humanos.
Iara Lee: Por que vou a Gaza | Viomundo - O que você não vê na mídia

Vamos preencher as últimas vagas

Olá pessoal

O segmento Fóruns e Movimentos Sociais conseguiu eleger nas plenárias por subprefeituras 210 delegados/as para a Conferência de Educação de São Paulo, que ocorrerá nos dias 18, 19 e 20 de junho, no Anhembi. Mas sobraram cerca de 100 vagas vinculadas às subprefeituras menos mobilizadas. Assim também ocorreu com os outros segmentos. Em decorrência, a Comissão Executiva do Plano deliberou pela realização das plenárias por segmento para preenchimento destas vagas e para discussões sobre as agendas prioritárias de cada segmento. A plenária do nosso segmento (fóruns e movimentos) ocorrerá na próxima segunda-feira, dia 7, às 18h30, na Câmara dos Vereadores. Nesse esforço/arrancada final, pedimos para que vocês divulguem esta plenária. Sabemos que em vários encontros temáticos, tinha mais candidaturas do que vagas, mas como havia o limite de um delegado para 40 participantes, não foi possível eleger mais gente. Agora é o momento. Peço novamente a força de vocês!

abraços
Denise


 

Plano de Educação da Cidade de São Paulo

 
 

Plenária dos Fóruns de Educação e Movimentos Sociais da Cidade de São Paulo

 
 

 7 de junho, 2ª. feira, às 18h30

Sala Oscar Pedroso Horta – 1º. subsolo

Câmara Municipal de São Paulo – Viaduto Jacareí, 100

 
 

    Este é o último momento para eleição de delegadas/os do nosso segmento para a
Conferência do Plano de Educação da Cidade de São Paulo!

A Conferência será nos dias 18 de junho à noite, 19 de junho durante todo o dia e 20 de junho até às 13h.

 
 

Venha! Participe!

 
 

Organização:

 
 

Fórum em Defesa da Vida e pela Paz

Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

Fórum Paulista de Educação de Jovens e Adultos

Fórum pelo Desenvolvimento da Zona Leste

Fórum Permanente de Educação Inclusiva

GT Educação do Movimento Nossa São Paulo

Movimento Negro

Me deixem brincar!

Participe da petição on line contra o PL que quer colocar crianças de 5 anos na 1ª série. Vá ao site e Participe da nossa Petição online
me deixem brincar

A Rede Nacional Primeira Infância está lançando uma petição online para fortalecer o movimento que está se construindo contra o Projeto de Lei 6755/2010 que busca tornar obrigatório o ensino fundamental para crianças de cinco anos.

Participe também desta campanha, para aderir, basta acessar por aqui ou clicar no banner logo abaixo em “take action” Você pode alterar a carta que será enviada e escolher os endereços para os quais você quer enviar.
Participe da nossa Petição online « Primeira infância

Protocolo de Negociação de 2010 - Educação


A APROFEM divulgou o protocolo de Negociação de 2010 apresentado pelo governo:

1- Reajuste de 8,75%, a partir de 1o de maio de 2010, das Escalas de Padrões de Vencimentos do
Quadro dos Profissionais de Educação – QPE (complementando os 37,5% negociados em 2008, a título de incorporação das gratificações implantadas em 2006). Obs. da APROFEM:

• Como a lei prevê que o índice seja aplicado sobre as Tabelas de 2008, a revalorização corresponderá a 6,7% sobre os valores das Tabelas de abril passado. 

• O índice aplicado em 01/05/2010 é referente à última parcela da incorporação das gratificações dadas pelo Governo Municipal em 2006, não se tratando de reajuste de 2010, lembrando que este mesmo índice foi aplicado em 01/05/2009, ou seja, ficamos em 2009 e
2010 (até aqui) sem reajuste salarial.

 
 2- Reajuste de 28,41% (vinte e oito inteiros e quarenta e um centésimos por cento), das Escalas de
Padrões de Vencimentos do Quadro dos Profissionais de Educação – QPE, na seguinte conformidade:
a) 8,69% (oito inteiros e sessenta e nove centésimos por cento), a partir de 1o de maio de 2011;


b) 8,69% (oito inteiros e sessenta e nove centésimos por cento) sobre as Escalas de Padrões de Vencimentos devidamente reajustadas nos termos do item "a", a partir de 1o de maio de 2012;

c) 8,69% (oito inteiros e sessenta e nove centésimos por cento) sobre as Escalas de Padrões de Vencimentos devidamente reajustadas nos termos do item "b", a partir de 1o de maio de 2013. Obs. da APROFEM:

  • O Governo Municipal propõe reajuste de 28,41%, divididos em três parcelas (8,69% ao ano), a partir de 2011, ou seja, teremos o índice proposto totalizado apenas em 2013. A APROFEM apresentou ressalva, constando que este índice não é considerado exclusivo, reservando-se à Entidade o direito de continuar lutando pela real recomposição salarial dos educadores, durante este ano e nos anos vindouros. Da forma proposta, até aqui os Profissionais de Educação, assim como os servidores municipais dos demais Quadros, continuam sem a expectativa de qualquer reposição salarial na sua data-base deste ano, tal como ocorreu em 2009.
3- Prêmio De Desempenho Educacional – PDE
– pagamento antecipado (1a parcela), no mês de junho de 2010, no valor de R$ 800,00.

Obs. da APROFEM:

Nada a ser ressaltado, posto que tal antecipação acontece desde 2001 (com a GDE, transformada em PDE em 2009). Destaque será dado quando conseguirmos aumentar os seus valores e estender a sua percepção aos aposentados e outros excluídos ou, ainda melhor, fazer com que esses recursos sejam incorporados aos vencimentos, beneficiando a todos de forma irreversível.


4- Majoração do abono complementar (a partir de 1o de maio de 2010) e manutenção do mesmo até
30 de abril de 2013, sobre o atual piso dos professores, na seguinte conformidade:

A- Profissionais de Educação docentes submetidos à Jornada Básica do Professor

Categoria Valor do Piso
1 910,56
2 1.032,72
3 1.099,92

B- Profissionais de Educação docentes submetidos à Jornada Básica do Docente:

Categoria Valor do Piso
1 1.365,84

2 1.549,08

3 1.649,88


 C- Profissionais de Educação docentes submetidos à Jornada Especial Integral de Formação e titulares de cargos de Professor de Educação Infantil:

Categoria Valor do Piso
1 1.821,12
2 2.065,60
3 2.200,00

 Atenção: O Abono Complementar depende de Projeto de Lei a ser enviado à Câmara Municipal de São Paulo.

Obs. da APROFEM: 

Tal providência, destacada isoladamente pela APROFEM, assegura que os docentes municipais, em início de carreira, não sofram redução nos seus vencimentos.


5- Agente EscolarAmpliação da Escala de Padrão de Vencimento até a Categoria 8 / Referência QPE - 8.


6- Benefícios 

a) Para os Gestores Educacionais – cumprimento da Lei Federal no 11.301/06, que dispõe sobre a aposentadoria especial dos especialistas de educação; b) Organização das Unidades Educacionais e ampliação da rede física.
b) Redução gradativa do número de alunos por classe no ensino fundamental regular, considerando a implantação de novas unidades educacionais previstas no Plano de Obras, a ser apresentado neste semestre; Redução gradativa no número de alunos por classe de educação infantil, considerando a implantação de novas unidades educacionais previstas no Plano de Obras, a ser apresentado neste semestre;


c) Plano Municipal de Educação – participação democrática na discussão do PME, com divulgação de reuniões e calendário no Diário Oficial da Cidade.

d) Formalização de Grupo(s) de Estudo com representantes das áreas técnicas da SME para análise e proposição de regulamentação relativa a:
  • Projetos Especiais de Ação (PEAs) – critérios para a participação dos profissionais, flexibilização da carga horária, critérios de validação para evolução funcional;
  • Afastamento remunerado para participação de cursos, conforme Inciso II do artigo 53 da Lei no 14.660/07;
  • Composição dos módulos docente e de pessoal do quadro de apoio, considerando as especificidades de cada unidade; Alteração das formas de desenvolvimento das jornadas de trabalho com a finalidade de possibilitar o estudo, desenvolvimento e execução de projetos.  
7- Formação/Capacitaçãoa)Criação dos Centros de Formação em cada Diretoria Regional de Educação com previsão de espaço de incentivo à leitura.

b) Manutenção de política de formação continuada;

c)Formação para o quadro de apoio;

d) Quantidade de 06 (seis) reuniões pedagógicas nos CEIs ao ano. 


8- Carreira
a) Enquadramento por habilitação, a partir da investidura no cargo, nos termos do parágrafo único do art. 36 da Lei no 14.660/07;

b)Utilização da denominação do cargo de Professor de Educação Infantil para os profissionais que detém o cargo, sem especificação da condição de volante;

c) Empreender esforços no sentido de evitar problemas em situações de acumulação de cargos;

d) Regulamentação da opção do Professor de Educação Infantil para o cargo de Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I;

e) Revisão das inconsistências na Evolução Funcional do Quadro de Apoio.


9-Gratificação por Local de Trabalho
– Regulamentação da Gratificação por Local de Trabalho e revisão do seu valor.

O Governo Municipal ainda assegurou que:As propostas apresentadas não representam a interrupção do processo de negociação permanente, que terá sua continuidade assegurada nas Mesas Central e Setorial para avaliação de outras questões apresentadas pela APROFEM na sua Pauta de Reivindicações para 2010, inclusive para o conjunto do funcionalismo municipal.

Os Professores "leigos" e a conveniência

Enquanto a educação não for tratada com seriedade pelos Estados e Municípios, teremos grandes obstáculos para o crescimento do Brasil que com economia aquecida espera por profissionais qualificados. Por uma questão de conveniência muitos entes federativos e municípios optam por contratar professores sem formação sem licenciatura ou magistério em nível médio, no sentido oposto das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação que encerra esse ano e passados 14 anos da LDB da Educação. O município de São Paulo que muito avançou quando trouxe os profissionais das creches para educação, dando a formação inicial exigida, agora emperra em uma política de retrocesso. Os mesmos profissionais cuja história em creche foi respeitada em 2003 quando vieram para a educação, agora tem seu passado jogado ao lixo, pois para a Gestão Kassab, eles não podem contar o tempo de creche para se aposentar (Veja mais em A história das creches e o preconceito no magistério). Lembrando que a exigência de formação só existiu com a LDB e o PNE, as mesmas leis que exigiram a vinda das creches e profissionais para a educação, e responsabilizou as administrações pela formação dos professores leigos. Como Kassab nunca tem culpa de nada, (faça sol ou faça muita chuva), por conveniência também, ele responsabiliza as professoras pela situação anterior. E enquanto a Educação do município e do Estado vão para o ralo, eles procuram novas forma de culpar os docentes com programas de avaliação e gratificação sob o princípio da meritocracia. São Paulo continua sendo a locomotiva do Brasil. Ainda funciona a vapor e não dá conta mais das necessidades de um novo país que surge.

Professores "leigos" crescem 35% em dois anos

Dados do Inep mostram que professores sem diploma de ensino superior continuam sendo contratados para dar aulas na educação básica
Priscilla Borges, iG Brasília | 30/05/2010 08:00
O número de “professores leigos” no Brasil – que só concluíram o ensino fundamental ou o ensino médio regular – aumentou em todas as etapas da educação básica. Dados do Censo Escolar 2009 mostram que 152.454 profissionais dão aulas sem a formação adequada para alunos matriculados em creches, pré-escolas, ensino fundamental e até ensino médio nas cinco regiões do País.
Eles representam apenas 7,7% dos docentes que atuam hoje nas escolas brasileiras. O total é de 1.977.978. Mas, para os especialistas, as estatísticas são chocantes, porque, após a chamada “Década da Educação” iniciada com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1996, a quantidade de profissionais sem qualificação necessária para dar aulas não diminuiu e, sim, cresceu.
Em 2007, eles eram 6,3% do total de professores da educação básica. O primeiro censo realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para traçar o perfil desses docentes, divulgado no ano passado, mas feito com dados de 2007, revelou que 15.982 dos profissionais sem formação ideal tinham apenas o diploma do ensino fundamental. Em 2009, a mesma categoria de docentes caiu para 12.480.
Leia também
O problema está na crescente contratação de quem completou apenas o ensino médio regular. Em 2007, 103.341 professores brasileiros estavam nessa situação. No ano passado, eles somavam 139.974. O aumento chega a 35,4% em dois anos. O maior crescimento foi na educação infantil, em que eles representavam 16,1% do total de docentes dessa etapa em 2007 e, agora, equivalem a 19,6% do total.
Mas nenhuma etapa ficou imune a esse crescimento. Nas turmas de ensino médio do País, há 21.896 docentes que dão aulas sem diploma de nível superior ou magistério (que também seria insuficiente para assumir esse compromisso).
“É um dado para refletirmos profundamente. Temos de estranhar muito que um professor que estudou até o ensino médio dê aulas para essa mesma etapa”, afirma a presidente do Conselho Nacional de Educação, Clélia Brandão. Para ela, a explicação para isso pode estar na falta de planejamento de estados e municípios nos processos de formação continuada dos quatros de professores.
“Um dos motivos que poderia levar a essa contratação, mas que não a justificaria, é a falta de professores de química, física e matemática. Talvez, esses professores já estejam cursando uma faculdade, mas ainda não a concluíram”, pondera. “Houve muito investimento em formação nos últimos anos. Mas a prioridade foi dada para o curso de pedagogia. Esse é um dado que pode revelar um erro nesse sentido”, analisa.
Retrato da formação dos professores brasileiros
Comparação da qualificação dos docentes da educação básica por etapa em 2007 e 2009Inep/MEC
Qualificação, desafio antigo
Em meio a tantas discussões sobre a criação de um Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, a formação dos profissionais que cuidam da educação das crianças brasileiras se mostra um desafio. Se a legislação educacional fosse cumprida, o total de professores que não poderia dar aulas a crianças ou adolescentes brasileiros aumentaria ainda mais. Aos leigos, se juntariam os docentes sem licenciatura: 62.373 pessoas em 2009.
A LDB diz, em seu artigo 62, que a “formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal”.
Clélia acredita que muitos gestores se aproveitam de um regulamento publicado após a promulgação da LDB para continuar contratando pessoal sem qualificação adequada para a educação infantil e nas primeiras séries do ensino fundamental. Para as demais fases, “não há explicação”, segundo ela. No decreto nº 3.276, de 1999, há uma regra que torna a contratação de docentes com formação do magistério nessa fase como “preferencial” apenas.
Na opinião de César Callegari, presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, a expansão na oferta de vagas na educação infantil e no ensino médio permitida após a criação do Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) pode ter influenciado essas contratações. “Houve uma demanda maior por profissionais dessas fases e talvez isso explique a necessidade de recrutamento de pessoas não preparadas adequadamente. Porém, essa situação não poderia permanecer. É obrigação dos sistemas mudar isso”, afirma.
Conquistas
Apesar dessas dificuldades, os incentivos de estados, municípios e governo federal – que criou um Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica no ano passado para formar, nos próximos cinco anos, 330 mil professores não-graduados – demonstram resultados positivos. Os dados do Censo Escolar 20009 mostram que, em dois anos, o número de docentes que atuavam na rede de educação básica e não haviam cursado licenciaturas reduziu pela metade. Em 2007, 127.877 estavam nessa condição.
Professores "leigos" crescem 35% em dois anos - Educação - iG

Educação: Os mitos dos mitos

Vejam a matéria abaixo, publicada no Portal IG, e observem como é tratada a questão salarial dos professores. Apesar de ter aumentado a proporção de professores que trabalham em dois empregos para compor a renda, o número de 23% é considerado baixo pela reportagem. Para a mídia, a necessidade do professor complementar renda é um mito. Na verdade, o que se pretende é tratar como mito que o professor ganha mal, para não justificar greves como a que tivemos em São Paulo e em Minas Gerais. A mídia insiste em desconstruir o movimento sindical como fez com o magistério paulista que tem o 14º menor salário dentre os Estados da Federação. A pesquisa abaixo não observa a dificuldade de se conciliar as jornadas, passar em novos concursos, a tripla ou quádrupla jornada da mulher (91% do total de docentes). Aliás, uma profissão amplamente feminina em uma sociedade machista tem sido um dos grandes obstáculos para a valorização. Ninguém se esquece do emblemático “a professorinha não é mal paga, mas mal casada” de Maluf. Hoje ninguém diz mais uma besteira dessas, mas na prática…

De dez docentes, dois atuam em mais de uma escola

A necessidade de trabalhar em muitos colégios para complementar renda não é realidade da maioria, revela Censo Escolar
Priscilla Borges, iG Brasília | 31/05/2010 08:00
Uma das grandes dificuldades apontadas por educadores de todo o País na carreira é o salário pago à carreira. Não são as raras as afirmações de que, para complementar a renda familiar, os docentes têm de trabalhar em mais de uma escola. Os dados do Censo Escolar revelam que, na verdade, essa é a realidade vivida por 23% deles.
Ainda em 2007, ano em que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela coleta dos dados do censo, mudou as metodologias utilizadas para traçar melhor o perfil do professor brasileiro, o mito de que grande parte dos educadores do País tinha de se submeter a essa realidade foi quebrado. À época, 80,9% dos professores trabalhavam em apenas um colégio.
Os números mais recentes do Inep mostram que a quantidade de profissionais que precisam circular entre duas escolas ou mais para dar aulas aumentou. Dos 23% que enfrentam essa rotina, 365.417 trabalham em duas escolas. Outros 62.985 atuam em três. E há mais 18.957 que se dividem entre quatro escolas ou mais.
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Os dados também apontam para a intensidade do trabalho docente. Na educação infantil e nas primeiras séries do ensino fundamental, um único professor é responsável por acompanhar a mesma turma durante todo o turno escolar (exceto em atividades específicas, como educação artística e educação física, por exemplo). Há mais de 750 mil educadores com uma turma de alunos.
No entanto, na pré-escola ou nas séries iniciais do fundamental, há docentes dividindo-se em mais de uma turma. Na pré-escola, 47 mil dos 258 mil professores da etapa trabalham com mais de duas turmas. Nessa fase, há cerca de 19 alunos por turma. Nas primeiras séries do ensino fundamental, 237.464 professores têm mais de duas turmas de alunos e representam um terço dos profissionais que dão aulas nessa fase. Os dados mostram que cada sala de aula nessa etapa possui 25 alunos. As salas ficam mais numerosas nas séries finais do ensino fundamental (29 por turma) e no ensino médio (33).
Perfil
Os dados do Censo Escolar 2009 revelam que a maioria dos professores brasileiros são mulheres, têm até 40 anos de idade e se consideram brancos. As mulheres representam 81,5% dos docentes brasileiros, um total de 1,6 milhões de pessoas. Na educação infantil, os homens são ainda mais raros: 3% dos quase 370 mil educadores.
A cada etapa de ensino, no entanto, eles vão se tornando mais presentes. Nas séries iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), 91% do universo docente é de mulheres. Nas séries finais, a presença feminina cai para 73,4%, e, no ensino médio, para 64%.
A declaração de raça não é encarada com naturalidade pelos docentes das escolas brasileiras. Do total de 1.977.978 professores, 750.974 (38%) não declararam cor ou raça. A maioria dos que o fizeram (758.511) se enxerga como branco. Os pretos representam apenas 2,9% dos docentes e os pardos, 18%. Os indígenas são apenas 0,4% do quadro de educadores do País.
Em relação à idade, o censo revela que a maioria (58%) tem até 40 anos. Os muito jovens (até 24 anos), que possuem menos experiência profissional, são a minoria: 116 mil docentes. A faixa etária que concentra o maior número de profissionais está entre 41 e 50 anos. Um estudo do Inep ainda mostra que, na rede privada, a concentração de jovens é maior. Na rede pública, os professores mais velhos dão aulas para as séries mais avançadas da educação básica.
De dez docentes, dois atuam em mais de uma escola - Educação - iG

domingo, 30 de maio de 2010

A lei salarial e o arrocho

Durante a gestão de Maluf, o então prefeito criou a lei salarial que vigora até hoje e que foi adotada sem quase qualquer modificação pelos prefeitos que o sucederam. Tal lei consegue ser mais perversa que a lei de responsabilidade fiscal (LRF) que limita os salários no funcionalismo pelo Brasil. Enquanto a LRF impede que se gaste com funcionalismo mais do que 54% do orçamento, em São Paulo, a lei salarial é desculpa para todos os prefeitos brincarem com reajustes de 0,01% já que a mesma limita os gastos com os servidores a não passar de algo em torno de 40% dos gastos. Em 2009 Kassab não gastou mais do que 36%. Há uma margem para aumentos, mas o Prefeito só aceitou dar para a educação (8,75% em 2010 e 8,69% nos meses de maio de 2011, 2012 e 2013, além de 4,84% para os servidores da Câmara e do Tribunal de Contas. Mudar tal lei seria um bom começo para derrubarmos o bode que o governo usa para arrochar nossos salários ano após ano. No dia 02, mesmo dia do ato às 14 horas, haverá audiência pública para questionarmos essa lei, conforme saiu no site do SINDSEP. Veja também os salários dos servidores comparados aos salários mínimos conforme o boletim de abril/2010 do SINDSEP.

LEI SALARIAL EM DEBATE NA CÂMARA MUNICIPAL

A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de São Paulo convida o público interessado a participar de Audiência Pública que será realizada, tendo como objeto, atender a solicitação do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo - Sindsep

Pauta:
Discutir a Lei 13.303/02, atual lei Salarial dos funcionários públicos.
Data: 02 de junho de 2010
Horário: 11 h
Local: Auditório Prestes Maia , Viaduto Jacareí, 100, 1º andar.

2 de junho de 2010 - 14h - em frente à SMG
Rua Líbero Badaró, 425 – Centro
DIA DE DECISÃO PARA ARRANCAR NOSSAS REIVINDICAÇÕES




Quadro de salários dos servidores comparados aos Mínimos Nacionais

SINDSEP: TRABALHADORES DE ZOONOSES NÃO ACEITAM DEMISSÕES

Saiu no site do SINDSEP:
Publicado em sexta-feira, 28 de maio de 2010

Reunidos no Sindsep no dia 28 de maio, os trabalhadores de Zoonoses – admitidos em 2001, 2007 e efetivos –  fizeram uma avaliação das últimas atividades realizadas. Especialmente a audiência pública ocorrida na Câmara Municipal, onde o Secretário Adjunto de SMS, Sr. José Maria, afirmou que serão demitidos no próximo dia 5 de junho, o pessoal de 2007 e, que ao final de 3 meses, também o pessoal de 2001, de acordo com o prazo dado pela Câmara. De outra forma, isso também foi afirmado pelo líder do governo, Netinho.
Essa postura do governo (SMS) é inaceitável, ainda mais, porquê demitir 1.000 trabalhadores sendo que os novos não tem o mínimo treinamento para enfrentar uma possível epidemia de dengue na cidade. Em São Paulo seriam necessários 4.400 agentes de combate a dengue e hoje contamos com 2.500. Com essa demissão inconcebível restariam 1.500. Mesmo que fossem chamados todos concursados, ainda seriam necessários mais agentes. Por isso, o Sindsep, defende a manutenção do emprego de todos os agentes de 2001 e 2007.
Além disso a prefeitura se nega a aplicar a emenda 51 e 63, que foram aprovadas e, que dariam estabilidade para os admitidos em 2001 criando o cargo de Agentes de Endemias, com piso salarial da categoria.
O vereador Zelão, da Comissão de Saúde da Câmara, informou que no dia 1º de junho haverá uma reunião da Comissão com o Secretário de Saúde onde serão tratados vários assuntos, inclusive Zoonoses
Em clima de mobilização a assembleia decidiu que não vamos jogar a toalha. Vamos continuar a luta pela manutenção dos contratados e pelo piso salarial.
DIA 01/06 - 11 HORAS – ATO NA SMS
Rua General Jardim, 36

DIA 02/06 – 14 HORAS – ATO NA SMG
Rua Líbero Badaró, 425

Carta Maior: nova direita, novos golpes

Saiu no Carta Maior: a tendenciosidade da mídia se reflete no tratamento que representantes do judiciário tem dado aos candidatos em 2010.

DEBATE ABERTO

O palpite togado de um golpe improvável

O que significam as palavras da vice-procuradora da República, Sandra Cureau, afirmando que, devido à quantidade de irregularidades, "a candidatura Dilma Rousseff caminha para ter problema já no registro e, se eleita, já na diplomação”?
Gilson Caroni Filho
A temperatura da disputa política, agitada com os recentes programas partidários, traz ao primeiro plano uma movimentação que, dependendo dos desdobramentos, pode ser ridícula ou inquietante: a nova direita, tal como a antiga, parece o homem que, acordado, age como se dormisse, transformando em atos os fragmentos de um longo e agitado sonho no qual ele ainda é o principal ator, com poderes para interromper qualquer possibilidade de avanço institucional.
O sonho-delírio do bloco neoudenista insiste em não aceitar a disputa democrática, reitera a disposição em deixar irresolvidos conflitos fundamentais, antecipando o fracasso de qualquer debate político. Seu ordenamento legal não se propõe a garantir o mesmo direito a todos, ampliando o Judiciário e racionalizando as leis. Deseja uma democracia que só existe no papel, com instituições meramente ornamentais que dão um tom barroco às estruturas de mando.
Inconformada com a derrota que se anuncia em pesquisas de intenção de voto, a classe dominante se esmera em repetir ações que um dia lograram êxito. Tornam-se cada vez mais frequentes as ações combinadas de articulistas de direita e membros do Judiciário. Acreditando que a história permite repetições grotescas, multiplicam-se editoriais, artigos, entrevistas com vice-procuradoras e ministros do TSE que acreditam estar criando condições superestruturais para um golpe contra a candidatura de Dilma Rousseff. Se ainda podemos encontrar pouquíssimos comentários políticos de diferentes matizes, é inegável a homogeneidade discursiva dos “especialistas” em jornalismo panfletário. E eles se repetem à exaustão.
No entanto, o erro de cálculo pode ser surpreendente. Confundir desejo com realidade tem um preço alto quando se pensa em estratégia política. Ao contrário de 1964, não faltam às forças do bloco democrático-popular, o único capaz de impedir de retrocessos, organização e direção. Os movimentos sociais, e esse não é um pequeno detalhe, não mais se organizam a partir do Estado, como meros copartícipes de governos fracos e ambíguos. Estruturados no vigor das bases, acumulando massa crítica desde o regime militar, os segmentos organizados contam, hoje, com experiências suficientemente amadurecidas para deslegitimar ações e intenções golpistas junto a expressivos setores da opinião pública.
Rompendo as alternativas colocadas pelas elites patrimonialistas que apoiam José Serra, as forças progressistas dispõem de plataforma política para não permitir que a democracia brasileira venha a submergir no pseudolegalismo que se afigura em redações e tribunais.
Nesse sentido, o que significam as palavras da vice-procuradora da República, Sandra Cureau, afirmando que, devido à quantidade de irregularidades, "a candidatura Dilma Rousseff caminha para ter problema já no registro e, se eleita, já na diplomação”? Nada mais que identidade doutrinário-ideológica com o que há de mais reacionário no espectro político brasileiro. Inexiste no palpite da doutora Sandra um pensamento jurídico que se comprometa com os anseios democráticos da sociedade brasileira.
Nem que fosse por mera hipótese exploratória, seria interessante que o Judiciário se pronunciasse sobre o conteúdo da informação televisiva, em especial a que é produzida pela TV Globo. Quando uma emissora monopolística, operando por meio de concessão pública, editorializa seu noticiário e direciona a cobertura para favorecer o candidato do PSDB, o que podemos vislumbrar? Desrespeito a uma obrigação constitucional? Abuso de poder político e econômico? Ou um exemplar exercício de “liberdade de imprensa”?
São questões candentes quando, antes de qualquer coisa, o custo da judicialização da vida pública partidariza algumas magistraturas. Sem se deixar intimidar com as pressões togadas, a democracia só avança através de pactos que permitam abrir a sociedade às reivindicações e participação social de setores recém-incluídos. A candidatura de Dilma Rousseff expressa essa possibilidade. Do lado oposto, sob pareceres e editoriais que se confundem tanto no estilo quanto no conteúdo, reside a quimera de um golpismo cada vez menos provável.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil
Carta Maior - Gilson Caroni Filho - O palpite togado de um golpe improvável

Santayana: Belo Monte é a soberania nacional | Conversa Afiada

Saiu no Conversa Afiada

Santayana: Belo Monte é a soberania nacional

    Publicado em 30/05/2010
Nelson Rockefeller veio para a Amazônia com os protestantes
Na Revista do Brasil, edição de maio, página 5, Mauro Santayana define com clareza por que há tanta oposição à construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu:
“Se o governo não houvesse considerado a construção da usina uma questão de honra nacional, provavelmente os interesses estrangeiros, inimigos do nosso desenvolvimento independente, impediriam a importante obra, necessária à ocupação nacional e ao desenvolvimento da região amazônica.”
“Durante os últimos a nos, principalmente com Collor e Fernando Henrique, a Amazônia se abriu a ONGs internacionais e à presença sempre atrevida de estrangeiros … esses que se levantam agora contra Belo Monte.”
“Desde o século 19, europeus e norte-americanos tentam ocupar a Amazônia, em nome da ‘civilização’, de Deus (com os protestantes liderados pelos  Rockefeller) e, ultimamente, da preservação do meio ambiente.”
“Ao tomar a decisão de construir a usina contra todos esses opositores, o governo Lula reafirma a soberania sobre a Amazônia, de maneira firme.”

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Der Spiegel: Lula na primeira divisão


Em uma matéria que trata Lula como superastro, a mais importante revista alemã redimensiona a posição do Brasil e de Lula no cenário atual. A tradução é feita pelo portal UOL.

29/05/2010

Lula salta para a primeira divisão da diplomacia mundial

 
Erich Follath e Jens Glüsing



  • Luiz Inácio Lula da Silva (esq.) e o presidente norte-americano, Barack Obama, falam com os jornalistas após encontro na Casa Branca, em Washington (EUA), em março de 2009
Transpirando autoconfiança, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva está elevando o status global do seu país ao protagonizar um número cada vez maior de iniciativas na área de política internacional. Na mais recente dessas ações, ele convenceu o Irã a concordar com um polêmico acordo nuclear. Poderia este acordo proporcionar uma oportunidade para que sejam evitadas sanções e guerra?
Ele foi acusado de ser muitas coisas no passado, incluindo um comunista, um proletário grosseiro e um alcoólatra. Mas a época dessas acusações acabou há muito tempo. À medida que o Brasil cresce para tornar-se uma nova potência econômica, a reputação do presidente brasileiro cresce de forma meteórica. Hoje em dia muita gente vê o presidente como um herói do hemisfério sul e um importante contrapeso em relação a Washington, Bruxelas e Pequim. A revista de notícias norte-americana "Time" foi além, duas semanas atrás, ao afirmar que ele é "o líder político mais influente do mundo", colocando-o à frente até mesmo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. No Brasil, muita gente vê em Lula da Silva um candidato ao Prêmio Nobel da Paz.

Nova estratégia de segurança dos EUA admite peso do Brasil no mundo

A Nova Estratégia de Segurança dos Estados Unidos, anunciada nesta quinta-feira (27) pela Casa Branca, elogia as políticas econômicas e sociais do Brasil, reconhece o país como guardião de "patrimônio ambiental único" e dá as "boas-vindas" à influência de Brasília no mundo.
E agora este homem, Luiz Inácio da Silva, 64, apelidado de "Lula", que passou a infância em um cortiço como filho de pais analfabetos, conseguiu mais outra vitória política no exterior. Em uma reunião que foi uma verdadeira maratona política, ele negociou um acordo nuclear com a liderança iraniana. Na última segunda-feira, ele apareceu triunfante ao lado do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan e do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Os três líderes chegaram a um acordo que eles acreditam que retirará da agenda internacional as previstas sanções da Organização da Nações Unidas (ONU) contra o Irã devido ao possível programa de armas nucleares do país. O Ocidente, que vinha fazendo pressões pela adoção de medidas punitivas mais duras contra o Irã, pareceu ter sido feito de bobo, e até ter sido pego de surpresa.
Mas o contra-ataque de Washington veio no dia seguinte, abrindo um novo capítulo nesta acalorada disputa nuclear, na qual Pequim, em especial, há muito vem resistindo a adotar uma abordagem mais dura. A secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton anunciou: "Nós chegamos a um acordo baseado em medidas fortes com a cooperação tanto da Rússia quanto da China". O texto relativo às sanções planejadas contra o Irã foi enviado a todos os membros do Conselho de Segurança da ONU, incluindo o Brasil e a Turquia. Os dois países são membros eleitos para ocuparem durante dois anos esse conselho que têm 15 integrantes, e que precisa aceitar uma resolução com pelo menos nove votos para que esta possa ser implementada.

Os Estados Unidos mostram-se irredutíveis quanto às sanções

Clinton agradeceu especificamente a Lula pelos seus "esforços sinceros". Mas a sua expressão indicava claramente que ela viu os esforços de lula mais como um impedimento do que como uma ajuda. "Nós estamos procurando o apoio da comunidade internacional a uma resolução composta de sanções fortes que, segundo o nosso ponto de vista, constituir-se-ão em uma mensagem muito clara a respeito daquilo que se espera do Irã", afirmou Hillary Clinton.
Mas a abordagem menos confrontativa de Lula nesta disputa nuclear não seria muito mais promissora? Seria tão fácil assim desacelerar o "Lula Superstar", que conta com o apoio da Turquia, um país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)? Quem quer que tenha acompanhado a carreira de Lula achará difícil acreditar nisso. Este homem sempre superou todas as resistências, e todos os cenários desfavoráveis com os quais se defrontou.
O pai dele abandonou a família quando Lula era bem novo, e a mãe mudou-se com os oito filhos do nordeste do Brasil para o sul industrializado, onde ela esperava aumentar as chances de sucesso da família. Lula só aprendeu a ler e a escrever aos dez anos de idade. Quando criança, ele ajudou a sustentar a família trabalhando como engraxate e vendedor de frutas, e também como operário de uma fábrica de tintas. Ele acabou conseguindo fazer um curso de torneiro mecânico. Quando Lula tinha 25 anos de idade, a mulher dele, Maria, e o seu filho ainda não nascido morreram porque a família não tinha condições de pagar por atendimento médico adequado.
Lula tornou-se politicamente ativo quando era jovem, ao ingressar em um sindicato e organizar greves ilegais na época da ditadura militar. Ele foi preso várias vezes na década de oitenta. Insatisfeito com os esquerdistas clássicos, ele fundou o seu próprio Partido dos Trabalhadores, que gradualmente transformou-se de um partido marxista em uma agremiação social-democrata. Ele concorreu três vezes, sem sucesso, à presidência, até que, na quarta vez, venceu a eleição presidencial de 2002 com uma vantagem significante sobre o seu adversário. Foram os indivíduos mais pobres que, em um país de extremos contrastes econômicos, depositaram as suas esperanças no carismático líder trabalhista. Quando Lula venceu a eleição, os indivíduos extremamente ricos, temendo que os seus bens fossem desapropriados, mantiveram os seus aviões a jato particulares abastecidos, prontos para decolar.

O herói dos pobres distanciou-se de revoluções

Mas aqueles que esperavam ou que temiam uma revolução no Brasil ficaram surpresos. Após tomar posse, Lula levou alguns dos membros do seu gabinete a uma favela, e lançou um programa de grande escala chamado "Fome Zero" para aliviar os sofrimentos dos desprivilegiados. Mas ele não assustou os mercados. Aumentos dos preços das commodities e uma política econômica moderna que enfatizou os investimentos estrangeiros, a educação nacional e recursos para treinamento ajudaram Lula a se reeleger em 2006.
O mandato dele termina em dezembro, e Lula não poderá disputar novamente a reeleição. Ele colocou a casa em ordem e cultivou uma potencial sucessora. Mas o presidente autoconfiante deseja evidentemente deixar também um legado político: ele considera uma missão sua transformar o Brasil, com a sua população de 196 milhões de habitantes, em uma grande potência mundial, bem como assegurar uma cadeira permanente para o seu país no Conselho de Segurança da ONU.
Lula reconheceu que manter boas relações com Washington, Londres e Moscou é algo que ajuda o Brasil a tentar alcançar essa meta. Mas ele sabe também que vínculos fortes com países como a China e a Índia, bem como o Oriente Médio e os países africanos, poderiam ser ainda mais importantes. Ele se considera um homem do "sul", e um líder dos pobres e desfavorecidos. E, é claro, ele também reconhece as mudanças que estão ocorrendo. No ano passado, por exemplo, a República Popular da China ultrapassou os Estados Unidos como o maior parceiro comercial do Brasil pela primeira vez na história.
Lula é o único chefe de Estado que participou tanto do exclusivo Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, quanto do Fórum Social Mundial, que criticou a globalização, na cidade de Porto Alegre, no Brasil. Ele é um viajante infatigável, tendo visitado 25 países só na África, muitos países asiáticos e quase todos as nações da América Latina – levando sempre consigo uma delegação econômica. Lula prega incansavelmente a sua crença em um mundo multipolar. E, como Lula é um orador carismático e um "autêntico" líder trabalhista, multidões em todo o mundo o saúdam como se ele fosse um pop star. Na reunião de cúpula do G20 em 2009, em Londres, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que aparentemente é um fã de Lula, afirmou: "Eu adoro esse cara".
No entanto, Obama não pode mais ter certeza de que Lula é de fato "o seu cara de confiança". O brasileiro está ficando cada vez mais autoconfiante à medida que se distancia de Washington e, às vezes, chega até a buscar a confrontação com os norte-americanos.

Autoconfiança cada vez maior

O caso de Honduras é um exemplo dessa tendência. Os Estados Unidos, que sempre viram a América Central como o seu quintal, ficaram perplexos quando Lula concedeu abrigo ao presidente deposto Manual Zelaya na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa no ano passado e exigiu que tivesse uma voz no processo para solucionar o conflito. Ao recusar-se a reconhecer o novo presidente, Brasília se opôs ostensivamente a Obama.
Depois disso, as coisas aconteceram muito rapidamente. Lula viajou a Cuba, onde reuniu-se com Raul e Fidel Castro e pediu um fim imediato do embargo econômico norte-americano à ilha. Para a alegria dos seus anfitriões, ele comparou os críticos do regime que sofrem nas prisões de Havana a criminosos comuns. Lula também fez questão de aparecer junto ao presidente venezuelano Hugo Chávez, que não poupa críticas a Washington e que está amordaçando cada vez mais a imprensa no seu país. Em uma entrevista a "Der Spiegel", Lula definiu o líder autocrático como "o melhor presidente da Venezuela em cem anos".
E quando recebeu Ahmadinejad em Brasília alguns meses atrás, Lula cumprimentou o presidente iraniano pela sua suposta vitória eleitoral impecável e comparou o movimento oposicionista iraniano a torcedores de futebol frustrados. Ele afirmou que o Brasil também não permitiria que ninguém interferisse com o seu programa nuclear "obviamente pacífico".
Apesar dessa aproximação, muita gente manifestou ceticismo quando Lula seguiu para Teerã a fim de negociar um acordo nuclear com a liderança iraniana, especialmente depois que os iranianos não demonstraram quase nenhuma disposição para ceder nos meses anteriores. Em uma entrevista coletiva à imprensa com Lula, o presidente russo Dmitry Medvedev disse que a probabilidade de um acordo mediado pelo Brasil seria de no máximo 30%. Lula retrucou, dizendo: "Eu diria que as chances são de 99%". Lá estava novamente em evidência o ego pronunciado do astro político em ascensão. "Ele acredita ser um trabalhador milagroso que é capaz de obter sucesso onde outros fracassaram", diz Michael Shifter, um especialista norte-americano em América Latina.

Vitória inédita ou fracasso?

Neste momento, só existem indícios circunstanciais de que uma "vitória inédita" foi alcançada em Teerã após 17 horas de negociações. É também possível que a reunião tenha sido, na verdade, aquilo que o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" classificou como um "fracasso", ou apenas mais uma forma encontrada pelos iranianos, que em outras ocasiões foram frequentemente evasivos, para novamente paralisarem as iniciativas internacionais contra o seu programa nuclear.
Autoridades da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena afirmaram cautelosamente que qualquer fato novo no sentido de que se chegue a um acordo nuclear se constitui em um progresso. Os inspetores da AIEA são responsáveis por inspecionar as instalações nucleares de todo o mundo em nome da ONU. Eles recentemente descobriram mais indícios de um programa iraniano ilegal de armas nucleares e pediram a Teerã que cooperasse mais. A avaliação dos especialistas da agência, cuja comunicação com Teerã nunca foi interrompida e que jamais afirmaram algo que não fossem capazes de provar, terá agora muito peso. O fato de os iranianos só se disporem a apresentar o texto do acordo à AIEA "em uma semana" gerou dúvidas.
Os governos ocidentais têm manifestado muito ceticismo, e a resolução da ONU que Hillary Clinton tornou pública pouco depois do acordo de Teerã aparentemente deixou os israelenses preocupados. Alguns membros do governo de linha dura do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu estão criticando abertamente o acordo como sendo uma artimanha para aliviar a pressão internacional que é exercida sobre Teerã. O ministro israelense do comércio Benjamin Ben-Elieser afirma que Teerã está aparentemente "tentando novamente ludibriar o mundo inteiro".

O acordo proporciona uma brecha ao Irã

O instituto norte-americano ISIS, que sempre defendeu uma solução negociada e que acredita que a "opção militar" para resolver a questão nuclear iraniana é impensável, fez uma análise inteligente do acordo Lula-Ahmadinejad-Erdogan. Na análise, os especialistas nucleares independentes do instituto divulgaram as suas preocupações e observaram os pontos fracos do texto do acordo que foi revelado até o momento.
Os iranianos só concordam em enviar 1.200 quilogramas do seu urânio de baixo teor de enriquecimento à Turquia, para receberem em troca combustível para o seu reator de pesquisas em Teerã. As dimensões do acordo correspondem àquelas de um outro acordo proposto pela AIEA em outubro do ano passado, segundo o qual mais de três quartos do urânio produzido no Irã seriam mandados para fora do país, fazendo desta forma com que a fabricação de uma bomba atômica se tornasse impossível. A ideia era que isso fosse uma medida fomentadora de confiança para proporcionar espaço para negociações.
No entanto, o acordo atual ignora o fato de que o Irã, após ter colocado em funcionamento as suas centrífugas em Natanz, aparentemente já conta com mais de 2.300 quilogramas de urânio. Em outras palavras, o acordo possibilitaria que Teerã ficasse com quase a metade desse material, que é um ingrediente básico para uma bomba nuclear, de forma que o Irã ainda contasse com matéria prima suficiente para atingir a "capacidade mínima" de fabricação de armas nucleares.
O acordo também proporciona uma brecha a Teerã: ele concede à liderança iraniana o direito de pegar o seu urânio de volta da Turquia se, na sua opinião, qualquer cláusula do texto oficial "não for cumprida". E o mais importante é que o acordo não exige que Teerã suspenda o processo de enriquecimento de urânio. "Nós nem sonharíamos em fazer isso", declarou uma autoridade iraniana. Mas é isso precisamente que a ONU exigiu inequivocamente com aquilo que a esta altura já são três rodadas de sanções.
Essas objeções todas não preocupam Lula. Ele demonstrou que não pode mais ser ignorado no cenário internacional. Na última terça-feira, os amigos do presidente brasileiro elogiavam os seus esforços no sentido de fomentar a paz durante a reunião de cúpula América Latina-União Europeia em Madri. A participação do presidente tinha como objetivo demonstrar que a "lula" possui vários braços. Ele provou que é capaz de nadar na companhia de grandes tubarões.
Por trás dos bastidores, o Lula Superstar gosta de falar sobre como obrigou os diplomatas brasileiros a abandonarem a "síndrome de vira-latas", o seu termo para designar o profundamente arraigado complexo de inferioridade que os brasileiros demonstravam até recentemente em relação aos norte-americanos e aos europeus.
O fato ocorreu em 2003, na primeira aparição internacional importante de Lula, na reunião de cúpula do G8, em Evian, na França. Um grupo de pessoas estava sentado no saguão do hotel onde ocorria a conferência, aguardando o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Quando os norte-americanos finalmente entraram no recinto, todos se levantaram – menos Lula, que ordenou ao seu ministro das Relações Exteriores que também permanecesse sentado. "Eu não participarei desta subserviência", declarou o presidente brasileiro. "Afinal, ninguém se levantou quando eu entrei".
Tradução: UOL    


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Desabafo de uma servidora

Recentemente muitos servidores receberam por e-mail, o desabafo da companheira Cláudia. O desabafo que foi encaminhado corajosamente para o Prefeito foi recebido com muita comoção pelos funcionários públicos que compartilham o sentimento de abandono diante da administração que resolveu, mais uma vez, tratar os servidores com pesos diferentes. O e-mail para o Prefeito segue ao final dessa postagem. Neste dia 26 recebi outro e-mail da colega que me autorizou a publicá-lo. Fico feliz pela decisão da companheira de unificar a luta e por teronstatado a necessidade de sindicalização porque a luta não se faz sozinho. Sabemos que o Prefeito e seus Secretários não fazem política por sensibilização, mas por pressão e correlação de forças. Foi assim que a educação conseguiu reajustes pelos próximos 3 anos. Os meios eletrônicos, blogs, sites, twiter e e-mails são grandes instrumentos para ajudar na mobilização. Mas não substituem a ocupação das ruas, os espaços na mídia e o temor do governo por paralisações. Se não percebermos isso, seremos tratados como spams. Aquelas mensagens que são jogadas diariamente no lixo eletrônico de nossas caixas de e-mail. Parabéns, Cláudia!
e-mail recebido em 26/05/2010
Olá meus caros colegas Servidores Municipais.
São exatamente 20:37hs, estava sentada no sofá da minha sala assistindo ao Jornal quando do nada me veio no pensamento:"Preciso fazer alguma coisa p/ que meus colegas se ajuntem a mim nessa luta e consigamos um reajuste salarial", foi então que resolvi DESABAFAR, só que dessa vez, com todos vcs.
É o seguinte: Por favor,!!!!.... Leiam com muita, mas muita atenção e carinho. Dia 02 de junho, quarta feira será a nossa próxima Manifestação....Gente!!!....Será que dá pra entender que quanto maior for o número de servidores presentes a está Manifestação, maior será a repercussão de fato, pois,.... não sei se vcs sabem, mas pra um evento desses ter bom resultado, ser televisionado e fazer c/ que as pessoas nos enxerguem e prestem atenção na gente (quando digo isso, estou me referindo, ao Prefeito, ao Secretário de Gestão, a Prefeitura em geral, em fim, a mídia) temos que ter um número muito grande de servidores, 200 ou 300 servidores, ahhhh....não vai adiantar em nada, eles vão continuar dando tratos a bola, vão é tirar umas com a nossa cara, precisamos IR PARA AS RUAS com um número grande de pessoas, pra mais de 1000 servidores, muito mais. Colegas,.....vamos nos mobilizar, vamos agir, vamos perder o medo, vamos deixar de ser acomodados, vamos com garra, vamos botar a cara pra bater e mostrar pra todo mundo que nós merecemos sim,...não é possível que nenhum de vcs queiram melhoras os seus salários....Pelo Amor de Deus gente! É por vcs mesmos,.... assim eles irão prestar atenção em nós,....dá pra entender?!?
Sabe,...no dia 20/05, quarta passada, fiquei muito feliz por estar participando de uma luta justa por todos nós, me emocionei, minha vóz até embargou quando falei no microfone, mas consegui segurar hehehe.... Engraçado,...é impressionante como esse tipo de manifestação emociona, pelo menos pra mim, mas, de verdade........se aquele local ali na Libero Badaró estivesse abarrotado de servidores públicos, saindo gente pelas tampas, fazendo com que as pessoas ficassem intrigadas, se perguntando...O que está acontecendo?....Porque está manifestação, tanta gente junta, TV, som, bandeiras, etc....Nossa!!!! Seria muito lindo e o mais legal ainda é que o Prefeito Kassab com toda certeza iria querer saber o que tanto a gente faz ali, o Secretário de Gestão e quem sabe eles não nos atenderiam de verdade, nos escutassem e que pelo menos nos propusessem algum acordo...Sei lá!!! Dá pra entender a importância da presença de um GRANDE número de servidores???
Sinceramente, eu já não sei mais o que dizer pra convencer vcs. Agora vou dizer uma coisa. Sabe qual foi a pior coisa quando cheguei na minha Secretaria no dia seguinte a Manifestação, vou contar: As pessoas me abordavam perguntando, "E aí Claudinha, como foi lá? Tinha muita gente? Chegaram num acordo?.....Fala sério gente!!!! Porque que em vez de perguntarem não estiveram presentes?!?!?!...E outra: Sabe Claudia, não deu pra eu ir,.... porque isso, porque aquilo, porque aquilo outro,...em fim. Na realidade se todos os servidores levassem a sério as propostas do SINDSEP para nos ajudar EU TENHO CERTEZA ABSOLUTA.......QUE NÓS CONSEGUIRÍAMOS, NÃO TENHAM DÚVIDA, PORQUE EU AINDA INSISTO NAQUELAS FRASES ...." A UNIÃO FAZ A FORÇA" E "UNIDOS VENCEREMOS".
Aproveitando, queria me desculpar por não entender muito sobre essas coisas, é que estou começando agora, devo estar agindo mais c/ a emoção, mas tenho certeza que vou aprender rapidinho, POIS IREI ME SINDICALIZAR e assim como aprendi inumeras coisas na Prefeitura que foi e é o meu único emprego, desde meus 18 anos, estou c/ 46 anos hoje, são 28 anos de serviço público, não tenho medo de trabalho, sempre lutei por tudo a minha vida inteira, portanto sei que vou aprender e muitos colegas irão me ajudar.
Agora,..... vou parando por aqui, pois tenho que enviar este e-mail pra muita gente. AHHH! Uma última coisa. EU NÃO VOU PARAR DE LUTAR E SÓ VOU DESCANÇAR QUANDO ALCANÇARMOS OS NOSSOS OBJETIVOS E VER AS NOSSAS MANIFESTAÇÕES ABARROTADAS DE SERVIDORES. "Deve ser muito lindo e emocionante",....Fala sério gente!!!....Não tenham medo de lutar pelos nossos ideais, vamos todos juntos e o mais importante...."Deus está conosco.....sempre".
Boa noite a todos vcs e que Deus os Abençoe.

Claudia de Melo Gomes
AGPP

Reproduzo abaixo o e-mail encaminhado ao Prefeito pela colega Cláudia e que circula entre os servidores. Quero deixar registrada apenas minha discordância quanto a Kassab ser um bom Prefeito, afinal, bons prefeitos não cortam gastos no serviço público para a população por 3 anos e deixa para gastar no último ano de mandato apenas para sua reeleição. Isso é oportunismo. É só conferir a cidade suja e esburacada. A sujeira vai ser limpa só em 2012. É preciso lembrar também que a Saúde também está sem reajuste. Aliás, se a saúde ameaçasse parar, duvido que o Prefeito não se “sensibilizaria”. Optei por tornar ilegível os dados referentes ao local de trabalho e seu telefone para não expor a colega Cláudia.
Olá,...bom dia para quem estiver Recebendo este e-mail.
Gostaria de verdade que ele fosse entregue nas mãos do Prefeito Kassab.
Meu nome é Claudia de Melo Gomes, tenho 46 anos de idade, sou separada, tenho 2 filhos e sou servidora pública, trabalho na Secretaria Municipal de Esportes e no dia 13 de agosto deste ano de 2010 eu completo 28 anos de Prefeitura com muito orgulho.
Venho através deste expressar o quanto estou desapontada em ler em um site de notícias hoje dia 08/05/10 sábado, que os professores da rede municipal receberão um reajuste salarial de 28,41% e os pisos salariais tb. Desculpa Prefeito, mas gostaria de perguntar: PORQUE SÓ OS PROFESSORES? E NÓS,...O RESTANTE DOS SERVIDORES, PORQUE NÃO?!? Nossos salários estão achatados, chega ser revoltante, temos muitas dívidas c/ consignados a perder de vista, faz muitos anos que não temos reajuste (acho que + ou - uns 15 anos), Prefeito,...fiz minha família inteira e amigos votar no Senhor, o Senhor é tão bom Prefeito, está fazendo tantas coisas boas pela nossa cidade, puxa vida, precisamos de aumento salarial tb, somos todos iguais e temos nossos deveres financeiros a cumprir. Sabe Prefeito, está muito difícil, não estou falando por mim não, falo por todos os servidores,...Secretários tiveram aumento, saúde teve aumento, educação terá aumento, o Senhor deve ter tido aumento,.......e nós, o Senhor se esqueceu da gente?!?! Esqueceu que existe as outras Secretarias??? Esporte, Verde Meio Ambiente, Subprefeituras, etc....
Olha Prefeito, estou tão decepcionada, triste, magoada,...ahhhh,...e cheia de dívidas, com restrições no meu nome e por aí vai, está muito díficil para todos nós Prefeito. Tenho certeza de que o Senhor não tem nenhum consignado no seu Holerite,.... agora 80% dos servidores tem. Sabe quando o Senhor colocou p/ que todos pudessem ver nossos salários na internet? Então, na realidade o que está registrado lá, não é o que recebemos, lá consta o salário Bruto (que ñ é muito) e sim o líquido que recebemos, se o Senhor olhar meu holerite por exemplo, verá que recebo muuuuito menos. Sabe Prefeito, escrevo e reinvindico aqui minha indignação, mas saiba que é com todo meu respeito, ok? A final de contas o Brasil é um país democrático graças a Deus. Na realidade gostaria de estar falando c/ o Senhor pessoalmente, mas como sei que isso é impossível, pois o Senhor é muito ocupado, então resolvi escrever.
Espero realmente que quem recebeu e leu este e-mail entregue ou reenvie para o Prefeito Kassab. Termino aqui, ressaltando que vou aguardar uma resposta e dizer que o respeito muito e o admiro tb.
Se o Senhor preferir falar comigo pessoalmente, estou na Secretaria Municipal de
Esportes na Rua Pedro de Toledo, 1591, na Coordenadoria de Gestão Estratégica dos Equipamentos no tel: 3396.6456.
Agradeço desde já a  atenção dispensada no aguardo de uma breve resposta.
Abraços,

Claudia de Melo Gomes