terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um desabafo pelo meio ambiente

Publico aqui o relato e desabafo da navegante Ligia Mara ao comentar a postagem Aterro é construído em área protegida que publiquei discutindo a notícia do Jornal da Tarde. A reportagem denunciava uma área protegida da Mata Atlântica em São Mateus, Zona Leste sendo transformada em aterro por empresa contratada por Kassab.

Ligia Mara Mencarelli comentou:
Sou integrante do GEAL - Grupo de Educação Ambiental no Local. O grupo tem como objetivo ensinar a importância da preservação do meio ambiente em parques, APAS e demais áreas verdes às pessoas. O grupo se reúne mensalmente para a prática. Somos moradores da Zona Leste e o Morro do Cruzeiro tornou-se nosso santuário. Quando nosso destino é o Morro, fazemos o trajeto, de 18 km na caminhada. Em 22/08 fomos a mais uma de nossas visitas, pois temos como hábito recolher todo o lixo, que lá encontramos. Quando lá chegamos, a decepção foi total. O desmatamento foi intenso. Acredito que as pessoas não estavam conscientes do que seria realizado ali. Achávamos que o CTL não atingiria a Nascente do Rio Aricanduva. A nascente maravilhosa havia se tornado um pequeno veio, que teimava em sair da terra, em meio a montanhas de terra e árvores arrancadas, raízes e cobertura superficial, queimadas. A pergunta é: Quem ganhou com isso? O problema do lixo pode ter sido resolvido por um pequeno espaço de tempo. E a nascente? Não tem importância? Encontrar uma nascente de água potável, em pleno século XXI é comum? Como explicar aos jovens, que por vezes ensinamos a importância da preservação, que a Prefeitura compactua com tamanho crime? Por que não investir em coleta seletiva e educação da população, para que o problema do lixo possa ao menos ser minimizado? Volto a perguntar: se é que alguém pode me responder, quem ganhou com isso?

Morro do Cruzeiro, segundo ponto mais alto de SP, fica a 500 metros do novo aterro (Foto: J.F. Diório/AE)
Morro do Cruzeiro, segundo ponto mais alto de SP, fica a 500 metros do novo aterro (Foto: J.F. Diório/AE)
Marici Capitelli

Crônica de tempos bicudos | Brasilianas.Org

Enviado por luisnassif, ter, 31/08/2010 - 21:30

Por Leilaqdiz

Em 1973, o monstruoso Fleury invadiu nossa casa, só havia minha mãe e meus irmãos.Tudo foi destruído,ninguém podia entrar nem sair.Íamos ao banheiro e a porta tinha que ficar aberta com um soldado de frente.Meu pai preso, ficou 90 dias sem sabermos se estava vivo ou morto.Mamãe tomou de impulso,me puxou pelo braço e resolveu ir ao QG onde possivelmente papi se encontrava.Ficamos mais de um dia sentada na sala de espera com um soldado na nossa frente.
Qdo o coronel resolveu nos atender mame falou: se o senhor não me disser onde está meu marido, eu mato meus filhos e me mato, mas antes deixo uma carta, para quem vou entregar não interessa.Várias discussões se sucederam, mas não me lembro os detalhes pq fiquei horrorizada com que mame tinha resolvido a fazer e fiquei imaginando como ela iria nos matar. Pensei: ela resolveu isso sem nos consultar, mas logo em seguida pensei: mame pode está tentando enganar esse mostro.Lembro que íamos quase todos os dias e ficávamos sentadas por todo um dia.
A foto de nossa casa foi estampada nos jornais e qdo íamos à escola ouvíamos gritos: vc é comunista! sai comunista!Eu tinha 9 anos, minhas irmãs 7 e 6.Mame ficou estranha, pq soube do que fizeram com as esposas dos companheiros de papi.Lembro todas as mulheres da família em prantos.
Minhas avós, minha bisa, minhas tias.Pensava: pq choram tanto? Pai ainda não foi considerado morto.
Mas algum tempo depois fiquei sabendo o pq.
O coronel resolveu nos dar 5 minutos e depois de percorremos alguns corredores sempre com vários soldados a nossa volta armados, vi papi.
Eu pensei de imediato, não é meu querido pai, ele não é assim.....O coronel fez um sinal para que eu ficasse quieta.
Mame chorava aos prantos, beijava-o desesperadamente.
Então com calma perguntava a todos.
O que aconteceu, pq ela estava assim?
Foi então que aos 9 anos fiquei sabendo o que era tortura e o que faz ao seu humano.
Deixei de ser criança naquele momento e tomei uma decisão, se ele foi preso por produzir panfletos, quem vai distribuir sou eu.

Crônica de tempos bicudos | Brasilianas.Org

O tuiteiros pagos na eleição | Brasilianas.Org

Enviado por luisnassif, ter, 31/08/2010 - 12:48

Por Marco St.

Do Terra Magazine

Tuiteiros pagos não influem na eleição, aponta pesquisa

Anunciada como a eleição na qual a internet teria papel fundamental, os partidos e as equipes de marketing dos candidatos se prepararam para a batalha virtual. Arregimentaram - e contrataram - seus batalhões de tuiteiros e de militantes virtuais.

O resultado, no entanto, parece ser menor do que o barulho. Para uma das coordenadoras do Observatório das Eleições, projeto pioneiro criado para monitorar em tempo real a repercussão das campanhas, o Twitter não influencia nos resultados das eleições no Brasil:

- Não deu muito certo essa megacontratação de tuiteiro. O twitter não é uma rede social de debates e de formação de opinião, ele é de propagação.

Criado por pesquisadores de três universidades federais, o Observatório reúne as notícias que foram publicadas sobre os presidenciáveis nos principais jornais, sites e blogs brasileiros. Além de monitorar quase que instantaneamente tudo o que se fala sobre eles no Twitter.

Responsável pela coordenação da área de humanas do projeto, a historiadora Regina Helena Alves da Silva falou comTerra Magazine sobre as estratégias dos candidatos na internet e nas mídias tradicionais e seus resultados.

Leia a entrevista.

Terra Magazine - Como funciona o Observatório das Eleições?
Regina Helena Alves da Silva - O projeto é parte do Inweb, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Web, que já tem quase dois anos de trabalho em conjunto. Só no Observatório somos mais de 40 pessoas envolvidas, entre professores e alunos.

O que você destacaria entre as descobertas do Observatório?
Nós selecionamos grandes jornais, de circulação nacional, e jornais de cada Estado, na hora que você acompanha o gráfico e junta o gráfico com temas e com fontes, é possível acompanhar candidatos e temas que eles tratam em em cada lugar do Brasil. Aí você entende mais ou menos o que cada um deles fala em cada lugar do Brasil.
Mas o que eu acho mais legal, é que é possível fazer um cotejamento de uso entre a imprensa, os blogs e o Twitter. Óbvio, a internet não está sendo usada na nossa eleição como foi usada nos Estados Unidos, cada lugar tem a sua particularidade, embora os publicitários sempre tentem puxar a tendência para o que deu certo na outra eleição.
Se você pega as palavras que mais aparecem na imprensa, você vai pegar uma coisa meio óbvia, tem a quantidade e a frequência. Se você cruzar com o Twitter, você vai ver que disseminação do twitter... Não deu muito certo essa megacontratação de tuiteiro. O twitter não é uma rede social de debates e de formação de opinião, ele é de propagação.

Vocês também acompanharam a repercussão dos debates em tempo real, como foi isso?
Por exemplo, no primeiro debate, na Band, quem "bombou" no Twitter? O Plínio, por causa do jeito como ele falou. Também no debate da Folha e do UOL, observamos o universo inteiro, em tempo real: o Plínio entrando no Twitter e começando a debater de fora. Ele deu um pico no Twitter, maior do que quem estava no debate.
Além disso, você acompanha que os seguidores do Plínio, proporcionalmente, foram os que mais cresceram, mas isso não reverte em voto.

Em que momento os candidatos falam sobre temas polêmicos?
Podemos observar o sumiço, o medo de alguns temas, é possível fazer um cruzamento entre pegar uma questão polêmica e ver sua repercussão nas mídias. No debate da TV Canção Nova esses temas apareceram. Mas, de maneira geral, não se fala sobre aborto, sobre casamento gay.

Os blogs fomentam mais a discussão de temas polêmicos, comparados com os jornais?
Sim. Twitter não tem discussão. Na imprensa, mesmo a online - onde há o espaço para o comentário - é notícia de imprensa, sem interação. O blog é uma cultura de debate.

A Dilma é a candidata com maior exposição no Twitter. Para o bem ou para o mal?
Ainda não podemos avaliar isso, essa é a segunda etapa, a polaridade. Ela é quem mais aparece, não se sabe se falando bem ou falando mal... Mas há um velho lema na política: "Quanto mais falar, melhor".
Vamos acompanhar também como a campanha do Serra vai reagir na web? Ele vai ter que mudar a campanha dele em várias áreas, o site do Serra é o pior de todos, ele pauta, ele diz o que fazer, você tem que se cadastrar para entrar. O da Dilma é mais ou menos e o da Marina é o mais interativo, o que mais chama participação. E é interessante que os sites participativos de colaboradores "bombam" mais que os oficiais, porque eles já são criado em rede, uma rede espontânea.
E tem os tuiteiros pagos, acho que os candidatos estão usando mal o Twitter. O Plínio está usando bem porque ele cria um episódio, uma faísca. E ele não sabia disso, foi espontâneo, não foi um publicitário.

O tuiteiros pagos na eleição | Brasilianas.Org

Festa de 100 anos do Corinthians torna-se uma festa do Lula | Conversa Afiada

Publicado em 31/08/2010

Lula diz que é corintiano desde 1954, quando tinha 10 anos

A NBR mostrou imagens do presidente Lula com faixa e a camisa número 13 ao lado do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez.
Lá embaixo a galera eufórica.
Foi no Parque São Jorge, que provisoriamente é a sede do Corinthians, que o presidente Lula recebeu o título de Chanceler Honorário do Futebol Brasileiro e candidata-se a dar ao novo estádio do Corinthians em Itaquera o nome de “Lulão”.
Lula e D. Marisa receberam também o “passaporte” corintianos, que dá direito, segundo Lula, a trafegar livremente pela “nação corintiana”.
Lula demonstrou que é um torcedor fanático que entende de futebol.
Lembrou de quando o Corinthians ganhou do Fluminense com Rivelino, da “Academia” do Palmeiras, que tinha Dudu e Ademir da Guia, de quando ia à “Fazendinha” torcer na arquibancada.
Lula aproveitou para tratar de três pontos centrais da indústria do futebol.
Primeiro, a necessidade de o clube receber uma compensação adequada pelo que gastou na formação de um craque.
Segundo, a necessidade de profissionalização.
Ele não entende como times populares como o Bahia e Santa Cruz sofram em divisões inferiores.
Ele não entende o por que o Corinthians não tem 150 mil sócios e possa sustentar-se como o Internacional de Porto Alegre.
Lula incumbiu o Ministro da Previdência, Carlos  Gabas, de apresentar um plano de previdência especial para o jogador de futebol.
E para acabar com os cambistas informou que a Caixa está pronta para vender ingressos em toda a rede lotérica.
Lula foi aplaudido de pé.

Bye bye Serra forever.

Clique aqui para ler: “Lula faz o que Serra não fez: Corinthians vai abrir a Copa”.

Paulo Henrique Amorim

Festa de 100 anos do Corinthians torna-se uma festa do Lula | Conversa Afiada

Lula é aplaudido, Kassab vaiado, Goldman ignorado e Dilma ganha repente

Os Amigos do Presidente Lula:
terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lula é aplaudido, Kassab vaiado, Goldman ignorado e Dilma ganha repente

O presidente da República,Lula, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), tiveram uma recepção distinta no bairro popular de Paraisópolis, zona sul da capital paulista. A recepção entusiasmada que o Presidente Lula recebeu de centenas de moradores constrastou a acolhida fria dirigida ao prefeito Gilberto Kassab (DEM), um dos principais aliados do presidenciável José Serra (PSDB) em São Paulo. No evento, a candidata Dilma Rousseff (PT), que não estava presente, mas ganhou o "repente" de um artista popular.

Enquanto Lula recebeu aplausos calorosos em diversos momentos, especialmente quando anunciou o nascimento de seu neto Pedro, Kassab foi vaiado ininterruptamente durante parte de seu discurso.Kassab teve de apelar com o nome de Lula  e ao centenário do Corinthians, para ofuscar as vaias.

O prefeito recebeu mais vaias quando foi anunciado, quando entregou a chave de uma das 240 unidades das obras de urbanização de Paraisópolis - parceria do governo federal com o a Prefeitura de São Paulo - e durante parte de sua fala.

Questionado sobre as vaias para Kassab, o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), disse não ter ouvido nada. Kassab deixou o local sem dar entrevistas.

Apesar da ausência de Dilma, ela foi lembrada por um repentista, que recebeu o microfone das mãos do Presidente Lula. Entre os versos, o poeta popular cantou que a petista "vem à frente" e o "Lula novamente". Nas ruas de Paraisópolis, faixas em alusão ao centenário do Corinthians uma pintura de Lula em um dos muros do bairro.

Durante o discurso, o Lula afirmou que os moradores de coberturas do Morumbi não vão mais se envergonhar ao olhar para Paraisópolis e disse ainda que as obras de urbanização da favela são uma reparação do descaso de décadas.Com informações do Terra

Os Amigos do Presidente Lula: Lula é aplaudido, Kassab vaiado, Goldman ignorado e Dilma ganha repente

Altamiro Borges: A obsessão da Veja: derrubar Lula

Blog do Miro:
terça-feira, 31 de agosto de 2010

A obsessão da Veja: derrubar Lula

Reproduzo entrevista concedida à jornalista Juliana Sada, publicada no blog Escrevinhador:
Criada em setembro de 1968, a revista “Veja” é a publicação semanal brasileira de maior tiragem, teoricamente com cerca de um milhão e duzentos mil exemplares. Criada por Mino Carta, atualmente diretor de redação da CartaCapital, e Victor Civita – estadunidense filho de italianos, fundador do Grupo Abril –, a revista foi por um longo período paradigma para o jornalismo brasileiro. Por sua redação, passaram nomes importantes da profissão; e, por suas páginas, grandes personagens da história – entre seus entrevistados estão Vinícius de Moraes, Yasser Arafat, Salvador Dalí, Tarsila do Amaral e Sérgio Buarque de Holanda.
Mas, em anos recentes, a revista tornou-se alvo de intensas críticas. Na internet, disseminam-se pequenas e grandes iniciativas de informação e contraponto ao tipo de jornalismo feito por lá. Esse mesmo Escrevinhador denunciou a entrevista que nunca existiu, mas que a revista publicou; e mostrou a história do professor que foi alvo de manipulação pelo veículo, além da peculiar análise do semanário sobre a Bolívia.
O jornalista Fábio Jammal Makhoul decidiu debruçar-se sobre a revista Veja para formular sua tese de mestrado em ciência política para a PUC de São Paulo. A dissertação analisou a publicação durante o primeiro mandato de Lula, de janeiro de 2003 a dezembro de 2006. Fábio constatou que houve, de modo deliberado, uma cobertura tendenciosa com o objetivo de desestabilizar o governo. Os números são impressionantes: “40,6% da cobertura de Veja sobre o primeiro governo petista noticiou os escândalos do Planalto e, conseqüentemente, Lula e o PT de forma negativa”. O governo ocupou “54 capas de Veja, das 206 publicadas no período”, destas “32 tratavam de escândalos, segundo classificação da própria Veja, ou seja, 59,3% do total”.
Segundo Fábio, esse sistemático ataque levou ao surgimento de inúmeras críticas que “abalaram a própria revista, que se sentiu na obrigação de reafirmar sua ‘imparcialidade e independência’ a todo o tempo em 2005 e 2006”. O Escrevinhador entrevistou Fábio Jammal Makhoul para expor e debater seu estudo e o papel desempenhado pela revista. Confira a seguir:
Como surgiu a ideia de estudar a revista Veja?
O principal motivo que me levou a pesquisar a revista Veja é jornalístico. A degradação do jornalismo da revista nos últimos anos foi assustadora. Veja é a maior revista semanal de informação do Brasil, com tiragem superior a 1,2 milhão de exemplares. Um número muito maior que o das demais publicações do segmento. Veja é a quarta maior revista de informação do mundo e seu jornalismo já foi referência para toda mídia impressa brasileira. Mas, nos últimos anos, o semanário também se transformou no maior fenômeno de anti-jornalismo do país.
De 2005 para cá, a revista se perdeu completamente em reportagens baseadas em ilações e xingamentos, que ignoraram as regras mais básicas do jornalismo e rasgaram todos os códigos de ética da profissão. Virou um verdadeiro pasquim, com matérias que se revelaram fantasiosas e recheadas de ataques e manipulações da informação. Isso não quer dizer que o PT e o governo Lula sejam os bonzinhos da história e nem as vítimas da grande imprensa. Pelo contrário, houve erros gravíssimos na administração federal, que precisavam ser apurados e divulgados pela mídia.
Entretanto, o jornalismo da grande imprensa conseguiu ser mais antiético que os próprios políticos que eram acusados, com erros grosseiros que comprometeram a imagem desses veículos, principalmente a da revista Veja, que foi a mais engajada na tentativa frustrada de derrubar o presidente da República em 2005 e 2006.
Muito se fala sobre cobertura parcial da Veja. Por meio da sua pesquisa, foi possível constatar a veracidade dessas observações?
Sim, e nem precisava de uma pesquisa acadêmica ou mais aprofundada. Basta uma leitura simples da revista para constatar que Veja tem um lado quando o assunto é política. Hoje temos uma bipolarização partidária no Brasil, com PT e PSDB monopolizando a disputa eleitoral. E a revista Veja está claramente do lado do PSDB e completamente contra o PT. Se você pesquisar a revista desde o início dos anos de 1980 vai constatar que o Partido dos Trabalhadores e o próprio Lula nunca tiveram um tratamento positivo nas páginas de Veja.
Essa história de imparcialidade da imprensa não existe. Os veículos de comunicação são empresas e têm seus interesses e preferências políticas. O jornal O Estado de S. Paulo, por exemplo, sempre foi conservador e nunca escondeu isso. Assumir uma posição ideológica ou política não é ruim. É até saudável e democrático, os grandes jornais da Europa e dos Estados Unidos fazem isso. Pelo menos, o leitor sabe claramente qual é a orientação editorial da publicação. O problema é quando se abandona o jornalismo para se transformar num panfleto político-partidário. E foi o que aconteceu com Veja de 2005 para cá.
Nos dois primeiros anos do primeiro mandato de Lula, o semanário ainda fez jornalismo, mas, ao apostar que poderia derrubar o presidente da República em 2005, perdeu a aposta e a credibilidade. Com o escândalo do “mensalão”, Veja captou o antilulismo e o antipetismo da chamada classe média que lê a revista e iniciou sua campanha pelo impeachment do presidente. Só que a questão política serviu para que Veja se sentisse à vontade para cometer os abusos que quisesse. Uma coisa é a crítica política que se viu no Estadão e n’ O Globo, por exemplo. Outra coisa é partir para o xingamento, como fez Veja.
Você poderia citar capas e matérias que seguramente continham distorções, inverdades, ataques ou parcialidade?
Há muitos exemplos, principalmente em 2005 e 2006. Uma das capas que mais me chamou a atenção foi a da edição de 16 de março de 2005. A revista tentou fabricar uma crise para os petistas, com uma reportagem que prometia ser “bombástica”. A manchete da capa era: “Tentáculos das Farc no Brasil”. Em letras menores, a revista diz que “espiões da Abin gravaram representantes da narcoguerrilha colombiana anunciando doação de 5 milhões de dólares para candidatos petistas na campanha de 2002”.
A capa é chamativa, cheia de dólares ao fundo e uma foto do militante petista que teria recebido dinheiro das Farc. Embora a revista tenha considerado a reportagem forte o suficiente para ser a capa da edição, no corpo da matéria há três ressalvas de que o semanário não tinha como comprovar as acusações. O tema foi repercutido por um mês até sumir das páginas de Veja. O Ministério Público e o Congresso Nacional investigaram e não acharam nada e a revista sequer se desmentiu o publicou o final da história. Capa parecida foi a de 2 de novembro de 2005, que dizia que a campanha de Lula recebeu dólares de Cuba. A matéria é toda fantasiosa e com denúncias em off que nunca se confirmaram.
Uma das partes da sua dissertação se intitula “O discurso político das capas”. Você poderia explicitar qual é este discurso?
Nos quatro anos do primeiro mandato de Lula, o governo e o PT foram os principais temas da capa de Veja, ocupando mais de um quarto das manchetes do período. Com 49 capas negativas, a revista lançou mão de uma estratégia discursiva que visava claramente dar a Lula o mesmo destino de Collor: o impeachment. Sem sucesso neste intento, o semanário passou a trabalhar para evitar a reeleição do petista. A revista não foi nada sutil em sua estratégia, pelo contrário, foi arrogante, agressiva, preconceituosa.
O preconceito, aliás, foi uma das modalizações discursivas contra o governo mais utilizadas pela publicação, principalmente na capa. Desde o primeiro ano do mandato, em 2003, a revista procurou tematizar sobre a ética no PT. O enunciador sempre deixou claro que ela não passava de discurso para chegar ao poder, mas, assim que os escândalos começaram, Veja tratou de provar que o PT era pior que os demais partidos neste quesito. Entre os muitos preconceitos despejados pelo enunciador na capa está a associação entre o PT e bandidos; de traficantes a assassinos.
A suposta falta de escolaridade e de atenção dos petistas com a educação também foram bastante exploradas, sendo que o enunciador não se intimidou para fazer alusão ao animal burro em diversas ocasiões. O esquerdismo do PT também foi apresentado negativamente e de forma preconceituosa. Veja mostrou aos leitores que a máquina pública foi tomada pelos petistas, que aparelharam o Estado como fizeram os soviéticos. Aliás, autoritarismo foi outro tema explorado, que procurou mostrar um PT stalinista e ditador.
A corrupção, entretanto, foi o tema mais explorado nas capas que retrataram o PT e o governo Lula. Com uma série de escândalos em pauta, a revista usou uma das estratégias mais controversas e criticáveis: a comparação entre Lula e Collor. Comparações são sempre complicadas, mas o enunciador de Veja, posicionado e ideológico, relacionou os dois presidentes de forma simplista e forçada.
Com esta modalização discursiva, Veja pôde finalmente trabalhar pelo impeachment de um Lula sem moral, sem ética, corrupto, chefe de quadrilha, despreparado e que fez um primeiro mandato pífio, segundo as capas do semanário. Assim, a revista ousou também decretar o fim do PT. Errou em todas as apostas. Para justificar suas derrotas, Veja encontrou uma explicação baseada em mais preconceitos. Na edição de 16 de agosto de 2006, quando as pesquisas apontavam vitória fácil de Lula na disputa pela reeleição, Veja veiculou uma capa com a foto de uma jovem negra segurando o título de eleitor. A manchete era: “Ela pode decidir a eleição”. O subtítulo explica quem é ela: “nordestina, 27 anos, educação média, 450 reais por mês, Gilmara Cerqueira retrata o eleitor que será o fiel da balança em outubro”. Ou seja, ela é o retrato do Brasil e não dos leitores da revista, que são das classes A e B. Para esses, que o enunciador de Veja aposta que sabem votar, resta a resignação, já que os negros, pobres, analfabetos e nordestinos vão decidir as eleições.
Na introdução do seu trabalho, você apresenta a revista Veja como protagonista de escândalos. Ao que você se refere ao chamar a Veja de protagonista?
Podemos dizer que praticamente toda a chamada grande imprensa aproveitou os erros e desmandos do PT na primeira gestão do Lula para denegrir a imagem do partido e impedir a reeleição do presidente. Mas a revista Veja foi protagonista porque foi a mais enfática na campanha contra os petista e a que mais cometeu erros do ponto de vista jornalístico. Além disso, suas reportagens serviram tanto para iniciar um escândalo como para mantê-lo na pauta da mídia. Em muitos momentos, principalmente durante o escândalo “mensalão”, as reportagens de Veja alimentaram os jornais diários e a própria TV.
Você afirma que “ao todo, Veja publicou 206 edições entre 1° de janeiro de 2003 e o dia 31 de dezembro de 2006. Neste período, a revista produziu 621 reportagens sobre o primeiro governo do PT. Dessas, 252 trataram dos escândalos.” Isso quer dizer que, na média, havia três matérias sobre o governo por edição e sempre uma sobre algum escândalo?
Sim, e mesmo quando a matéria não era sobre escândalos, o enfoque que era dado ao Lula e ao PT era negativo. No meu trabalho deixo claro que o Partido dos Trabalhadores, uma vez no poder, cometeu uma série de irregularidades que deveria sim ser apurada e noticiada. Mas a forma com que a grande imprensa fez a cobertura, principalmente a Veja, visava apenas derrubar o PT do poder e não denunciar as mazelas do nosso sistemas político e eleitoral brasileiro, que estão no cerne do “mensalão” e de vários outros escândalos e que continuaram intactos. Muitos desses problemas que geram toda sorte de abuso de poder são antigos e foram mostrados por diversos autores.
Talvez o melhor lugar para se buscar conhecimento sobre o funcionamento da política seja na obra de Nicolau Maquiavel. Não é à toa que sua bibliografia é chamada de realismo político. Lá se encontra a pura realidade sobre a política. Para divagar um pouco, me arrisco a fazer um paralelo entre Maquiavel e o governo Lula. O PT sempre empunhou a bandeira da ética e bradou que é possível ter “pureza” dentro do jogo político e eleitoral brasileiro. Mas, para chegar ao poder, teve de lançar mão das mesmas práticas que condenava em outros partidos, assim como fez para governar o país. Um jornalismo investigativo sério e isento poderia constatar isso e denunciar de forma séria e isenta. Assim, o PT mostraria o realismo político, que desnudaria os problemas que assolam nossos sistemas político e eleitoral.
Uma cobertura sóbria, que não fosse tendenciosa ao ponto de mostrar que o governo do PSDB sim foi puro, poderia causar uma indignação suficiente para que o Brasil finalmente fizesse uma reforma que melhorasse efetivamente os nossos sistemas político e eleitoral. Mas, ao fazer uma cobertura parcial e tendenciosa, o jornalismo chamou mais a atenção do que os escândalos que noticiava, não contribuindo em nada com o país.
As capas analisadas, de 2003 a 2006, seguiram sempre o mesmo tom ao tratar do PT? É possível delimitar períodos de maiores ofensivas ou recuos?
Veja só se manteve recuada nos ataques no primeiro ano do mandato de Lula, 2003. Em 2004, começou sua ofensiva, embora de forma meio tímida. Mas em 2005 e 2006, Lula e o PT foram os principais temas da capa. Em 2005, das 52 edições, Lula e o PT aparecem de forma negativa em 24 capas, sendo 18 delas classificadas pela própria Veja no tema escândalo. Ou seja, quase a metade das edições abordaram o presidente negativamente. Em 2006, último ano de governo, Veja publicou 15 capas sobre Lula e o PT, todas desfavoráveis em pleno ano eleitoral.
Nos quatro anos do primeiro mandato de Lula, o governo e o PT foram os principais temas da capa de Veja, ocupando mais de um quarto das manchetes do período. Foram 49 capas negativas, sendo 39 só em 2005 e 2006. Comparativamente à atuação de governos passados, o tratamento da imprensa e de Veja à gestão Lula foi muito desigual. Durante a era tucana, por exemplo, as denúncias contra o governo federal não tiveram muito destaque. Em 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi acusado de comprar votos para a aprovação da emenda que permitiu sua reeleição, havia denúncias sobre as privatizações e corrupção em vários órgãos ligados ao governo federal, como a Sudam e a Sudene. Naquele ano, apenas uma capa foi feita sobre as acusações, com a foto de Sérgio Motta, então ministro-chefe da Casa Civil, e a chamada da capa era: “Reeleição”.
Já em 2005, com Lula na presidência, forma dezoito capas sequenciais durante quatro meses de puro bombardeio. Veja chegou a defender o fim do PT e que isso seria benéfico para a política brasileira, já que até na oposição sua atuação foi prejudicial para o país. Veja nunca havia defendido o fim de nenhum partido e nem usado tantos adjetivos negativos como usou para falar sobre os petistas.
Em 2006, em pleno período eleitoral, a revista veiculou cinco capas negativas para o governo, entre 23 de agosto e 25 de outubro. Isto quer dizer que as capas de metade das edições de Veja que circularam enquanto as eleições se definiam eram ruins para Lula. Enquanto isso, Geraldo Alckmin (PSDB), seu principal adversário, não apareceu negativamente em nenhuma capa de Veja neste período. Pelo contrário, neste período o candidato do PSDB era mostrado de maneira positiva. Só no período do segundo turno das eleições, Lula foi alvo de quatro reportagens de Veja e em todas elas ele aparece de forma negativa. Já Geraldo Alckmin aparece em duas matérias neste período. Ambas com abordagens positivas para o tucano.
As manchetes veiculadas nas capas estavam de acordo com a reportagem produzida ou havia discrepâncias com o intuito de chamar a atenção do leitor?
As manchetes eram mais sensacionalistas, mas as reportagens também seguiam a mesma linha. Ainda assim, é possível perceber muitas discrepâncias, como aquela capa das Farc que eu já citei. Na capa, Veja afirma que o PT recebeu dinheiro das Farc e na matéria há três ressalvas de que o repórter não conseguiu nenhuma prova. Outra capa que chama a atenção é aquela que eu também citei sobre a nordestina, negra e pobre que iria decidir a eleição em favor de Lula. O subtítulo diz que Gilmara Cerqueira tinha 27 anos. Mas na foto é possível observar a data de seu nascimento no título de eleitor e pode-se ver que ela tinha 30 anos na época e não 27 como rebaixou Veja para enquadrá-la ao perfil do eleitor médio. Ou seja, vale até mentir a idade da moça para montar um perfil da qual ela não se enquadra totalmente.
Além das capas, você analisou também os editorais da Veja. Foi possível encontrar correspondência entre a posição oficial da revista e o conteúdo por ela produzido, que em tese é independente?
As críticas que a revista Veja recebeu durante o primeiro governo Lula, principalmente nos dois últimos anos, abalaram a própria revista, que se sentiu na obrigação de reafirmar sua “imparcialidade e independência” a todo o tempo em 2005 e 2006. Durante a crise do “mensalão”, Veja usou a maior parte dos editoriais de junho a dezembro de 2005 para justificar a matéria da semana anterior e ratificar seu compromisso com um jornalismo sério. Logo no primeiro editorial do início da crise do mensalão, em 1º de junho de 2005, Veja garante que “não escolhe suas reportagens investigativas com base em preferências partidárias ou ideológicas”. E o curioso é que todos os editoriais das edições seguintes eram para justificar suas reportagens, sempre reafirmando uma imparcialidade que não se via nas reportagens.
Você discute o paradigma da imparcialidade e neutralidade no qual é baseado o discurso dos meios de comunicação entretanto você apresenta argumentos sobre a inviabilidade destes paradigmas se concretizarem. A partir da sua pesquisa, é possível concluir se a parcialidade da revista Veja é fruto de uma política deliberada ou consequência da inviabilidade de se fazer um jornalismo imparcial?
É fruto de uma politica deliberada. É claro que é quase impossível fazer um jornalismo totalmente isento. Mas você pode pelo menos buscar a isenção, ouvindo os dois lados, dando o mesmo peso para as diferentes versões e não utilizando adjetivos, por exemplo. Veja nem tentou ser imparcial, pelo contrário. Ela tinha uma estratégia discursiva e a seguiu até o fim com um objetivo bem claro: derrubar Lula da presidência.
Ao se contrapor ao governo Lula e ao PT, a revista Veja apresentava qual projeto para o Brasil apoiava ou qual setor o representava?
A primeira edição após a reeleição de Lula, publicada em 8 de novembro de 2006, é a que mostra mais claramente a posição da revista. A matéria de capa defende que é preciso deixar para trás a “visão tacanha” de que a miséria pode ser superada pelo “princípio bolchevique” de tirar dos ricos e dar aos pobres.
Para Veja, a miséria só será superada pela produção de riqueza e para isso “o gênio humano não concebeu nada mais eficiente do que o velho e bom capitalismo, com seus mercados livres, empreendedores ambiciosos e empresas inovadoras”. Veja aconselha Lula a “aposentar para sempre a ideia de palanque de que o Brasil é como um sobrado – em que só há andar de cima e andar de baixo e, portanto, o único trabalho é fazer com que todos passem a habitar o pedaço de cima. Isso é uma interpretação tão tosca da sociedade brasileira que, na sua estupidez simplificadora, neutraliza o papel crucial e dinamizador exercido pela classe média”.
Veja diz que falta ao presidente maior clareza sobre como promover de maneira mais vigorosa as condições para que a iniciativa privada produza mais conhecimento tecnológico de ponta, inove mais e multiplique seus índices de produtividade. E acrescenta: “Para fazer o país avançar, produzir riqueza e gerar justiça, o presidente Lula tem muitos desafios para superar – e um deles começa em casa. O Partido dos Trabalhadores, que se transformou numa usina de escândalos, divulgou uma nota oficial cobrando que no novo mandato Lula faça um ‘governo de esquerda’. Ninguém sabe exatamente o que isso quer dizer, mas é certo que significa mandar às favas o equilíbrio fiscal e o controle da inflação em troca de um crescimento econômico tão duradouro quanto um voo de galinha”.
Essa é a primeira vez na cobertura do governo Lula que Veja assume com todas as letras que fala em nome das classes mais abastadas e que defende uma política e um projeto de Estado mais à direita do que voltados para o social. Sua intenção é proteger o capital como fica claro neste texto. Para a revista, é preciso esquecer a ideia de que “o único trabalho é fazer com que todos passem a habitar o pedaço de cima”. Ou seja, não interessa colocar os mais pobres no mesmo patamar dos ricos é preciso “promover de maneira mais vigorosa as condições para que a iniciativa privada produza mais conhecimento tecnológico de ponta, inove mais e multiplique seus índices de produtividade”.

Altamiro Borges: A obsessão da Veja: derrubar Lula

Pelotão de fuzilamento da Globo não atinge Dilma | Conversa Afiada

Publicado em 31/08/2010

Ele tentou, mas não conseguiu calar a Dilma

O Conversa Afiada republica texto e vídeos postados no Tijolaço, de Brizola Neto:
O interrogatório global
Hoje, antes de escrever este post, li com atenção a transcrição da entrevista, que achei melhor chamar de interrogatório, dos srs. William Waack e Cristiane Pelajo, do Jornal da Globo, com (ou devo dizer contra) Dilma Rousseff.
Fiquei impressionado com duas coisas.
A primeira, a frieza  com que ambos se entregaram à missão de obter uma declaração comprometedora de Dilma, como fossem interrogadores policiais. Depois de uma primeira pergunta aparentemente superficial – mas com alvo certo – o resto foi muito mais acusação que qualquer outra coisa. Pouco faltou para um “confesse!”…
A segunda, a superioridade moral e intelectual com que Dilma os enfrentou.
Clique aqui para ler a transcrição dos autos, digo, da íntegra da entrevista, para que você mesmo avalie.
E aqui para ler “Âncora da Globo manda Dilma calar a boca”.
Confira os vídeos da entrevista de Dilma: aqui

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Toma, Serra, pra deixar de ser falso | Conversa Afiada

Publicado em 31/08/2010

Mais um golpe e o jenio não passa dos 30%

O Conversa Afiada republica texto do Tijolaço, blog do Brizola Neto:

Toma, Serra, pra deixar de ser falso

Dessa eu gostei. Ontem, com os dados da Prefeitura de São Paulo, eu já havia mostrado que José Serra mentia descaradamente ao dizer que as obras do PAC nas comunidade de Paraísópolis e Heliópolis, em São Paulo.

Hoje, na entrevista coletiva que deu em São Paulo, Dilma apresentou os convênios relativos as duas obras. A narrativa, deliciosa, é do repórter Cláudio Leal, do Terra:

“Serra a acusou de “propaganda enganosa” no horário eleitoral, por ter apresentado a urbanização das duas comunidades. “O governo federal anunciou que o Lula vai a Paraisópolis inaugurar. Inaugurar o quê? Lá, tem um conjunto habitacional que foi feito pelo município. Tem um dinheiro federal lá, de 20% a 30% (…) Depois vai para a televisão e não dá ideia de quem está fazendo aquilo”, atacou o candidato tucano.

Auxiliada por papéis, Dilma contestou o rival e listou os investimentos federais nas obras de urbanização dos bairros pobres. Em 19 de dezembro de 2007, o contrato de Heliópolis. Segundo a petista, 40% das obras são tocadas pela Prefeitura de São Paulo; dos R$ 203 milhões investidos, R$ 148,4 milhões são provenientes dos cofres federais, “para 1.427 novas moradias e para recuperar 1.343 casas”. Há ainda trabalhos de organização fundiária, pavimentação e saneamento.

Dilma vira a folha. Agora, os dois contratos de Paraisópolis, assinados em 26 de dezembro de 2007. No primeiro, com a prefeitura, do total de R$ 238,2 milhões, R$ 106,3 milhões vêm do governo federal. No segundo contrato, com o governo do Estado – Dilma enfatiza: “do ex-governador Serra” -, dos R$ 80,6 milhões aplicados na construção de moradias, R$ 56,6 milhões são federais.

“Respondi a uma crítica e estou respondendo”, disse Dilma, no contra-ataque. Segundo ela, a população de Heliópolis e Paraisópolis não pensa igual a Serra em relação à origem dos recursos.

Como dizia aquela propaganda da Parmalat: tomou?

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Queda da desigualdade de renda no país coloca mais 31, 9 milhões no mercado

Os Amigos do Presidente Lula:
terça-feira, 31 de agosto de 2010

Queda da desigualdade de renda no país coloca mais 31, 9 milhões no mercado

"No futuro, as pessoas não olharão Lula como o novo Getúlio Vargas. Mas entenderão Vargas como o Lula do passado. O presidente encarna a principal mudança por que passou o Brasil nos últimos anos, ele é a nova classe média. Lula é o Nelson Mandela tupiniquim". A análise é de Marcelo Néri, economista da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ) e um dos maiores especialistas em política social do país.

"Na última década, a desigualdade de renda caiu como nunca em nossa história. O equivalente a 31,9 milhões de pessoas ascenderam à classe C, ingressando no mercado consumidor, ampliando a capacidade de nossa economia crescer", avalia Neri, para quem, no entanto, o futuro do país está nas classes A e B. "Quando terminarmos o processo de transferir pessoas das classes D e E para a C, passaremos a transferi-las da C para cima, o que gerará maior pressão sobre os ricos."

A percepção de Neri não é isolada. Durante seminário realizado ontem pela Fundação Getulio Vargas, em São Paulo, economistas e cientistas políticos configuraram o atual momento da economia brasileira como "privilegiado". Para o cientista político André Singer, as condições econômicas e sociais estão próximas do período do New Deal, nos Estados Unidos, quando o governo americano, por meio de gastos em programas de amparo social e em obras de infraestrutura, impulsionou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) após o "crash" de 1929. "Para ir além", disse Singer, "é indispensável manter a elevação do salário mínimo".

O processo virtuoso, conforme avaliação dos participantes do debate, está assentado em "pontos-chave", como denominou Neri. Segundo números do economista da FGV, a renda oriunda do trabalho respondeu por 67% da redução na desigualdade, a frente dos 17% oriundos de programas de transferência direta de renda, como Bolsa Família, e dos 15,7% provenientes da Previdência Social . "O tripé é este", diz Singer, "quer dizer, aumento do emprego, seguido de gastos com pobreza extrema e aposentadorias".

Este quadro, no entanto, também revela problemas. "Do ponto de vista do crescimento acelerado combinado com redução da desigualdade, o jogo como está colocado hoje é preocupante", avalia Mariano Laplane, economista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Ficamos por quase 30 anos completamente à margem do desenvolvimento. O mundo moveu seu eixo tecnológico e industrial para os países asiáticos, ao longo dos anos 1970, e nós ficamos parados, assistindo isso tudo", afirma.

A lógica de Laplane, compartilhada por outros economistas da FGV, é que o ritmo acelerado do PIB - que neste ano, segundo estimativas do governo, deve passar por ampliação de 7%, a maior em 24 anos - não se sustentará, uma vez que o parque industrial brasileiro é pouco desenvolvido tecnologicamente, quando comparado com outros países, como a China.

"Os ganhos de produtividade que nossa indústria fez após a abertura comercial, em 1990, são claramente incapazes de fazer frente aos competidores externos", avalia Laplane, para quem a ampliação do mercado de trabalho passa, principalmente, por maior oferta de empregos no setor industrial.

"Nos próximos dez anos, nosso crescimento será focado no mercado interno. Se não quisermos que a renda que estamos dividindo vaze para o exterior, por meio do consumo de importados, é preciso atenção maior com a indústria", raciocina Paulo Gala, economista da FGV-SP.

A pressão por mudanças, no entanto, ocorrerá de forma difusa, avaliam Neri e Singer. Para este, a nova classe média é "parcialmente conservadora", uma vez que quer continuar ascendendo socialmente, mas deseja que isso ocorra dentro da ordem, sem radicalizações. "Seja para fortalecer o processo de redução da pobreza, seja para efetuar mudanças do lado econômico, como alterar o câmbio e reduzir os juros, o Estado têm diante de si um novo proletariado, que está no setor de serviços, como os operadores de telemarketing", diz Singer.

Para Neri, a nova classe média "não precisa tanto do Estado quanto os mais pobres", assim, passa a ser natural que o Estado "foque mais em políticas sociais aos mais necessitados, deixando a classe ascendente com margem para desenvolvimento próprio".Valor Econômico

Os Amigos do Presidente Lula: Queda da desigualdade de renda no país coloca mais 31, 9 milhões no mercado

Cloaca News: O ACARAJÉ DE VARGINHA

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O ACARAJÉ DE VARGINHA

Julgávamos tratar-se de notícia falsa, difundida na rede com tom de verdade por uma central de boatos que se instalou pelo país. Nossos dois repórteres debruçaram-se até mesmo sobre a página eletrônica do portal Estadão, onde o fabuloso compromisso do tucano Zé Chirico ganhou espetacular manchete. Incrível: a promessa é verdadeira, ainda que o candidato do PSDB à presidência necessite de três mandatos consecutivos para cumpri-la. A imagem acima, igualmente, é veraz. Não acredita em ET? Clique aqui e confira.

Cloaca News: O ACARAJÉ DE VARGINHA

Entrevista da Dilma ao Jornal da Globo, na íntegra

Os Amigos da Presidente Dilma:
31 de agosto de 2010

Parte 1

Parte 2

Os Amigos da Presidente Dilma: Entrevista da Dilma ao Jornal da Globo, na íntegra

Livro sobre Dantas, Preciado, Ricardo Sérgio e filha do Serra vem aí | Conversa Afiada

Publicado em 31/08/2010

Ricardo Sergio e Preciado: o que os tucanos de SP tem de melhor

O livro “Os Porões da Privataria” de Amauri Ribeiro Jr está pronto.
É o resultado de dez anos de trabalho de Amauri.
Vai lá atrás, à privatização do Fernando Henrique.
Conta como o Ministro da Saúde José Serra contratou um serviço de inteligência sob a responsabilidade de Marcelo Lunus Itagiba para pegar adversários políticos (inclusive do partido dele).
Conta como se mandava para o exterior dinheiro recebido com a privatização.
A segunda parte do livro será para contar como o livro de Amauri entrou para o centro de um suposto dossiê que o PT armava contra o Serra.
Amauri conta quem montou a trampa, e contra quem era a trampa.
Na origem dessa discussão sobre o sigilo fiscal do Eduardo Jorge (por que ele telefonava tanto para ao Juiz Lalau ?) está nesse livro.
O livro está na origem do “aplopramento do Serra”, como demonstrou este ordinário blog.
Como demonstra o Azenha, no Viomundo, nenhuma fonte do Amauri é sigilosa.
Ele não usou nenhuma informação que tenha sido obtido na agencia da Receita em Mauá, São Paulo.
Todas as informações são públicas.
Amaury tinha prometido publicar o livro antes da eleição.
Ele foi contatado pela Rede Record e assumiu o compromisso de publicar livro – já pronto – depois da eleição, para que a contratação não pudesse ser associada a qualquer interpretação política.
Lá estão, de corpo inteiro, Serra, a filha e sua associação com a irmã de Dantas – clique aqui para ver os documentos em Miami (em Miami !) -, o Preciado e o Ricardo Sergio.
O livro vem aí.
Paulo Henrique Amorim

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Agentes de Apoio e AGPPs: SINDSEP convoca para audiência pública

No próximo dia 1º de setembro haverá Audiência Pública do PL 339/2010 (clique aqui para ler o PL), às 13 horas, na Câmara Municipal de São Paulo - Salão Nobre - 8º andar. O PL instituti as “Gratificações de Atividade” para Agentes de Apoio e AGPPs. O SINDSEP já havia questionado alguns pontos do PL (leia aqui, na íntegra):

  • a lei passa a vigorar apenas a partir de 2011;
  • os servidores recebem valores diferenciados conforme desempenho, faltas, licenças, etc.;
  • a absorção paulatina dos valores da GAE (Gratificação de Apoio à Educação) e do PPD (Prêmio de Produtividade de Desempenho) nos valores da nova Gratificação de Atividade por serem falsas, já que é incompatível com a gratificação de desempenho, portanto, ao PPD e PDE, pois os valores são menores que a tal gratificação;
  • o PL altera os PCCS de nível básico e nível médio quanto à progressão e promoção;
  • projeto de lei altera a lei 14.600 quanto à incorporação da gratificação;
  • o PL reabre os prazos de opção dos PCCS, mas com pagamento a partir do cadastramento do ato e não retroativo;
  • o PL não prevê a extensão da gratificação para o Iprem, SFMSP, HSPM e Autarquia Hospitalar;
  • o sindicato pretende ainda, incluir emendas para garantir o pagamento da GAP (gratificação de atendimento ao público) às autarquias e a outras categorias que atendem o público, mas hoje não recebem.

Além de chamar o pessoal da ativa, a Secretaria de Aposentados do Sindicato também convoca a categoria para a Audiência, conforme reproduzido do site do SINDSEP:

Aposentados (as) da PMSP é agora ou nunca!!!!!

Companheiros (as) aposentados (as) da PMSP

A questão é a seguinte:
Ou agora ou nunca mais!!!!!
A prefeitura de São Paulo está apresentando uma proposta de gratificação para o níveis básico e médio.
O Sindsep a princípio não defende gratificações, mas se o governo quer dar, aceitamos.
Ocorre que o governo está excluindo os aposentados dessa gratificação, além do que só quer aplicar a partir de 2011. Nós aposentados queremos receber e não queremos aguardar até 2011 é pra já!!!!!
O valor da gratificação gira em torno de 50% do salário padrão de cada categoria.
A Câmara Municipal está chamando para uma Audiência Pública no dia 01/09/2010 para discutir esse projeto com os vereadores.
Portanto o Sindsep convoca todos os aposentados para juntos lutarmos pelos nossos direitos incluindo todos aposentados e pensionistas.

Todos juntos à câmara!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Crianças de 3 anos permanecerão nos CEIs em 2011

Chegou nesta segunda, dia 30 de agosto, a orientação de SME para que os CEIs atendam preferencialmente crianças de 0 a 3 anos (nascidas desde 01/01/07) e as EMEIs devem dar preferência a crianças de 4 e 5 anos. Sendo assim, os CEIs que têm nos últimos anos, encaminhado crianças de 3 anos para EMEIs em salas com até 35 alunos devem dar continuidade ao atendimento dos pequenos. No primeiro ano da administração Serra houve a divisão no atendimento de CEI e EMEI. O maior problema sofrido pelas famílias era a quebra no atendimento de 12 horas na época para 4 horas nas EMEIs. Posteriormente, quando os CEIs já atendiam 10 horas e EMEIs 6, Kassab decidiu encaminhar crianças com 3 anos, na medida que muitas EMEIs ficavam sem demanda por encaminhar crianças de 6 anos para o Ensino Fundamental. O Ministério Público questionou a atitude da Prefeitura e exigia que as EMEIs atendessem integral (8 horas), garantindo continuidade no atendimento. Inicialmente isso aconteceu, em certa medida, no ano de 2009. Porém em 2010, o rigor sobre tal cumprimento das determinações do MP foi menor.
A SME não informou o motivo da mudança na política, mas pode ser por pressão exercida pelo Ministério Público (veja abaixo matéria do ano passado). Quem ganhou foi a criança cuja família precisava do CEI para trabalhar. Com essa medida, outra consequência é a pressão sobre o governo para o aumento de vagas. Com crianças permanecendo nos CEIs diminui vagas para os mais novos. Mandar crianças para EMEIs de 6 horas com 30 alunos ou mais por professor, era uma medida, antes de tudo, econômica.
Artigo relacionado: Clique aqui para ler sobre como o governo Kassab tem optado pela terceirização da Educação com redução de 13% das matrículas em toda a rede direta (de CEI a EJA) e ampliação da rede conveniada (77%).
do Portal Terra:

Ministério Público quer crianças de 3 anos nas creches em SP

15 de outubro de 2009
Na tentativa de reduzir o déficit de vagas em creche, que é de 84.807, a gestão de Gilberto Kassab (DEM) tem enviado, desde janeiro, alunos de 3 anos para Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil). No entanto, o Ministério Público entrou com ação na qual pede a matrícula de alunos desta faixa etária em creches paulistanas a partir do ano que vem. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.a ação diz que, por maior que seja a demanda nas creches, isso "não autoriza o sucateamento de serviço de educação infantil" da rede A ação levou em conta um parecer de professores da Faculdade de Educação da USP que aponta falta de infraestrutura nas Emeis para atender crianças de até 3 anos . As Emeis reúnem um número excessivo de alunos em sala e não possuem espaço adequado. Segundo os promotores, em torno de 48 mil alunos na faixa etária de 3 anos foram postos, de forma "ilegal", direto em Emeis.
A administração municipal estará sujeita a pagar multa diária de R$ 1.000 para cada sala de aula de Emei que estiver com crianças com idade inferior a 4 anos, caso a Justiça atenda à ação dos promotores. A Secretaria Municipal da Educação informou que não comentaria a ação movida pelo Ministério Público por não ter sido notificada ainda.

Blogueiro salva photo opportunity do Serra | Viomundo - O que você não vê na mídia

30 de agosto de 2010 às 18:57

O blogueiro Márcio Amêndola soube que José Serra ia produzir um evento hoje, em São Paulo, diante do chamado impostômetro da Associação Comercial. O impostômetro pretende medir os impostos pagos pelos brasileiros. Na hora agá, o impostômetro deu pau. Apagou. Teve um problema técnico. E José Serra ficou sem a imagem com a qual pretendia, acredito, aparecer no Jornal Nacional desta noite.

Amêndola, com a ajuda do photoshop, resolveu contribuir com a campanha de Serra. E “colocou” o candidato diante de um símbolo de seu governo, o “pedagiômetro”. A nota que o Amêndola reproduziu na mensagem é da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo:

Pedágio de SP está entre os mais caros do mundo

Em São Paulo, pedágio de caminhões chega a ser quase três vezes mais caro do que na Europa

O pedágio cobrado nas rodovias paulistas é o mais caro do Brasil e, quando comparado com as tarifas pagas nas rodovias dos Estados Unidos ou da Itália, fica evidente que está entre os mais caros do mundo também.

Na rodovia Florida’s Turnpike, nos Estados Unidos, o preço por quilômetro rodado é de R$ 0,076, enquanto a média nas rodovias paulistas é de R$ 0,111, ou 46% superior ao da rodovia americana.

Além disso, na Florida’s Turnpike há o SunPass que é um dispositivo colocado no automóvel que garante a passagem direta pelo pedágio. É como o Sem Parar que existe em São Paulo. Diferentemente do Sem Parar, o SunPass garante desconto médio de 20% para o usuário. O pedágio fica bem mais barato para quem o utiliza.

No caso das rodovias italianas (R $0,134), elas são mais baratas do que as rodovias Anchieta (R$,0159), Imigrantes (R$ 0,152) e Castello Branco (R$ 0, 145), enquanto a Bandeirantes (R$ 0,135) e a Anhanguera (R$ 0,132) têm valores próximos aos da Itália.

Mas vale ressaltar que a concessionária italiana construiu com recursos próprios a sua rede de rodovias, diferentemente do que ocorre em São Paulo. No caso paulista, paga-se duas vezes: para construir e usar a rodovia.

E paga-se também ao consumir qualquer produto transportado por essas rodovias. Comparando novamente com as estradas italianas, o pedágio que incide sobre veículos de carga em São Paulo é até 149% mais caro do que na Itália.

Caminhão paga muito mais

Um caminhão com seis eixos que sai de Bari e vai até Milano, percorrendo 874,5 km, paga o equivalente a R$ 286,06. Um caminhão similar, partindo de São Paulo e fazendo o percurso de ida e volta até São José do Rio Preto, o que dá 880 km, deixa R$ 710,40 nos pedágios paulistas. Conclui-se que em São Paulo se paga duas vezes e meia a mais do que na Itália.

Esse alto custo do pedágio paulista é repassado para o frete e, consequentemente, para o produto. No final, quem paga essa conta é o consumidor, ou seja, toda a população. (Da liderança do PT na Assembleia Legislativa)

Blogueiro salva photo opportunity do Serra | Viomundo - O que você não vê na mídia

Redistribuição da verba fez mídia paulistana cair no colo do PSDB/DEM

Do Blog Nas retinas:

30/08/2010

É fácil entender o esforço da mídia paulistana em defender a candidatura tucana com unhas e dentes no Estado de São Paulo. Me atenho aqui a SP, apesar da mídia carioca ter ido pelo mesmo rumo, porque o estado vive a “bolha de imprensa”. Qualquer opinião contrária ao estado tucano é amplamente abafada na mídia, fazendo com que a população se mantenha com viseiras de cavalo, quase que em catarse.

De 2003 até agora o governo Lula começou um processo de regionalização da verba publicitária gerenciada pela Secretaria de Comunicação, a Secom. Ou seja, o dinheiro que antes era destinado somente para os veículos de rádio, TV, jornal e revista das grandes capitais, principalmente São Paulo e Rio, começou a ser redistribuído para veículos do interior do país. É o processo de isonomia, como pediu Mino Carta. Em 2003 o governo federal anunciou em 270 emissoras de rádio. Em 2009 foram 2.809 rádios. Jornais, no mesmo período, saltaram de 179 para 1.883. Veja tabela abaixo. Os dados são da Secom e, portanto, públicos. Basta solicitar, como eu fiz. Clique para ampliar.

O gráfico mostra o aumento no investimento também para TV e revista. Observando a imagem abaixo, separando somente os números de investimento em jornais, pode-se notar realmente como o governo federal provocou a ira dos grandes veículos impressos. A retirada de verba foi significativa de 2007 até 2009. Enquanto a verba direcionada aos jornais do interior subia, diminuia a verba da capital. Em 2007 os jornalões das capitais receberam 6.844.417,8. Em 2008 a verba subiu um pouco, saltando para 7.776.730,2. Por fim, em 2009, a verba despencou para 3.939.348,0. No mesmo ano, os jornais do interior receberam 6.226.047,5. Veja o gráfico completo.

Imaginem vocês se o Mercadante chega ao governo do estado em São Paulo e promove a mesma isonomia do governo federal. A mídia paulista vai à bancarrota. E justamente por isso se agarraram nos calcanhares do PSDB e DEM, que é garantia de escoamento de anúncios e convênios de assinaturas de jornais para escolas. A leitura dos jornais despenca. Os números de assinantes são inflados constantemente com a distribuição gratuita de exemplares para quem nunca assinou ou já deixou de assinar. Admitir queda na circulação significa perder mais dinheiro. Os anunciantes privados não têm piedade e querem resultados.

Redistribuição da verba fez mídia paulistana cair no colo do PSDB/DEM « Nas retinas

A forma tucana de construir metrô | Conversa Afiada

Publicado em 30/08/2010

Foto do jeitinho tucano de governar

Extraído do G1:

Após 4 anos, casas danificadas por obra do Metrô não foram reformadas
Donos dos imóveis reclamam da demora e vivem em casas alugadas. Segundo eles, algumas casas apresentam sérios problemas.
Do G1 SP
Já são quase quatro anos de espera e os donos de imóveis danificados pelas obras da linha 4 do Metrô ainda não podem voltar pra casa. O túnel ficou pronto no ano passado, mas a reforma dos imóveis ainda não.
A casa do engenheiro civil Ari Negrisoli, na Rua Tiapira, está tão frágil que precisa ser escorada. Há rachaduras nos quartos, na cozinha, no banheiro. Na sala, o piso inteiro cedeu. Ficou completamente irregular. Em todas as paredes, há rachaduras.
Ari se mudou para outra casa há três anos e meio. O aluguel é pago pelo consórcio responsável pela construção da linha 4 do Metrô.
Mas como as detonações e escavações que causaram os estragos terminaram no fim do ano passado, ele e os moradores de outras 250 casas não entendem porque os imóveis ainda não foram recuperados.

(…)

Confira vídeo:

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Amaury Ribeiro Jr. desmente especulação sobre livro | Viomundo - O que você não vê na mídia

30 de agosto de 2010 às 16:47

por Luiz Carlos Azenha

É mentirosa a especulação de que o livro de Amaury Ribeiro Jr. sobre os porões da privatização brasileira seria baseado, parcial ou totalmente, na quebra de sigilo fiscal na agência de Mauá da Receita Federal.
Quem diz é o próprio jornalista.
Eu, Azenha, não conheço Amaury pessoalmente. Recentemente, ele foi contratado pela TV Record para fazer parte do núcleo investigativo. Não vai lidar com política.
O desmentido do repórter foi feito através de um interlocutor.
Amaury diz que o livro será lançado no ano que vem. É uma forma, diz o interlocutor, de não injetar o conteúdo do livro na campanha eleitoral. A decisão de não publicar o livro agora não tem relação com qualquer dos “dossiês” divulgados pela mídia nas últimas semanas, nem com o episódio da Receita.
“O livro não tem nenhum documento que resulte de quebra do sigilo. São todos documentos oficiais”, reiterou o interlocutor, depois de conversar com Amaury.
Eu perguntei se o autor teria de alguma forma modificado o conteúdo do livro, por conta da ameaça de processos ou pressões políticas.
A resposta é “não”. Através do interlocutor, Amaury repete: o livro vai provocar um terremoto “em metade da Antiga República”.

PS: O Viomundo publicou a apresentação do livro, sem precisar a data em que seria lançado.

Amaury Ribeiro Jr. desmente especulação sobre livro | Viomundo - O que você não vê na mídia

O Brasil é maior que a França e a Inglaterra. Bye-bye Serra forever | Conversa Afiada

Publicado em 30/08/2010

Mantega: o Brasil incorporou a Argentina e o Chile à classe C.

O Governo Lula incorporou 50 milhões de brasileiros ao mercado de consumo.
A classe C foi a que mais cresceu.
Tem hoje 104 milhões de pessoas.
A capacidade de consumo da classe C é de 500 bilhões de reais por ano.
A classe C é aquela com uma renda mensal entre mil reais e cinco mil reais.
A classe D tem um poder de consumo de 380 bilhões de reais.
50 milhões de pessoas incorporadas à classe C é o mesmo que dizer que uma Argentina, somada a um Chile, compõe a classe C.
O PIB deve crescer este ano 7%.
Será o maior crescimento anual do PIB dos últimos 24 anos.
O crescimento do PIB de 7% fará com que a economia brasileira seja maior que a da Inglaterra e também a da França.
Na Europa, só a Alemanha ainda é maior que o Brasil.
No ano que vem, a economia brasileira crescerá 5,5%.
Essas são informações que Guido Mantega, Ministro da Fazenda, deu hoje à Fátima Turci e Paulo Henrique Amorim, que serão veiculadas hoje e amanhã na Record News.
O Brasil hoje tem 260 bilhões de dólares de reservas cambiais e dívidas de 220.
Paulo Henrique Amorim


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A ofensiva de Lula pela maioria no Senado | Viomundo - O que você não vê na mídia

30 de agosto de 2010 às 13:28

30 de agosto de 2010
AE – Agência Estado

Lula lidera ofensiva para obter maioria no Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deflagrou uma ofensiva na televisão e nos palanques para garantir ampla maioria no Senado para um eventual governo de Dilma Rousseff (PT). Das 54 vagas em disputa, os oposicionistas PSDB, DEM e PPS têm candidatos competitivos em apenas 17, segundo as últimas pesquisas.

Lula e Dilma têm usado o horário eleitoral para disseminar mensagens de apoio a candidatos aliados com chances de tirar do páreo os senadores que, nos últimos anos, derrotaram o governo em votações importantes, como a tentativa de prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque. O presidente também começou a lançar ataques diretos contra os adversários. Na última sexta-feira, seu alvo foi Marco Maciel (DEM), candidato à reeleição em Pernambuco.

Até 3 de outubro, o número de oposicionistas com chances nas pesquisas pode cair. Mesmo antes da ofensiva de Lula, alguns dos principais expoentes das bancadas contrárias ao governo enfrentavam dificuldades para se reeleger, em uma campanha na qual a associação ao presidente tem se mostrado decisiva na conquista do eleitorado.

Entre eles, Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, e Heráclito Fortes (DEM) são os mais fragilizados na busca por uma das duas vagas em disputa em seus Estados. Efraim Morais (PB), José Agripino (RN) e Marco Maciel, todos do DEM, também estão sob ameaça da onda governista.

Ataque

Apesar de não ter estado na linha de frente da oposição nos últimos anos, Maciel foi alvo de um ataque pesado de Lula na última sexta-feira, durante um comício do PT, no Recife. Sem citar nomes, Lula disse que há candidato que parece estar no Senado “desde o tempo do Império”.

“Já foi presidente da Câmara, ministro e até vice-presidente da República. O que ele trouxe para Pernambuco?” A seguir, o presidente conclamou o público a votar em Humberto Costa (PT), líder nas pesquisas, e em Armando Monteiro Neto (PTB), que ameaça tirar de Maciel a segunda colocação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ofensiva de Lula pela maioria no Senado | Viomundo - O que você não vê na mídia

Dilma quer banda larga para 40 milhões de brasileiros | Conversa Afiada

Publicado em 30/08/2010

Nada como a concorrência !

O Conversa Afiada reproduz texto da Agência Brasil:

Dilma quer levar banda larga a 40 milhões de brasileiros
Publicação: 29/08/2010

A ampliação da banda larga de 12,2 milhões para 40 milhões de brasileiros e a redução dos custos de acesso estão entre as propostas de governo para a área de inclusão digital da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, caso seja eleita. Dilma disse hoje (29) que pretende levar a banda larga a todas as 27 capitais e a 4.283 municípios no período de 2011 a 2014. Segundo ela, isso será feito por meio da Telebras e usando as fibras óticas das empresas de eletricidade e os gasodutos da Petrobras.
“Vamos tornar disponível a rede básica de transmissão de dados, de voz e de imagens de grande extensão”, disse. Ela afirmou ainda que pretende ampliar a banda larga, de preferência, em parcerias com o setor privado. Dilma ressaltou que o preço da banda larga no Brasil é alto, sendo 2,5 vezes o valor cobrado, por exemplo, pelo México. “Além disso, ela é lenta. Nós vamos oferecer entre R$ 15 e R$ 35 o mínimo de 512 quilobyte (KB) por segundo”.
Dilma Rousseff disse também que o acesso à banda larga está concentrada nas famílias de classe médias, médias altas e altas. Ela informou que na ampliação do sistema devem ser gastos até 2014 cerca de R$ 3 bilhões.”Nosso objetivo é que o governo seja também impulsionador da concorrência, que leve a preços menores [da banda larga] no Brasil”.
Em relação às especulações sobre nomes a ocupar cargos em um futuro governo da petista, caso eleita, Dilma Rousseff afirmou que essa discussão não cabe neste momento. “Qualquer discussão de nomes, da minha parte e da minha equipe de campanha, é factoide. Eu desautorizo todas as especulações sobre quem quer que seja. Porque nós não achamos isso politicamente correto, eticamente correto, e é colocar o carro na frente dos bois”, afirmou.

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Cloaca News: TUCANOS VIOLAM SIGILO BANCÁRIO DE BLOGUEIRO SUJO

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

TUCANOS VIOLAM SIGILO BANCÁRIO DE BLOGUEIRO SUJO

- Extrato da conta do Sr. Cloaca foi encontrado em lata de lixo de comitê do PSDB, em Porto Alegre

- Mesada do governo federal, recém depositada, não foi sacada

- Temendo por sua integridade física, blogueiro disfarça-se como prenda e refugia-se no Acampamento Farroupilha

Mais informações ao longo do dia, se Deus quiser.

Postado por Cloaca News às 10:38:00

Cloaca News: TUCANOS VIOLAM SIGILO BANCÁRIO DE BLOGUEIRO SUJO

Partidos se solidarizam a favor de blog censurado por Tucano

Os Amigos do Presidente Lula:
segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Nota dos partidos políticos em solidariedade ao “Blog do Esmael”, contra a censura e a favor da liberdade de expressão

Os partidos políticos de Curitiba, infra-assinados pelos respectivos presidentes municipais, vêm a público manifestar solidariedade ao blogueiro Esmael Morais que está censurado pelo candidato ao governo do estado, senhor Carlos Alberto Richa, do PSDB, desde a manhã do último sábado, dia 28.

Ao pedir na Justiça pela censura ao “Blog do Esmael” (www.esmaelmorais.com.br), o candidato do PSDB justificou que está sofrendo “abalos emocionais” devido às críticas constantes postadas pelo blogueiro.

Os partidos entendem que alguém que se sente acuado pelas críticas políticas não tem estrutura emocional suficiente para conduzir o Paraná para o pleno desenvolvimento e para enfrentar os desafios e percalços que certamente surgirão pelo caminho.

Os signatários desta nota também entendem que os métodos utilizados pelo tucano para calar vozes contrárias lembram os mesmos utilizados pelos regimes fascistas e autoritários, que lutamos e pensávamos ter derrotado definitivamente.

O Brasil e o Paraná precisam dar as garantias constitucionais aos seus cidadãos para que esses possam se expressar livremente, sem os constrangimentos do legalismo, onde a Justiça prevaleça diante do Direito.

A censura, além de deplorável, atenta contra a dignidade do homem e da mulher. Afronta a democracia e o direito à livre expressão, também assegurada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Os partidos políticos da capital paranaense conclamam a sociedade e os verdadeiros democratas a se manifestar contra esse atentado contra a liberdade de expressão e contra autoritarismo; em defesa do pluralismo de ideias e de pensamento; pela liberdade na internet e nos blogs; pela liberdade de imprensa.

Curitiba, 30 de agosto de 2010.

PMDB, PT, PR, PPL, PSC, PCdoB, PDT

Os Amigos do Presidente Lula: Nota dos partidos políticos em solidariedade ao “Blog do Esmael”, contra a censura e a favor da liberdade de expressão

Altamiro Borges: Dilma assume compromisso com banda larga

segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Dilma assume compromisso com banda larga

Altamiro Borges: Dilma assume compromisso com banda larga

Portaria de Escolha de classes/aulas Professores de EMEIF/EMEF


PORTARIA Nº 2.193, DE 09 DE ABRIL DE 2.010
DOC – 10/04/2010 – págs. 8-9

Dispõe sobre escolha de classes/aulas pelos Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I e Professores de Ensino Fundamental II e Médio, habilitados nos Concursos de Ingresso, e dá outras providências.

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições legais, e,

CONSIDERANDO:
- as disposições legais estabelecidas no artigo 37, incisos II e VIII, da Constituição da República Federativa do Brasil;
- o disposto na Lei nº 14.660, de 26/12/07, especialmente no que se refere às áreas de docência e Jornadas de Trabalho docentes;
- a necessidade de se prover a Rede Municipal de Ensino de recursos humanos docentes.

RESOLVE:
 
Art. 1º: Os Professores habilitados nos Concursos Públicos de Ingresso para provimento de cargos vagos de Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I e Professor de Ensino Fundamental II e Médio, da carreira do Magistério Municipal, efetuarão a escolha de classes / aulas de acordo com os critérios especificados nesta Portaria.
Art. 2º: Os Professores concursados por ingresso, já pertencentes à Rede Municipal de Ensino e independentemente da área de docência e do vínculo funcional, manterão o direito à Jornada de Trabalho de opção, desde que formalizem solicitação de desligamento do cargo/ função anterior e assumam o novo cargo efetivo sem interrupção de exercício, garantindo a continuidade funcional.
Art. 3º: Para os fins do disposto nesta Portaria, serão consideradas classes/aulas vagas, além das criadas, as remanescentes do Concurso Anual de Remoção, e as decorrentes de Laudo Médico Definitivo, de perda de lotação na renovação subseqüente de laudo temporário por período superior a 02(dois) anos contínuos ou interpolados, acesso, exoneração, demissão, falecimento ou aposentadoria, sendo disponíveis as demais.
Art. 4º: Formalizada a posse e de acordo com a ordem de chegada nas EMEIs, EMEFs e EMEFMs de lotação, os Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I escolherão/ terão atribuídos para composição da Jornada de Trabalho/ opção:
I – um dos turnos em que houver classe de sua área de docência;
II – classe, na ordem:
a) que se encontrar sem regente;
b) que tiver sido atribuída/escolhida anteriormente por Professor:
1- a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) ou Jornada de Trabalho/ opção:
- Contratado por Emergência
- Não Estável
- Estável
- Adjunto
2- a título de Jornada de Trabalho/opção, ou como Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) - Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, efetivo lotado em outra Unidade;
3- a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) - Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, efetivo.
Parágrafo único - Inexistindo as condições discriminadas no "caput" deste artigo, o Professor concursado escolherá turno onde houver vaga no módulo da Unidade, respeitada a ordem:
a) não ocupadas;
b) escolhidas/ atribuídas anteriormente a Professor Contratado por Emergência, Não Estável, Estável, Adjunto e Efetivo Excedente.
Art. 5º: Formalizada a posse e de acordo com a ordem de chegada nas EMEFs e EMEFMs de lotação, os Professores de Ensino Fundamental II e Médio escolherão/ terão atribuídos para composição da Jornada de Trabalho/ opção:
I – turno(s) em que houver aulas de sua área de docência e titularidade;
II – aulas de sua área de docência e titularidade, na ordem:
a) que se encontrarem sem regente;
b) que tiverem sido atribuídas/ escolhidas anteriormente por Professor:
1- a título de Jornada de Trabalho/ opção e/ou Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX):
- Contratado por Emergência
- Não Estável
- Estável
- Adjunto
2- a título de Jornada de Trabalho/opção, ou como Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) - Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo lotado em outra Unidade;
3- a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente(JEX) - Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo;
c) que tiverem sido atribuídas/escolhidas anteriormente, a título de Jornada de Trabalho/ opção e/ou como Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) - Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo, de titularidade diversa.
Parágrafo único - Inexistindo as condições discriminadas no "caput" deste artigo, o Professor concursado escolherá turno onde houver vaga no módulo da Unidade, respeitada a ordem:
a) não ocupadas;
b) escolhidas/ atribuídas anteriormente a Professor Contratado por Emergência, Não Estável, Estável, Adjunto e Efetivo Excedente.
Art. 6º: Formalizada a posse e de acordo com a ordem de chegada nas EMEEs de lotação, os Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I ou Professores de Ensino Fundamental II e Médio escolherão/ terão atribuídos para composição da Jornada de Trabalho/ opção, observada a seqüência:
I – classe/ aulas de sua área de docência/ titularidade:
a) que se encontrar(em) sem regente;
b) que tiver(em) sido atribuída(s)/escolhida(s) anteriormente a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) ou Jornada de Trabalho/ opção por Professor:
- Contratado por Emergência
- Não Estável
- Estável
- Adjunto
II - classe/ aulas de outra área de docência/ titularidade:
a) que se encontrar(em) sem regente;
b) que tiver(em) sido atribuída(s)/escolhida(s) anteriormente a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) ou Jornada de Trabalho/ opção por Professor:
- Contratado por Emergência
- Não Estável
- Estável
- Adjunto
III - classe/ aulas da sua/ outra área de docência/ titularidade:
a) que tiver(em) sido escolhida(s)/ atribuída(s), a título de acomodação, referente à Jornada de Trabalho/ opção, ou como Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX), por Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I ou Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo designado de outras Unidades;
b) que tiver(em) sido escolhida(s)/ atribuída(s), a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX), por Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I ou Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo;
IV - classe/ aulas que tiver(em) sido escolhida(s)/ atribuída(s), a título de Jornada de Trabalho/ opção, por Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I ou Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo, de outra área de docência/ titularidade.
Parágrafo único - Inexistindo as condições discriminadas no "caput" deste artigo, o Professor concursado escolherá turno onde houver vaga no módulo da Unidade, respeitada a ordem:
a) não ocupadas;
b) escolhidas/ atribuídas anteriormente a Professor Contratado por Emergência, Não Estável, Estável, Adjunto e Efetivo Excedente.
Art. 7º: Com relação aos Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I e Professores de Ensino Fundamental II e Médio que restarem sem vaga no módulo das Unidades Escolares, serão encaminhados às Diretorias Regionais de Educação - DREs para acomodação imediata em outra Unidade.
Art. 8º: Caso haja dois ou mais Professores do mesmo grupo nas situações discriminadas nos artigos 4º, 5º e 6º desta Portaria, o desempate será efetuado considerando-se a menor pontuação de acordo com a Portaria específica, ou a data de início de exercício, conforme o caso.Art. 9º: Na hipótese em que o Professor vier a perder a regência de classe/aulas referentes à Jornada de Trabalho/ opção e detiver regência de classes/aulas a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente - JEX, a escolha/atribuição anteriormente efetuada em JEX será considerada como Jornada de Trabalho/ opção, na quantidade equivalente.
Art. 10: Os critérios da Portaria que dispõe sobre o processo de escolha/ atribuição de classes/aulas no decorrer do ano letivo serão aplicados aos Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, Professores de Ensino Fundamental II e Médio, Adjuntos, Estáveis, Não Estáveis e Contratados por Emergência, inclusive na Educação Especial, que restarem sem classe/aulas ou com aulas em quantidade inferior ao legalmente obrigado, em virtude do disposto nesta Portaria.
Art. 11: Os Diretores de Escola deverão, sob pena de responsabilização funcional:
I- comunicar à respectiva DRE as classes/aulas que restarem sem Professor e as vagas remanescentes no módulo da U.E.;
II- efetuar a digitação das escolhas/atribuições no sistema informatizado- EOL;
III- arquivar os registros de atribuição após serem vistados e homologados pelo Supervisor Escolar.
Art. 12: Os casos excepcionais ou omissos serão resolvidos pelos Diretores Regionais de Educação, ouvida, se necessário, a Secretaria Municipal de Educação- SME.
Art. 13: Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial a Portaria SME 1.695, de 03/04/08.