terça-feira, 30 de novembro de 2010

Leandro: Johnbim, o ministro X-9

Conversa Afiada
Publicado em 30/11/2010

Sabe o Morales ?

Publicado no blog Brasília, eu vi de Leandro Fortes:

O ministro X-9
Por Leandro Fortes
Uma informação incrível, revelada graças às inconfidências do Wikileaks, circula ainda impunemente pela equipe de transição da presidente eleita Dilma Rousseff: o ministro da Defesa, Nelson Jobim, costumava almoçar com o ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil Clifford Sobel para falar mal da diplomacia brasileira e passar informes variados. Para agradar o interlocutor e se mostrar como aliado preferencial dentro do governo Lula, Jobim, ministro de Estado, menosprezava o Itamaraty, apresentado como cidadela antiamericana, e denunciava um colega de governo, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, como militante antiyankee. Segundo o relato produzido por Clifford Sobel, divulgado pelo Wikileaks, Jobim disse que Guimarães “odeia os EUA” e trabalha para “criar problemas” na relação entre os dois países.
Para quem não sabe, Samuel Pinheiro Guimarães, vice-chanceler do Brasil na época em que Jobim participava de convescotes na embaixada americana em Brasília, é o atual ministro-chefe da Secretaria Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE). O Ministério da Defesa e a SAE são corresponsáveis pela Estratégia Nacional de Defesa, um documento de Estado montado por Jobim e pelo antecessor de Samuel Guimarães, o advogado Mangabeira Unger – com quem, aliás, Jobim parecia se dar muito bem. Talvez porque Unger, professor em Harvard, é quase um americano, com sotaque e tudo.
Após a divulgação dos telegramas de Sobel ao Departamento de Estado dos EUA, Jobim foi obrigado a se pronunciar a respeito. Em nota oficial, admitiu que realmente “em algum momento” (qual?) conversou sobre Pinheiro com o embaixador americano, mas, na oportunidade, afirma tê-lo mencionado “com respeito”. Para Jobim, o ministro da SAE é “um nacionalista, um homem que ama profundamente o Brasil”, e que Sobel o interpretou mal. Como a chefe do Departamento de Estado dos EUA, Hillary Clinton, decretou silêncio mundial sobre o tema e iniciou uma cruzada contra o Wikileaks, é bem provável que ainda vamos demorar um bocado até ouvir a versão de Mr. Sobel sobre o verdadeiro teor das conversas com Jobim. Por ora, temos apenas a certeza, confirmada pelo ministro brasileiro, de que elas ocorreram “em algum momento”.
Mais adiante, em outro informe recolhido no WikiLeaks, descobrimos que o solícito Nelson Jobim outra vez  atuou como diligente informante do embaixador Sobel para tratar da saúde de um notório desafeto dos EUA na América do Sul, o presidente da Bolívia, Evo Morales. Por meio de Jobim, o embaixador Sobel foi informado que Morales teria um “grave tumor” localizado na cabeça. Jobim soube da novidade em 15 de janeiro de 2009, durante uma reunião realizada em La Paz, onde esteve com o presidente Lula. Uma semana depois, em 22 de janeiro, Sobel telegrafava ao Departamento de Estado, em Washington, exultante com a fofoca.
No despacho, Sobel revela que Jobim foi além do simples papel de informante. Teceu, por assim dizer, considerações altamente pertinentes. Jobim revelou ao embaixador americano que Lula tinha oferecido a Morales exame e tratamento em um hospital em São Paulo. A oferta, revela Sobel no telegrama a Washington, com base nas informações de Jobim, acabou protelada porque a Bolívia passava por um “delicado momento político”, o referendo, realizado em 25 de janeiro do ano passado, que aprovou a nova Constituição do país. “O tumor poderia explicar por que Morales demonstrou estar desconcentrado nessa e em outras reuniões recentes”, avisou Jobim, segundo o amigo embaixador.
Não por outra razão, Nelson Jobim é classificado pelo embaixador Clifford Sobel como “talvez um dos mais confiáveis líderes no Brasil”. Não é difícil, à luz do Wikileaks, compreender tamanha admiração. Resta saber se, depois da divulgação desses telegramas, a presidente eleita Dilma Rousseff ainda terá argumentos para manter Jobim na pasta da Defesa, mesmo que por indicação de Lula. Há outros e piores precedentes em questão.
Jobim está no centro da farsa que derrubou o delegado Paulo Lacerda da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), acusado de grampear o ministro Gilmar Mendes, do STF. Jobim apresentou a Lula provas falsas da existência de equipamentos de escutas que teriam sido usados por Lacerda para investigar Mendes. Foi desmentido pelo Exército. Mas, incrivelmente, continuou no cargo. Em seguida, Jobim deu guarida aos comandantes das forças armadas e ameaçou renunciar ao cargo junto com eles caso o governo mantivesse no texto do Plano Nacional de Direitos Humanos a idéia (!) da instalação da Comissão da Verdade para investigar as torturas e os assassinatos durante a ditadura militar. Lula cedeu à chantagem e manteve Jobim no cargo.
Agora, Nelson Jobim, ministro da Defesa do Brasil, foi pego servindo de informante da Embaixada dos Estados Unidos. Isso depois de Lula ter consolidado, à custa de enorme esforço do Itamaraty e da diplomacia brasileira, uma imagem internacional independente e corajosa, justamente em contraponto à política anterior, formalizada no governo FHC, de absoluta subserviência aos interesses dos EUA.
Foi preciso oito anos para o país se livrar da imagem infame do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer tirando os sapatos no aeroporto de Miami, em dezembro de 2002, para ser revistado por seguranças americanos.
De certa forma, os telegramas de Clifford Sobel nos deixaram, outra vez, descalços no quintal do império.

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Banco do Brasil inaugura agência na comunidade de Paraisópolis

Os Amigos do Presidente Lula

O Banco do Brasil inaugurou nesta terça-feira (30), a primeira agência bancária em Paraisópolis, a segunda maior comunidade da Cidade de São Paulo com cerca de 100 mil moradores.
A agência, instalada no prédio da sede da União dos Moradores, na Rua Ernest Renan, 1366, contribui com o processo de reurbanização e desenvolvimento econômico e social da comunidade.
É a primeira agência BB instalada em uma comunidade no país, que pretende abrir outras em comunidades semelhantes como a Cidade de Deus e Rocinha, no Rio de Janeiro. O mercado bancário de baixa renda, ainda é pouco explorado no Brasil.
O atleta e embaixador do vôlei Marcelo Negrão esteve presente na festa de inauguração.
Levando desenvolvimento à comunidade
A agência marca o início do Plano de Negócios de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) Urbano em Paraisópolis, que visa financiar e desenvolver o Comércio, Indústria e Serviços no local.
O plano, em parceria com a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP), foca a inclusão na economia formal de micro e pequenas empresas (existem algo em torno de 8 mil empreendimentos, dos quais cerca de 6 mil são informais). Todos os moradores da Comunidade de Paraisópolis poderão ser beneficiados com o DRS Urbano Paraisópolis.

Os Amigos do Presidente Lula: Banco do Brasil inaugura agência na comunidade de Paraisópolis

Para Jobim, embaixador americano ou WikiLeaks mente

Conversa Afiada
Publicado em 30/11/2010

Só ele desmentiu o WikiLeaks. Que proeza !

O ministro da defesa (dos EUA) Nelson Johnbim foi o primeiro personagem de um vazamento do WikiLeaks que contestou a veracidade de informação ali contida.
O que só não é mais grave do que falar mal da diplomacia brasileira, e de um colega ministro, ou revelar uma inconfidência de um chefe de Estado estrangeiro (Evo Morales) a um embaixador estrangeiro.
Ninguém ousou dizer que a informação do WikiLeaks é falsa.
Só o Johnbim.
Ou ele acha que o embaixador americano é um cretino ?
Que ouve inconfidências irresponsáveis do ministro da defesa do Brasil e manda um telegrama errado para Washington.
O Johnbim pensa que o americano é burro ?
Ou que o presidente Lula é burro ?
Ou que o amigo navegante é burro ?
Ainda bem que na noite da vitória, a presidente Dilma Rousseff avisou que só seria ministro dela quem jogasse no time dela.
Quem estivesse do lado dela.
Leia o que disse o Johnbim :

Jobim nega ‘críticas’ a Samuel Pinheiro Guimarães divulgadas pelo WikiLeaks
RIO – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou nesta terça-feira ter dito, em 2008, ao então embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel, que Samuel Pinheiro Guimarães, atualmente ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, “odeia os EUA”, conforme consta de documento vazado pelo site WikiLeaks. Em um telegrama, Sobel considera a diplomacia brasileira “antiamericana” .
Segundo notal oficial, Jobim, que está em visita oficial à Polônia, ligou para Guimarães e afirmou que “realmente em algum momento conversou sobre ele com o embaixador, mas disse que o tratou com respeito e classificou Guimarães como um nacionalista, um homem que ama profundamente o Brasil”.
Na nota, Jobim acrescenta que “se o embaixador disse que Samuel não gosta dos Estados Unidos, isso é interpretação do embaixador, eu não disse isso. Samuel é meu amigo”.

A nota afirma, ainda, que as relações entre Brasil e EUA, tanto na diplomacia quanto na Defesa, “estão cada vez mais aprofundadas. No entanto, eventuais divergências entre as duas Nações tornam-se visíveis, à medida em que aumenta o relevo do Brasil no cenário internacional”.

Em tempo: o Conversa Afiada recebeu o seguinte e-mail de Roberta Belyse, que trabalha com Nelson Jobim:  

Prezado Paulo Henrique Amorim,
Em resposta à sua pergunta, encaminho a matéria que está no sítio do Ministério da Defesa sobre o assunto.
Atenciosamente,
Roberta Belyse

Jobim nega críticas a Samuel Pinheiro Guimarães
Brasília, 30/11/2010- O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, que encontra-se hoje em visita oficial à Polônia, ligou na manhã desta terça-feira para o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Samuel Pinheiro Guimarães, para negar as afirmações atribuídas a ele em telegrama da embaixada dos Estados Unidos divulgado pelo site Wikileak.
De acordo com o telegrama, de 2008, Jobim teria dito ao então embaixador dos Estados Unidos do Brasil, Clifford Sobel, que Guimarães “odeia os Estados Unidos”.

Jobim desmentiu a afirmação e esclareceu a Guimarães que realmente em algum momento conversou sobre ele com o embaixador, mas disse que o tratou com respeito e classificou Guimarães como “um nacionalista, um homem que ama profundamente o Brasil”.

Segundo Jobim, “se o embaixador disse que Samuel não gosta dos Estados Unidos, isso é interpretação do embaixador, eu não disse isso. Samuel é meu amigo”, afirmou.
SOBERANIA
As relações entre Brasil e Estados Unidos, tanto no âmbito diplomático quanto na área de Defesa, estão cada vez mais aprofundadas. No entanto, eventuais divergências entre as duas Nações tornam-se visíveis, à medida em que aumenta o relevo do Brasil no cenário internacional.

O Brasil tem se mostrado especialmente zeloso na busca da integração sul-americana – política, diplomática, militar, econômica- buscando evitar ações de países externos ao sub-continente que possam simbolizar ameaças à soberania dos países da região.

No campo da Defesa, algumas dessas divergências de visões entre Brasil e Estados Unidos foram expressa publicamente por Jobim em duas palestras recentes.

Na primeira palestra, em Lisboa (16/09/2010), o ministro protestou contra as mudanças de normas da Organização do Tratado do Atlântico Norte(OTAN), que potencialmente autorizaria a organização a intervir militarmente em qualquer parte do mundo, inclusive no Atlântico Sul.

Segundo Jobim, isso poderia ser pretexto para os Estados Unidos intervirem com “verniz de legitimidade” quando não tivesse respaldo da Organização das Nações Unidas.

A segunda divergência manifestada por Jobim, em reunião de ministro da Defesa na Bolívia (22/11/2010), foi sobre a mistura entre assuntos de Defesa e de Segurança (tráfico, terrorismo, etc).

Jobim disse que o Brasil rejeita uma tese eventualmente aventada de que os Estados Unidos garantiria a defesa da América do Sul e as Forças Armadas do continente passariam a cuidar de assuntos de Segurança, que hoje no Brasil são do âmbito policial.

“Os Estados Unidos cuidariam da defesa do hemisfério (segundo seus critérios unilaterais, como ocorreu durante a Guerra das Malvinas)”, alertou Jobim no discurso.
Leia a íntegra dos discursos:
DISCURSO EM LISBOA (10/09/2010)- NA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL – “O FUTURO DA COMUNIDADE TRANSATLÂNTICA”

Link encurtado : http://migre.me/2Bd3g

Link Original: https://www.defesa.gov.br/arquivos/File/2010/mes09/o_futuro_da_comunidade.pdf

DISCURSO NA BOLÍVIA (22/11/2010)- NA IX CONFERÊNCIA DE MINISTROS DA DEFESA DAS AMÉRICAS

Link encurtado : http://migre.me/2BcON

Link original:
https://www.defesa.gov.br/index.php/noticias-do-md/2453996-24112010-defesa-discurso-do-ministro-jobim-na-ix-conferencia-de-ministros-da-defesa-das-americas-bolivia.html
Texto: José Ramos
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa

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Gilmar Machado: O Plano Nacional de Cultura

Viomundo - O que você não vê na mídia
30 de novembro de 2010 às 15:52

Plano Nacional de Cultura e pluralidade

Gilmar Machado (*), na Folha de S. Paulo (via Vermelho)

O Congresso Nacional aprovou o Plano Nacional de Cultura (PNC). O ato representa valorização e democratização de uma das maiores riquezas do nosso povo, já que a educação e a cultura são pilares que sustentam o desenvolvimento e o crescimento de toda sociedade. O PNC vai valorizar o nosso povo, com tanta pluralidade de hábitos, costumes e artes. Além de definir princípios e objetivos para a área cultural nos próximos dez anos, a proposta discrimina os órgãos responsáveis pela condução das políticas para a área e aborda aspectos relativos ao financiamento.
É um instrumento legal e de controle da sociedade para o cumprimento de metas de desenvolvimento cultural de caráter plurianual. O projeto resgata valores da educação e da cultura, sendo esta importante ferramenta para alcançar mentes e corações de estudantes, melhorando as condições e a contextualização do ensino e mostrando aos nossos alunos que a cultura e o ensino são moldes para fazê-los crescer como seres humanos.
O plano visa propiciar o desenvolvimento cultural e integrar as ações do poder público para a valorização do patrimônio cultural brasileiro. Como diz o texto, será regido pelos princípios de diversidade cultural, de respeito aos direitos humanos, de responsabilidade socioambiental e de valorização da cultura como um vetor do desenvolvimento sustentável. Visa também estimular a produção, a promoção, a difusão e a democratização do acesso aos bens culturais; a formação de pessoal qualificado para a gestão do setor; e a valorização das diversidades étnica e regional.
A história demonstra que tem havido um processo de exclusão da maioria de nossa população. Nossas crianças e nossos jovens, embora herdeiros de um grande patrimônio cultural e criativos o suficiente para enriquecê-lo, não conseguem ver seu próprio rosto na grande produção cultural dominante. A política cultural tem sido privilégio de poucos, que dividem entre si os recursos, sejam eles públicos ou privados, destinados à criação e à produção cultural.
Desde 2005, com a aprovação da emenda constitucional nº 48, o Ministério da Cultura trabalha no tema. Vários fóruns de debates e estudos trouxeram subsídios à formulação do plano e garantiram o aprimoramento das diretrizes que agora orientam a execução das políticas culturais de todo o país. Um dos objetivos dos fóruns regionais era o de fortalecer a ação do Estado no planejamento e na execução das políticas culturais.
Nossa proposta, ao criar o PNC, é estabelecer a transformação das políticas culturais como políticas estratégicas do Estado. Transformado em lei, permitirá ampliar o acesso dos brasileiros aos produtos culturais. Na medida em que cresce o acesso à cultura, aumenta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e diminui a violência do país.

GILMAR MACHADO, 49, professor de história, é deputado federal reeleito (PT-MG), autor do Plano Nacional de Cultura e vice-líder do governo no Congresso Nacional.

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Amorim responde a Jobim: Brasil não é subserviente

Conversa Afiada
Publicado em 30/11/2010

Amorim não é subserviente

A propósito da espantosa relação privativa do ministro da defesa (dos EUA), Nelson Jobim, clique aqui para ler “Escandalo”, o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, transmitiu a este ordinário blogueiro a seguinte reação (a reprodução não é literal):
Não há sentimento anti-americano na política externa brasileira.
Não é essa a percepção de altos funcionários do Governo americano, desde Bush.
Há inúmeros exemplos de estreita colaboração entre o Brasil e os Estados Unidos.
Na Organização Mundial do Comércio, OMC, e no Haiti.
A política externa brasileira não é subserviente.
O Brasil não vai concordar sempre com os Estados Unidos.
Isso é natural.
O Ministro Celso Amorim está em Nova York, para receber o prêmio da respeitada revista Foreign Policy, que considerou Celso Amorim a sexta personalidade mundial com pensamento capaz de influir nos destinos do mundo.
Ele participa, também, de um debate sobre o papel dos países emergentes no mundo multi-polar, promovido pelo respeitado Centro de Estudos Carnegie Endownment para a Paz Internacional.
Clique aqui para ler também a resposta do Ministro Samuel Pinheiro Guimarães ao escandaloso comportamento do ministro da defesa.
Este ordinário blog aguarda a resposta feita ao próprio ministro Jobim: o senhor vai se demitir ?
Em tempo: a assessora do Ministro Amorim preferiu não responder a uma pergunta deste ordinário blogueiro: o Ministro Amorim fala mal do Ministério da Defesa nas conversas privativas com o embaixador americano em Brasília ?
Em tempo 2: A pedido da Cons. Liliam Chagas, transmito cópia da nota imprensa sobre a viagem do Ministro Celos Amorim a Washington.
Atenciosamente,
Pedro Saldanha
Assessor do minsitro das Relações Exteriores

Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete
Nota à Imprensa nº 696
29 de novembro de 2010
Premiação do Ministro Celso Amorim pela revista Foreign Policy – Washington, 30 de novembro de 2010
Nesta terça-feira, 30 de novembro, o Ministro Celso Amorim estará em Washington, nos Estados Unidos, onde participará de cerimônia de premiação dos “100 pensadores globais” (global thinkers) de 2010, escolhidos pela revista Foreign Policy. Segundo a publicação, o Ministro Amorim foi incluído como sexto nome na lista por “transformar o Brasil em um ator global”. A cerimônia acontecerá às 18h00 na Corcoran Gallery of Art. Em seguida, o Ministro Amorim, o Chanceler turco Ahmet Davutoglu, o Senador norte-americano John Kerry e outros agraciados debaterão temas ligados ao papel dos países emergentes em questões de energia.
Às 15h00 do mesmo dia, na sede da organização Carnegie Endowment for International Peace, o Ministro Amorim participará, ao lado do colunista Thomas Friedman, do The New York Times, de debate intitulado “The New Geopolitics: Emerging Powers and the Challenges of a Multipolar World” (“A Nova Geopolítica: Potências Emergentes e os Desafios de um Mundo Mulipolar”).

Paulo Henrique Amorim

Amorim responde a Jobim: Brasil não é subserviente | Conversa Afiada

Debate com Maria da Conceição Tavares em SP

Viomundo - O que você não vê na mídia
30 de novembro de 2010 às 15:20

A Fundação Perseu Abramo e a CartaCapital promovem na próxima quinta-feira, 2 dezembro, o debate  Brasil e a crise internacional — perespectivas para o país no pós Lula, que reunirá os economistas   Maria da Conceição Tavares e Luiz Gonzaga Belluzzo.
O debate acontece às 19h na Casa de Portugal, avenida da Liberdade, 602 – Centro – São Paulo
 (entre as estações de metrô São Joaquim e Liberdade).  Será transmitido ao vivo pela TVPT na web. Para assisti-lo, basta acessar o site do PT São Paulo.
Ao final, ocorrerá o lançamento do livro  “Leituras críticas sobre Maria da Conceição Tavares”,  da Editora Fundação Perseu Abramo, organizado por Juarez Guimarães, em coedição com a Editora da UFMG.
A lotação do local é limitada. Por isso, os organizadores recomendam que as  inscrições sejam feitas o mais rápido possível no site da CartaCapital.

Debate com Maria da Conceição Tavares em SP | Viomundo - O que você não vê na mídia

Guimarães responde a Jobim: “eu amo o Brasil!”. Jobim vai demitir-se ?

Conversa Afiada
Publicado em 30/11/2010
Guimarães defende o interesse nacional (brasileiro)

O Ministro Samuel Pinheiro Guimarães, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, conversou por telefone agora de manhã com este ordinário blogueiro a respeito das inacreditáveis informações que o ministro da defesa (dos EUA), Nelson Jobim, prestou, voluntariamente, ao embaixador americano em Brasília.
Entre as declarações de Jobim figura que Samuel Pinheiro Guimarães, que foi Secretário Geral do Itamaraty, “odeia os Estados Unidos”.
Guimarães disse a Paulo Henrique Amorim (a transcrição não é literal):
Eu amo o Brasil e não odeio nenhum país.
Defendo o interesse nacional, da minha perspectiva, com meus argumentos.
Se outro país adota posição que coincide com a do interesse nacional, brasileiro, ótimo.
Se não, paciência.
Continuo a amar o Brasil e a defender seus interesses.
Mas, isso não significa que eu possa odiar “um país”. 
Guimarães fez questão de enfatizar: por favor, Paulo Henrique, não deixe de dizer que sou amigo pessoal do Nelson Jobim, a quem muito prezo.
O Conversa Afiada perguntou ao serviço de imprensa do Palácio do Planalto e ao Itamaraty se, de fato, a política externa brasileira é anti-americana.
Perguntou também à assessora de imprensa, Roberta Belyse, do Ministério da Defesa (do Brasil): “Ministro Jobim, o senhor vai pedir demissão depois do vazamento do WikiLeaks” ?
Paulo Henrique Amorim

Guimarães responde a Jobim: “eu amo o Brasil!”. Jobim vai demitir-se ? | Conversa Afiada

Vídeo inacreditável: Cerra usou a carta “homossexual” em culto

Conversa Afiada
Publicado em 30/11/2010

O Conversa Afiada aceita sugestão do amigo navegante Murilo, com um vídeo do Serra pregando IGUAL PASTOR no Paraná e falando mal dos gays.

O vídeo é do You Tube e o Serra, na campanha para presidente, participa de um culto evangélico em que FALA mal dos homossexuais !
Absurdo !

Por favor, que país ele queria ? Nesse vídeo, se vê que o Serra não tem mais senso do ridículo, que ele entrou na luta do voto pelo viés do escárnio.

Confira o vídeo:
SERRA: UM BRAZIL QUE PODERIA MAIS ? Aff.
Obrigado a todos. Se quiserem, podem mostrar meu protesto contra esse brazileiro fundamentalista, ainda bem, do PASSADO!

Murillo Mascarin de Oliveira.

Vídeo inacreditável: Cerra usou a carta “homossexual” em culto | Conversa Afiada

PiG (*) perde a eleição e nomeia os ministros

Conversa Afiada
Publicado em 30/11/2010

O melhor amigo dos americanos é Ministro do PiG (*)

O Vasco telefona muito preocupado.
- O que houve, Vasco ?
- O PiG (*) perdeu a eleição e quer nomear os ministros.
- Como assim, Vasco ?, pergunto intrigado.
- Ué, você não lê o PiG ? Eles já nomearam todo mundo.
- É verdade.
- Eu até li naquela menina que você diz que trata o Serra com tapete vermelho …
- Quem Vasco ?, pergunto em dúvida.
- A Renata Lo Prete, da Folha.
- Ah, sim, ouvi falar. O que tem ?
- Ela disse que a Dilma teve uma resposta engraçada. Quando falam que ela ouve muito o Lula sobre o ministério, ela respondeu: “Engraçado. A imprensa queria que eu conversasse com o DEM, por acaso”.
- Se se for o Kassab, que já tirou o time de campo.
- O poste se move … diz o Vasco.
E faz silêncio.
Pano rápido
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

PiG (*) perde a eleição e nomeia os ministros | Conversa Afiada

Escândalo: Jobim é ministro da Defesa (dos EUA)

Cuidado que ele conta ao embaixador americano

Conversa Afiada
Publicado em 30/11/2010

A Folha (*) teve acesso a alguns documentos do WikiLeaks, o melhor fruto da história da internet.
A Folha (*) até que tentou ajudar o ministro serrista Nelson Jobim – tirou-lhe do título – , mas não conseguiu.
Os documentos revelam um escândalo.
O ministro da defesa (dos EUA) espinafra a política externa do Brasil, num almoço com o embaixador americano.
E reforça a impressão do embaixador de que o Itamaraty é antinorte-americano.
Jobim é textual: a política externa brasileira tem “inclinação anti-norte-americana”.
Um escândalo !
Não à toa que o embaixador americano considera Jobim “íntegro e confiável”.
Mas o próprio embaixador se assusta com o aliado Jobim: acha que se trata de um Ministro da Defesa “inusualmente” enxerido: mete o bedelho onde não deve, diria esse ordinário blogueiro.
Essa é a opinião do diplomata que, em Brasília, serve aos interesses nacionais americanos.
Aquele que deveria promover a defesa dos interesses nacionais brasileiros critica a política externa do Brasil e “dá a ficha” de um colega ministro, o embaixador Samuel Pinto Guimarães, que foi vice-ministro das Relações Exteriores: é  alguém que “odeia os Estados Unidos”.
O embaixador americano poderia até supor isso.
Mas, uma informação dessas, “de dentro”, vale ouro.
O ministro da defesa (dos EUA), Nelson Jobim, comete outra transgressão absurdamente inaceitável.
Veja bem, amigo navegante.
Lula sai de um encontro com Evo Morales, presidente da Bolívia, em La Paz.
E conta a Jobim (teoricamente Ministro da Defesa do Brasil) que o presidente boliviano tem um tumor muito grave na cabeça.
E ele, Lula, tinha oferecido a Morales vir ao Brasil se tratar.
O que faz o ministro da defesa (dos EUA) ?
Passa essa valiosíssima informação ao embaixador dos Estados Unidos, país que vive às turras com Morales e a Bolívia.
Neste mesmo fim de semana, o New York Times, a propósito do Wikileaks, tratou da conversão a “espião” dos diplomatas americanos.
Trocaram em muitos casos a diplomacia pela reles espionagem.
O que é um erro, segundo o editorial de hoje do New York Times:
The Obama administration should definitely be embarrassed by its decision to continue a Bush administration policy directing American diplomats to collect the personal data — including credit card numbers and frequent flier numbers — of foreign officials. That dangerously blurs the distinction between diplomats and spies and is best left to the spies.
Os embaixadores americanos são agora convocados a obter o número do cartão de credito e dos cartões de milhagem de funcionários estrangeiros.
“Isso é coisa para espião”, diz o New York Times e, não, para diplomata.
Pois, não é que o ministro da defesa (dos EUA) conta ao embaixador americano que o Itamaraty “tem inclinação anti-americana”, que um ministro brasileiro odeia os Estados Unidos e que o presidente da Bolívia tem um grande tumor na cabeça ?
Veja o que diz a Folha, que tentou, inutilmente, proteger o ministro serrista:

Documento revela que, para EUA, Itamaraty é adversário
Papéis confidenciais citam “inclinação antinorte-americana” por parte do Brasil – (cadê o nome do Jobim ? – PHA)
Telegramas divulgados pela ONG WikiLeaks revelam que diplomatas dos EUA consideram Nelson Jobim um aliado
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
Telegramas confidenciais de diplomatas dos EUA indicam que o governo daquele país considera o Ministério das Relações Exteriores do Brasil como um adversário que adota uma “inclinação antinorte-americana”.
Esses mesmos documentos mostram que os EUA enxergam o ministro da Defesa, Nelson Jobim, como um aliado em contraposição ao quase inimigo Itamaraty.
Mantido no cargo no governo de Dilma Rousseff, o ministro é elogiado e descrito como “talvez um dos mais confiáveis líderes no Brasil”.
A Folha leu com exclusividade seis telegramas de um lote de 1.947 documentos elaborados pela Embaixada dos EUA em Brasília, sobretudo na última década.
Os despachos foram obtidos pela organização não governamental WikiLeaks. As íntegras desses papéis estarão hoje no site da ONG (cablegate.wikileaks.org/), que também produzirá reportagens em português. A Folha.com divulgará os telegramas completos.
Num dos telegramas, de 25 de janeiro de 2008, o então embaixador dos EUA em Brasília, Clifford Sobel, relata aos seus superiores como havia sido um almoço mantido dias antes com Nelson Jobim. Nesse encontro, o ministro brasileiro contribuiu para reforçar a imagem negativa do Itamaraty perante os norte-americanos.
Indagado sobre acordos bilaterais entre os dois países, Jobim citou o então secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães.
Segundo o relato produzido por Clifford Sobel, “Jobim disse que Guimarães “odeia os EUA” e trabalha para criar problemas na relação [entre os dois países].”
Não há nos seis telegramas confidenciais lidos pela Folha nenhuma menção a atos ilícitos nas relações bilaterais Brasil-EUA. São apenas descrições de encontros, almoços e reuniões.
Ao mencionar um acordo bilateral, Clifford Sobel diz que caberá ao presidente Lula decidir entre as posições de um “inusualmente ativo ministro da Defesa interessado em desenvolver laços mais próximos com os EUA e um Ministério das Relações Exteriores firmemente comprometido em manter controle sobre todos os aspectos da política internacional”.
Num telegrama de 13 de março de 2008, Sobel afirma que o Itamaraty trabalhou ativamente para limitar a agenda de uma viagem de Jobim aos EUA.
Ao relatar a visita (de 18 a 21 de março de 2008), os EUA pareciam frustrados: “Embora existam boas perspectivas para melhorar nossa relação na área de defesa com o Brasil, a obstrução do Itamaraty continuará um problema”.

EUA souberam de tumor de Morales por Nelson Jobim
DE BRASÍLIA
DE BUENOS AIRES

Diplomatas dos EUA relatam terem ouvido do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que o presidente da Bolívia, Evo Morales, sofre de um “grave tumor” na cabeça. Esse despacho confidencial é de 22 de janeiro de 2009.
Redigido pelo então embaixador dos EUA em Brasília, Clifford Sobel, o telegrama faz parte de um conjunto de seis documentos aos quais a Folha teve acesso ontem com exclusividade do site WikiLeaks.
Sobel diz ter tomado conhecimento da enfermidade durante uma conversa com Jobim “posterior a uma reunião presidencial de 15 de janeiro, em La Paz” entre Lula e Morales.
Nesse encontro, “o ministro da Defesa do Brasil (protegido) confirmou um rumor anterior que Morales sofre de um grave tumor na região do septo nasal”, escreveu o então embaixador dos EUA.
A colocação da expressão “protegido”, entre parênteses após o nome de Jobim, indica que o diplomata americano pedia reserva em relação à fonte da informação.
“Jobim disse ao embaixador que Lula tinha oferecido a Morales um exame e tratamento em um hospital em São Paulo”, prossegue.
Mas o tratamento teria sido adiado, diz Sobel, porque a Bolívia passava por um delicado momento político. Estava marcado um referendo em 25 de janeiro do ano passado, no qual seria aprovada a nova Constituição do país.
Jobim, que participou do encontro em La Paz, relatou ao diplomata que “o tumor poderia explicar por que Morales demonstrou estar desconcentrado [...] nessa e em outras reuniões recentes”.

NAVALHA

Navalha

Este Conversa Afiada já disse que “Lula quer transformar o Jobim no Marechal Lott da Dilma”.
Outro motivo para que essa sugestão seja repelida: vê-se pelo Wikileaks que o ministro serrista Nelson Jobim parece desempenhar um papel que só imagina num “CIA operative”.
O que mais o Jobim contou ao embaixador americano e que não está no Wikileaks ?
E ao embaixador inglês ?
E ao embaixador francês – só para ficar no “circuito Elizabeth Arden”.
Durante muitos anos, o ministro serrista Nelson Jobim dividiu o apartamento funcional em Brasília com seu fraternal amigo Padim Pade Cerra.
Jobim foi ministro de Fernando Henrique e por ele conduzido ao Supremo Tribunal Federal.
É um trio: Jobim, Padim e FHC.
E os três adoram os Estados Unidos.
Como Juracy Magalhães, em boa hora invocado pelo ex-Supremo Presidente do Supremo, Gilmar Dantas (**).
Clique aqui para ler “Palocci, Gilmar e Elio Gaspari – ou a Teoria do Medalhão”.
Dizia o Juracy Magalhães: o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.
Ao longo do tempo, a frase foi minuciosamente esculpida pelo Pai de Todos os Colonistas (***), Roberto Campos, também conhecido como “Bob Fields”.
E, mais tarde, recheada pela obra do Príncipe dos Sociólogos, FHC, que escreveu obra clássica sobre a “dependência”: não adianta o Brasil fazer nada, porque dependerá dos Estados Unidos para sempre.
Na campanha eleitoral, em que se notabilizou pelo combate ao aborto (no Brasil; porque, no Chile, tudo bem), Padim Pade Cerra combateu o Mercosul, a Argentina, a Venezuela, a Bolívia e o Irã.
Parecia um discurso sem nexo, maluco.
Mas, como Hamlet, havia lógica naquela loucura.
Que o Chico Buarque resumiu muito bem no Teatro Casa Grande, no Rio: eles falam grosso com a Bolívia e fininho com os Estados Unidos.
Depois do WikiLeaks – a melhor coisa da internet, em todos os tempos ! (****) – depois do Wikileaks, manter o Jobim no Ministério da Defesa é o mesmo que nomear o Daniel Dantas diretor-geral da Polícia Federal.
(Aliás, Jobim é muito amigo do Carlinhos Rodemburg, operative e ex-cunhado do Dantas.)
A presidente Dilma levaria seu Ministro da Defesa aos Estados Unidos ?
Dormiria sossegada ?
Ou manteria um espia na porta dele, na Blair House ?
E quando a Presidente Dilma for à Bolívia ?
E se o Evo Morales der um murro na cabeça do Ministro da Defesa do Brasil ?
Que escândalo !

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista (***) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (***) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(****) Um dia, vai ter um WikiLeaks no Brasil. Vai vazar tudo sobre o que o ex-Ministro do Supremo Eros Grau sentou em cima. Os documentos, os grampos legais, os HDs, pen-drives, anotações manuscritas do Daniel  Dantas, que estavam com o corajoso Juiz Fausto De Sanctis e não foram incorporados à Satiagraha. Vai vazar tudo. Lá na Suécia.

Escândalo: Jobim é ministro da Defesa (dos EUA) | Conversa Afiada

Um quinto já esqueceu voto para deputado

Os Amigos do Presidente Lula
terça-feira, 30 de novembro de 2010

imageUm em cada cinco eleitores não se lembra mais em quem votou para deputado estadual, deputado federal e senador nestas eleições, de acordo com pesquisa feita pelo instituto Sensus, por encomenda do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O desconhecimento da população sobre as funções dos parlamentares ainda é grande: 40% disseram não estar bem informados sobre o papel exercido por seus representantes no Legislativo.
O maior distanciamento do eleitor é com a disputa pela Assembleia Legislativa, segundo a pesquisa. Dos entrevistados, 23% disseram não lembrar de quem escolheram para deputado estadual; 21,7% não se lembram do deputado federal em que votaram e 20,6 se esqueceram do voto para senador. A identificação do eleitor com os candidatos à Presidência da República e ao governo estadual é maior. Dos entrevistados, 89,7% disseram lembrar de quem votou para presidente. Para governador foram 80,6% .
A pesquisa indica também ligação entre o distanciamento e índice de confiança dos brasileiros nas instituições. Mais da metade dos entrevistados disseram não confiar na Assembleia Legislativa (51,9%) e na Câmara dos Deputados (56,3%). Por outro lado, a maioria confia na Presidência (58.6%) e no governo estadual (52,6%). No topo da lista da confiança dos eleitores está a Justiça Eleitoral: 69,8% dos entrevistados disseram que confiam nos tribunais regionais eleitorais e no TSE.
O instituto Sensus ouviu 2 mil eleitores em 136 municípios, um mês depois do primeiro turno, entre 03 e 07 de novembro.
Apesar da desconfiança, mais da metade dos eleitores se diz muito motivado ou muito animado para votar, 52,3% dos entrevistados, contra 42,6% que disseram ter pouca motivação ou ânimo para participar do processo eleitoral. O restante não votou ou não respondeu à pesquisa.
A maioria dos eleitores chegou ao segundo turno sem saber em quem votar e sinaliza que a internet e a leitura de jornais e revistas pouco influenciaram na escolha do voto. Dos ouvidos pelo instituto de pesquisa, apenas 1,7% disse ter usado a internet para definir o voto. O mesmo percentual vale para os que informaram que jornais e revistas os influenciaram na decisão. Os programas dos candidatos influenciaram 6,2% dos eleitores na hora do voto e os debates no rádio e na televisão foram citados por 18,8% . Segundo os entrevistados pelo Sensus, 44,2% disseram que já estavam "decididos pessoalmente" desde o primeiro turno.
A principal fonte de informação para os eleitores sobre política e eleições continua sendo a televisão, meio usado por 56,6% dos entrevistados. A conversa com amigos e parentes foi citada por 18,4% dos entrevistados; a internet foi lembrada por 9,9% dos eleitores ouvidos e o jornal impresso, por 6,4%.Valor

Os Amigos do Presidente Lula: Um quinto já esqueceu voto para deputado

Um tucano a menos no ninho do Serra

Os Amigos do Presidente Lula
terça-feira, 30 de novembro de 2010

A reunião promovida ontem pelo diretório regional do PSDB no Rio para discutir o desempenho tucano nas eleições de outubro terminou em crise. O ex-governador Marcello Alencar propôs ao prefeito de Duque Caxias, José Camilo Zito, que deixe a presidência estadual. Ele reclamou que Zito não se empenhou para eleger José Serra presidente e Fernando Gabeira (PV) governador. O prefeito também teria estreitado relações com o governador reeleito Sérgio Cabral (PMDB). Após as críticas, Zito afirmou que dificilmente permanecerá no cargo e não descarta deixar o partido.
Zito afirmou que entregaria sua carta de renúncia ontem. Mas voltou atrás após pedido do vice-presidente regional, Márcio Fortes. A decisão será tomada em 15 dias. Marcello afirmou estar decepcionado com Zito, que tem mandato de presidente até abril. O ex-governador foi o maior defensor da entrada do prefeito no partido e de sua permanência no comando.
- Estou surpreso. Estive empenhado em eleger Serra. Não podem me culpar de seu desempenho pífio. Sugerir tirar dois meses de licença para a campanha e não quiseram. Respeito o Marcello, mas o tempo dele passou. Será difícil eu permanecer na presidência e ficarei no partido até o prazo que a legislação determinar - sentenciou Zito.
O mal estar tomou conta do ninho após a executiva regional decidir apoiar Gabeira. Zito defendeu Serra, mas foi contra o verde, a quem acusou de discriminá-lo. Serra obteve no segundo turno pouco mais de 25% dos votos em Duque de Caxias. Já Gabeira não chegou a 14% no primeiro turno na cidade.
Após a reunião, os tucanos reagiram à crise defendendo mudanças no partido, como a formação de novos quadros.O PSDB tem que parar de ficar só discutindo e falando de nomes. Precisa é repensar sua ideologia disse a vereadora Andrea Gouvêa Vieira.O PSDB tem agora é que fazer frente à política de um partido único que domina o Rio - acrescentou o deputado Otávio Leite.

Os Amigos do Presidente Lula: Um tucano a menos no ninho do Serra

Vídeo: morador da Vila Cruzeiro acusa polícia de roubo

Conversa Afiada
Publicado em 30/11/2010

O Conversa Afiada publica denúncia do Stanley Burburinho, o reparador de iniquidades (quem será Stanley Burburinho ?):

1) VÍDEO: “Morador da Vila Cruzeiro acusa polícia de roubar R$ 31 mil”
2) Moradores da Vila Cruzeiro e do Alemão denunciam abusos dos policiais:
VÍDEO: “Morador da Vila Cruzeiro acusa polícia de roubar R$ 31 mil” (Dica do @CidadaoAtento)

Polícia rouba tudo da casa do trabalhador

Moradores da Vila Cruzeiro e do Alemão denunciam abusos dos policiais (Dica @CidadaoAtento : Têm que resolver isso.)

Moradores da Vila Cruzeiro e do Alemão denunciam abusos dos policiais
Denúncias de moradores Vila Cruzeiro e do complexo do Alemão sobre abusos praticados durante as ações policiais nas favelas revelam o outro lado das operações contra o tráfico de drogas no Rio.

(…)


NAVALHA


Navalha

Quando deixava a Vila Cruzeiro, sábado passado, esse ordinário blogueiro foi abordado por um policial da PM.
Segundo o PM, policiais civis do Rio faziam exatamente isso o que esse morador, agora, denuncia.
A única “boa notícia” desse episódio degradante é que os moradores agora denunciam.
Assim em vídeo, ou através do disque-denúncia.
O Delegado Beltrame deve ir para cima desses policiais com a firmeza e a competência com que foi para cima dos traficantes.
É gente da mesma tribo.

Paulo Henrique Amorim


Vídeo: morador da Vila Cruzeiro acusa polícia de roubo | Conversa Afiada

TSE: web ultrapassa jornal, revista e rádio nas eleições 2010

Blog da Dilma
novembro 30th, 2010 | Autor: Jussara Seixas

Nara Alves, iG São Paulo

A internet ultrapassou o jornal impresso, revista e rádio como principal meio de informação utilizado por eleitores para se informar sobre política e candidatos no último pleito, em outubro, de acordo com pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até as últimas eleições, em 2008, o uso da internet era limitado. Com a reforma eleitoral, pela primeira vez a legislação brasileira consentiu o uso de sites, blogs e redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter, ao longo da campanha, e até mesmo no dia da votação.A internet, no entanto, ainda aparece em terceiro lugar como principal fonte de informação dos eleitores entrevistados, com 9,9% da preferência. Em primeiro lugar está a televisão, com 56,6% da preferência. Em segundo lugar, com 18,4%, a conversa com amigos e parentes, segundo a pesquisa do TSE.
A Rede Globo permanece na liderança entre as emissoras, com 79% dos telespectadores que se procuram o meio como fonte de informação. Em seguida aparece a Rede Record com 60,4%. O SBT teve 37,8% da audiência dos eleitores e a Rede Bandeirantes, 25,6%.
Somente 18,8% dos entrevistados disseram que debates entre os candidatos na televisão e no rádio contribuíram para a decisão. Outros 15,5% declararam que programas de candidatos na TV contribuíram para a escolha. Questionados especificamente sobre a fonte de informação utilizada para se decidir quanto ao segundo turno, 44,2% afirmaram que já estavam decididos pessoalmente.
O levantamento foi realizado com 2 mil pessoas em 24 Estados nas cinco regiões do País. Um sorteio aleatório selecionou 136 municípios dentro desse universo para entrevistar as pessoas logo após o segundo turno das eleições, entre os dias 3 e 7 de novembro. A margem de erro de 2,2% para mais ou para menos.
Os entrevistados tinham entre 16 e 70 anos, com variação de escolaridade entre a 4ª séria do ensino fundamental e o ensino superior completo. A maioria dos entrevistados – 32% – declarou ter o ensino médio completo. As informações são do TSE.

TSE: web ultrapassa jornal, revista e rádio nas eleições 2010

Dilma e Lula na inauguração das eclusas de Tucuruí no Pará

Os Amigos do Presidente Lula
terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dilma acompanha Lula no Pará para inauguração das eclusas de Tucuruí

Após semanas em reuniões internas para tratar da transição de governo, a presidente eleita Dilma Rousseff acompanhará, nesta terça-feira (30), o presidente Lula na inauguração das eclusas do Tucuruí, no Pará.
Esta será a primeira vez que Dilma e Lula vão participar de um evento em comum após a campanha presidencial.
As obras das eclusas de Tucuruí permitirão a retomada na navegação de cargas e passageiros pelo rio Tocantins. A hidrovia Araguaia-Tocantins ligará o porto de Belém à região do Alto Araguaia, em Mato Grosso, e terá extensão de quase 2.000 km. O trajeto era impossibilitado pelo desnível de aproximadamente 75 m provocado pela usina hidrelétrica.
(…)

Conheça agenda presidencial do dia no blog

O DIA EM QUE O GLOBO CURVOU-SE AOS BLOGUEIROS SUJOS

Cloaca News
terça-feira, 30 de novembro de 2010

Palácio do Planalto, quarta-feira, 24 de novembro de 2010, às 12:30h: o fotógrafo Gustavo Miranda, da sucursal de O Globo em Brasília, com toda a cortesia, pergunta: “Boa tarde, Senhor Cloaca! Posso fazer uma foto sua?”

.Cloaca News: O DIA EM QUE O GLOBO CURVOU-SE AOS BLOGUEIROS SUJOS

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Professores excedentes permanecerão em suas unidades

Com 130 mil crianças na espera e sem construir novas creches diretas, o Governo Kassab, na escalada para desenvolver o melhor modelo de creche/depósito ia tornar mais de mil professores excedentes. Ao voltar atrás, torna pela primeira vez verdadeira a propaganda dos “dois professores por sala de aula”. Afinal o professor não teria para onde ir.
 
Segundo o SINPEEM e a APROFEM, o governo se comprometeu a publicar portaria reorganizando a educação infantil  de forma a garantir a permanência dos professores excedentes de CEIs e EMEIs em suas unidades. Com a Portaria 5555/2010 ficou definida pelo governo Kassab a superlotação de Salas de aulas nos CEIs que passariam a atender 12 crianças de 3 anos em 2010 para 25 de 4 anos em 2011. Antes o número de crianças por professor nessa faixa etária era de 18 nos CEIs. Leia mais em Kassab acomoda demanda com superlotação de creches.
Essa medida levou a sobrar professores nas salas de alguns CEIs e faltar alunos em algumas EMEIs. O governo negava que isso aconteceria, mas após insistências das entidades trouxe uma solução para o problema inevitável. Os professores poderão permanecer em suas unidades mesmo sem atribuição de aula, e se estiverem dispostos a atribuir regência em outras unidades que necessitam serão recompensados com valoração na carreira (o governo não disse como).
 
trecho obtido no site do SINPEEM:
PROFESSORES QUE FICARIAM EXCEDENTES SERÃO CONSIDERADOS REMANESCENTES E PERMANECERÃO NO MÓDULO DA UNIDADE
Após o processo de escolha/atribuição de turmas/agrupamentos nos CEIs e nas Emeis, o professor que excedesse ao Módulo (regência + eventual/CJ) da Unidade, será considerado remanescente, permanecendo na unidade e integrando o seu módulo, ou seja, desta forma está garantido que não haverá excedente na educação infantil, por conta da reorganização.
Este professor permanecerá na Emei ou CEI, podendo mudar para outra unidade, para acomodação de horário, compatibilização de acúmulo ou integração na Jeif para os professores de Emei, por decisão própria.
O professor considerado remanescente só irá para outra unidade pelas razões acima descritas se assim decidir.
Os remanescentes deverão ser distribuídos por todos os turnos de funcionamento da unidade, respeitadas as necessidades da unidade e autorização da DRE.
 
TEMPO COMO REMANESCENTE SERÁ VALORADO
No caso de o professor remanescente desejar assumir turma/agrupamento ou vaga no módulo em outra unidade, deverá manifestar a intenção na DRE, mediante preenchimento de ficha de opção específica. O tempo que permanecer na outra unidade resultará em valoração profissional diferenciada, a ser definida oportunamente em Portaria.
Ainda de acordo com a Portaria de reorganização da educação infantil, caberá ao diretor de escola:
a) organizar os turnos e distribuir os profissionais por todos os turnos de funcionamento;
b) assegurar a acomodação dos professores de modo que estes se integrem ao projeto pedagógico da unidade educacional e auxiliem efetivamente da ação educativa;
c) garantir a regência das turmas/agrupamentos nos casos de impedimento legal de seus titulares. (...)

Folha também acha traficantes a que Estadão deu fuga

Conversa Afiada
Publicado em 29/11/2010

Itagiba: as milícias perderam seu herói

O UOL, clique aqui para ler, mostra que o líder do tráfico na Baixada Fluminense morreu em combate no Complexo do Alemão.
Um dos argumentos do PiG (*) para desqualificar a vitoriosa operação é simular que os chefões fugiram.
Clique aqui para ler “Estadão dá fuga a traficantes” e clique aqui para ler “Beltrame acha os traficantes do Estadão”.
A urubóloga Miriam Leitão disse na CBN – clique aqui para ler “CBN considera Lula, Sérgio Cabral e Beltrame uns idiotas” – que o problema agora são as milícias.
As milícias perderam a colaboração daquele que entusiasticamente apoiaram na última eleição.
Marcelo Lunus Itagiba, braço direito e esquerdo do Serra, não se reelegeu deputado federal.
As milícias são hoje combatidas como nunca e para o PiG depois de Beltrame acabar com as milícias terá que enfrentar Átila, o rei dos Hunos, o Cão do Terceiro Livro, as Bestas do Apocalipse e, todos esses vencidos, Osama Bin Laden.
Para o PiG (*) de São Paulo, o Rio jamais vencerá.
Ainda mais se o Governador e o prefeito apoiarem Lula e a Dilma.
Os traficantes do Alemão são hoje uma força em extinção.
Como o PiG (*).

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Folha também acha traficantes a que Estadão deu fuga | Conversa Afiada

A tropa de elite e os cucarachas

 Viomundo - O que você não vê na mídia
29 de novembro de 2010 às 19:46
por Luiz Carlos Azenha

A “Guerra contra as Drogas” é coisa antiga. Nos Estados Unidos, do tempo de Richard Nixon. Mas foi no governo Reagan que a “Guerra contra as Drogas” realmente começou a ser levada a sério em Washington. Reagan militarizou a interdição do tráfico entre a América do Sul e o território estadunidense. Envolveu até mesmo a Central de Inteligência Americana na parada. Eu, por acaso, era correspondente da TV Manchete nos Estados Unidos.
Portanto, embora tenha acompanhado minha dose de tiroteios no Jacarezinho, quando fui repórter da Globo no Rio de Janeiro, conheço a guerra contra as drogas de muito, muito antes.
Logo que cheguei aos Estados Unidos, aliás, acompanhei como repórter o combate ao que sobrava da Máfia em Nova York. Uma de minhas primeiras reportagens em Manhattan (desembarquei na cidade em 7 de dezembro de 1985, dia do aniversário de minha mãe) foi sobre o assassinato do chefão Paul Castellano, abatido diante da famosa Sparks Stakehouse, um restaurante que servia um belíssimo filé — e que era um dos favoritos do Paulo Francis, então veterano correspondente na cidade.
Cobri o primeiro julgamento de John Gotti, absolvido em um tribunal do Brooklyn da acusação de eliminar Castellano para assumir o “cargo” de chefe dos chefes. Fiz reportagens tanto no Little Italy, onde a Máfia lentamente definhava, quanto em Queens, diante da casa de Gotti. Quando ele ainda não era o todo poderoso, Gotti perdeu um filho perto de casa, atropelado por um vizinho. Uma das acusações contra ele é de que tinha mandado dar um sumiço no atropelador.
Naquela época, quando eu ainda tinha a cabeça pequena e o peito grande, cheguei a bater na porta de ferro do que era tido como o salão de reuniões informais dos mafiosos em Queens (com o Domingos Mascarenhas, cinegrafista da TV Manchete, filmando).
Gotti foi absolvido mais de uma vez das acusações que lhe foram imputadas, pelo trabalho brilhante do advogado Bruce Cutler. Cutler, aliás, esteve no centro de uma polêmica que os Estados Unidos viveram nos anos 80 e que chegou com trinta anos de atraso ao Brasil: até que ponto o advogado pode se envolver na defesa de seu cliente. A promotoria de Nova York, que perseguia febrilmente a condenação de Gotti, pediu o afastamento do advogado alegando que ele tinha se tornado um acessório do crime organizado. Conseguiu. Sem Cutler na defesa, Gotti foi finalmente condenado por liderar a família Gambino (mais tarde morreria de câncer, na cadeia).
Fiz muitas coberturas relativas à chamada “guerra contra as drogas”, dentro e fora dos Estados Unidos.
O que mais me chamou a atenção, à época — e que guardo até hoje, como lição — é que Washington pregava para os outros o que não fazia em casa.
Para os outros e fora dos Estados Unidos, o governo americano pregava a militarização da interdição e do combate às drogas.
Internamente, no entanto, a coisa era diferente.
Nunca vi a Guarda Nacional americana chutando portas atrás de traficantes. Muito menos o Exército.
Em casa, a ênfase era no serviço de inteligência. No trabalho silencioso do FBI.
Tropa de elite, aparentemente, era coisa de cucaracha* (o cartunista Henfil popularizou a palavra usada pelos gringos para definir os hispânicos quando voltou ao Brasil de uma estadia em Nova York e escreveu “O Diário dos Cucarachas”).
Voltarei ao assunto em breve, tratando do general Manuel Noriega e da invasão do Panamá.
* Aliás, essa história de vibrar com homem de preto segurando fuzil… sei lá.

A tropa de elite e os cucarachas | Viomundo - O que você não vê na mídia

Não é sobre drogas. É sobre território e armas, estúpido



Com o teleférico, o trabalhador do Alemão vai dormir duas horas a mais. Que horror !

Conversa Afiada
Publicado em 29/11/2010

Uma conversa com o excelente policial delegado Beltrame neste sábado à tarde, na Secretaria de Segurança, no prédio da Central do Brasil, no Rio, deixa muito claro o que está por trás da vitoriosa estratégia dele.
Ele combate o tráfico de drogas, sim.
Mas, isso é secundário.
Sempre haverá consumo de drogas e sempre haverá uma forma ilícita de atender a esse consumo.
O problema do Rio, diz Beltrame, é que uma parte do território nacional – o complexo do Alemão – não podia ficar mais sob o controle do terror e da ditadura dos traficantes.
Não se pode imaginar que o Estado brasileiro entrasse ou controlasse a integridade de seu território – menos o complexo do Alemão.
Trata-se de uma questão de Segurança Nacional, que transcende os hábitos dos mauricinhos da classe média.
Esse pessoal que agride homossexual com lâmpada fosforescente.
Sempre haverá alguém para levar droga a esse tipo de consumidor.
O consumidor de crack é outra questão.
É uma questão de política social agressiva, como a que o Padim Pade Cerra jamais montou.
E, do centro de São Paulo, em direção à Av. Paulista, as ruas se tornaram um espetáculo degradante de miseráveis que se destroem com as pedras de crack e se deitam na primeira pilastra que encontram.
E os mauricinhos seguem em frente, protegidos pelo vidro fumê do automóvel.
A batalha contra o crack começa na UPP.
Clique aqui para ler no G1: “Alemão terá UPP até primeiro semestre de 2011, diz Cabral”.
Clique aqui para ler no UOL: “Exército ficará no Alemão até UPP chegar, diz Cabral”.
O Padim Pade Cerra jamais entendeu isso.
Como o Fernando Henrique jamais entendeu quando era presidente: lavou as mãos.
Ele dizia que o crime é problema dos Estados e não do Governo Federal.
Foi preciso o Lula botar o Jobim para trabalhar e entregar os anfíbios da Marinha e os blindados do Exercito no Alemão, para desmoralizar  o “Estado Mínimo” do FHC e do Serra.
A prioridade do Beltrame e do Sérgio Cabral é o Estado.
A integridade do território nacional.
E, com isso, levar cidadania aos bairros pobres: escola, saúde, habitação, transporte.
Agência de banco.
Energia elétrica que não seja gato.
Esgoto sanitário.
É tomar conta do pedaço.
Como me disse um policial, no alto de um blindado: estamos devolvendo a eles o que é deles.
Clique aqui  para ler “Beltrame passa com um anfíbio por cima do PiG de São Paulo”.
Clique aqui para ler “Beltrame para diretor geral da Polícia Federal – é uma forma de a PF voltar a ser Republicana”.
Três anos atrás esse ordinário blogueiro foi fazer uma reportagem no Alemão.
Viu que os caveirões não podiam subir por causa das barricadas de concreto, e porque os traficantes derramavam gasolina no asfalto: os caveirões derrapavam e não seguiam adiante.
E, há três anos, viu também as obras de alguns projetos do PAC.
O PAC estava empacado, como diz o PiG (*).
Neste último fim de semana encontrei lá, prontos e em uso.
Prédios de apartamentos do Minha Casa Minha Vida.
A escola “Jornalista Tim Lopes”.
E uma Unidade de Pronto Atendimento de Saúde.
O PAC devidamente desempacado, para desespero do PiG (*).
Também vi no alto do morro, uma laje azul: o teleférico, que se inaugura ainda no Governo Lula.
Que vai levar o morador do alto do morro à estação de metrô.
O trabalhador vai dormir duas horas a mais, por dia.
São cinco estações de teleférico dentro do Alemão.
Como já existe no Pavão-Pavãozinho.
Um horror !
Prioridade do Beltrame também é desarmar o tráfico.
Não deixar o tráfico subjugar os moradores.
Ameaçar a cidade.
Fechar os túneis.
Matar inocentes.
Arma, só nas mãos do Estado ou daqueles que a Lei considera aptos a portá-las.
Um problema é a Lei de Execuções Penais.
O crime vem de fora do Estado do Rio, me disse o Beltrame.
Sim, das mulheres e advogados que vão visitar criminosos nos presídios de segurança máxima e, sob a proteção da Lei de Execuções Penais, trazem mensagens para os morros.
Ordens para atacar a Polícia.
O Obama manda no Bronx.
No Bronx não tem traficante armado, pronto para enfrentar a polícia e Nova York.
Mas, tem muito mauricinho que cheira.
Como em todo lugar do mundo.
Só na elite branca de São Paulo é que ninguém cheira nem faz aborto.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Não é sobre drogas. É sobre território e armas, estúpido | Conversa Afiada

Transparência SP: PIB paulista perde mais de R$ 128 bilhões

 

Falta de política de desenvolvimento no Estado provoca lenta decadência do PIB de São Paulo. Minas e Nordeste ganham espaço na economia brasileira nos últimos 13 anos.

republicado pelo Viomundo - O que você não vê na mídia
29 de novembro de 2010 às 18:18

do Transparência SP

Em 1995, a economia paulista representava 37,3% da economia brasileira. Em 2002, 34,6% e em 2008 caiu para 33,1%. Estes dados podem ser obtidos através do levantamento da evolução do PIB (Produto Interno Bruto) Estadual feito pelo IBGE.
Em outros termos, a perda de São Paulo chegou a R$ 128 bilhões, um orçamento público paulista anual inteiro. A perda foi generalizada, atingindo todos os setores econômicos: na indústria (-10,6%), no setor de serviços (-2,2%), na administração pública (-1,8%) e na agropecuária (-2,5%).
A razão dessa perda tem raízes no processo de desconcentração da indústria e na guerra fiscal dos Estados, mas também na falta de um projeto de desenvolvimento para o Estado de São Paulo, um projeto que buscasse potencializar as vocações das diferentes regiões. Durante esse período, os governos que comandaram o Estado de São Paulo implantaram uma política de orientação neoliberal. Inimigos do desenvolvimento econômico e social, privatizaram um patrimônio público de mais de R$ 80 bilhões.
Diversos são os exemplos da ausência de uma política desenvolvimentista para o Estado. Um deles: com as privatizações, boa parte dos lucros das empresas vendidas foi enviado para as respectivas matrizes, deixando de  ser reaplicado no Estado.
Mais ainda, empresas privatizadas têm significado mais desemprego e maior precarização do trabalho, sobretudo através das terceirizações.Com a privatização e venda de instituições públicas financeiras, o Estado de São Paulo também vem enterrando qualquer política de planejamento e financiamento de longo prazo do desenvolvimento econômico.
A política de “ajuste fiscal permanente” também reduziu investimentos na infraestrutura de transporte público metropolitano, na habitação, no saneamento, na educação e nas demais áreas sociais, tornando o Estado e suas principais cidades menos atrativos.
A ampliação da antecipação (substituição) tributária do ICMS e a multiplicação de pedágios, os mais caros do país, têm ampliado o custo paulista e a carga tributária bruta estadual, desestimulando investimentos no Estado.
A falta de uma política de desenvolvimento que busque articular de forma massiva as diversas instituições públicas de ensino e pesquisa e as iniciativas privadas de inovação produtiva, em todos os segmentos, vem representando um grande desperdício para o enorme potencial de desenvolvimento do Estado.
A extrema concentração das oportunidade de emprego na capital e num raio de 100 km de distância, sem que o poder público estadual incentive a desconcentração do desenvolvimento, têm levado a “soluções de mercado” por parte das empresas, que abandonam a Região Metropolitana de São Paulo em busca de outras regiões, normalmente em outros Estados.
O sul de Minas, o Mato Grosso do Sul e o norte do Paraná têm sido o destino recorrente destas empresas. Uma situação específica reflete esta falta de política para a desconcentração do desenvolvimento econômico do Estado: por que todos os órgãos públicos estaduais, de todos os poderes, estão localizados de forma dispersa na capital paulista?
A queda da participação do PIB paulista mostra, portanto, não apenas o resultado da ação política dos outros Estados – como insiste em lembrar o governo paulista e a mídia -, mas também o custo do “ajuste fiscal permanente” e a consequente inércia dos governantes do Estado de SP.
É bom ressaltar que a queda do PIB reflete, na prática, uma menor atratividade econômica para novos investimentos, menor participação na arrecadação de impostos, nível de vida mais baixo, dificuldades na geração de novos emprego e  dificuldades na expansão dos serviços prestados pelo poder público.
Analisando a evolução do PIB Estadual no Brasil, o Sudeste perdeu R$ 94 bilhões, perda esta que se concentrou em São Paulo. O Rio de Janeiro ampliou sua participação no PIB Nacional, passando de 11,2% em 1995 para 11,3% em 2008 (+ R$ 4 bilhões). Minas Gerais também apresentou elevação expressiva na sua participação no PIB Nacional, passando de 8,6% para 9,3% (+ R$ 20,7 bi). O Espírito Santo passou de 2% para 2,3% (+ R$ 9,5 bi).
O maior ganho em participação na economia nacional é na região Nordeste que cresceu 1,1% e ganhou R$ 32,4 bilhões, com destaque para o Maranhão (+ R$ 11 bilhões) e para a Bahia (+ R$ 8 bilhões).
Em seguida, vem a região Norte, com ganhos de R$ 26,7 bilhões, em especial os estados do Pará (+ R$ 10,9 bilhões) e Amazonas (+ R$ 3,55 bilhões).
O Centro Oeste ganhou R$ 24 bilhões, sendo que este crescimento foi “puxado” pelo Mato Grosso (+ R$ 21,57 bilhões) e Goiás (+ R$ 13,1 bilhões). A região Sul apresentou elevação de R$ 10,9 bilhões, com destaque para Paraná (+ R$ 6,57 bilhões) e Santa Catarina (+ 19,2 bilhões).
Além de São Paulo, outros dois Estados tiveram queda significativa na participação no PIB Nacional: Rio Grande do Sul (- R$ 14,8 bilhões) e o Distrito Federal (- R$ 16,2 bilhões).

Transparência SP: PIB paulista perde mais de R$ 128 bilhões | Viomundo - O que você não vê na mídia

Beltrame passa por cima do PiG de SP com um anfíbio da Marinha

Conversa Afiada
Publicado em 29/11/2010

Só os anfíbios da Marinha conseguiram ultrapassar as barricadas

No domingo, a manchete da Folha (*) foi:
“Tráfico tenta negociar antes de invasão policial”.
É outra ficha falsa da Dilma.
O tráfico não tentou negociar nunca.
Manchete do Estadão de hoje:
“Polícia ocupa o Alemão; traficantes fogem”.
“… forças a segurança invadem o complexo no Rio, mas não prendem principais líderes do tráfico”.
Sim.
Provavelmente, os líderes do tráfico, ao sair de BMW da Vila Cruzeiro, foram para o Alemão e, de lá, tomaram seus jatinhos para São Paulo.
Devem estar agora com seus advogados na Av. Paulista.
A elite branca (e separatista, no caso de São Paulo), de que a Folha (*) e o Estadão são expressões, não pensa o Brasil, como diz o sábio Fernando Lyra.
E, como não pensa, não entende nada de Brasil.
Aliás, não entende nada da cidade de São Paulo, do Capão Redondo ou do Jardim Romano, de onde o Padim Pade Cerra fugiu de helicóptero, quando os moradores, afogados num alagamento, exigiram providências.
Além disso, faz parte da ideologia da elite branca de São Paulo (e, portanto, separatista) satanizar o Rio.
Transformar o Rio no pólo contrário e desprezível: do lado de cá, a virtude, o espaço santificado, onde ninguém cheira cocaína nem crack e não faz aborto; do lado de lá, Sodoma e Gomorra instaladas no centro de Bagdá.
Sobre Segurança, os governos tucanos têm duas marcas.
Geraldo Alckmin decretou o fim do PCC.
Padim Pade Cerra combateu o crime com vigor  – nas estatísticas.
Todo mês, era uma batalha sangrenta entre a imprensa e o Governo dele, para apurar os verdadeiros números da criminalidade.
Segundo entrevista que será exibida na integra nesta terça-feira, na RecordNews, Beltrame anuncia que forças federais vão ficar no Alemão até que, no meio do ano que vem, se formem os  profissionais da Polícia Militar que vão administrar as UPPS.
Clique aqui para ler no G1: “Alemão terá UPP até primeiro semestre de 2011, diz Cabral”.
Clique aqui para ler no UOL: “Exército ficará no Alemão até UPP chegar, diz Cabral”.
Beltrame também informou, numa coletiva, ontem, que, brevemente,  vai entrar na Rocinha (onde já há uma UPP) e no vizinho Vidigal.
A propósito da fuga dos líderes do tráfico da Rocinha, segundo o Estadão, aquele jornal que confessou querer derrubar o presidente do Senado para prejudicar a Dilma.
O Estadão é capaz de identificar os líderes do tráfico no Alemão tanto quanto sabe quem são os líderes do Hezbollah no Líbano.
Agora, amigo navegante, pergunta-se: como é que eles fugiram ?
Eles estavam na Vila Cruzeiro.
O Beltrame entrou na Vila Cruzeiro.
Eles resistiram.
Quando viram que os anfíbios da Marinha ultrapassavam as barricas de concreto nas ruas estreitas, eles fugiram a pé para o Alemão.
E foram para onde ?
Para o Porcão de Ipanema, para o Adegão Português, no campo de São Cristóvão, comer bacalhau a Gomes de Sá ?
Não, caro amigo navegante.
Eles foram se esconder numa zona de conforto, ali ao lado: o Alemão.
O que fez o Beltrame ?
Fechou as 44 saídas do Alemão com soldados do Exército.
Não entrava nem saía ninguém sem ser revistado.
Suspeito ?
Detido.
Vi várias cenas dessas.
Mas, para o Estadão, não, os “chefões”, que o Estadão não sabe quem são, estão todos numa nice, do lado de fora.
Outro detalhe importante.
O Governo de Minas fechou as barreiras com o Estado do Rio para não deixar ninguém entrar.
O governo de São Paulo assistia a tudo na televisão.
De mau humor.
Porque o Rio ganhou.
Clique aqui para ler “A vitória de Beltrame no Rio constrange”.
Ou como diz a manchete do Globo, recentemente convertido à estratégia do Beltrame: “O Rio mostrou que é possivel”.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Beltrame passa por cima do PiG de SP com um anfíbio da Marinha | Conversa Afiada

Donos da mídia estão nervosos

Viomundo - O que você não vê na mídia
29 de novembro de 2010 às 17:15

Laurindo Leal: Donos da mídia estão nervosos

29/11/2010 | Copyleft

A Veja andou atrás do blogueiro Renato Rovai querendo saber como foi feita a articulação para que o presidente Lula concedesse uma entrevista a blogs de diferentes pontos do Brasil. Estão preocupadíssimos.

por Laurindo Lalo Leal Filho, em Carta Maior

O blogueiro Renato Rovai contou durante o curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação, realizado semana passada no Rio, que a Veja andou atrás dele querendo saber como foi feita a articulação para que o presidente Lula concedesse uma entrevista a blogs de diferentes pontos do Brasil. Estão preocupadíssimos.
À essa informação somam-se as matérias dos jornalões e de algumas emissoras de TV sobre a coletiva, sempre distorcidas, tentando ridicularizar entrevistado e entrevistadores.
O SBT chegou a realizar uma edição cuidadosa daquele encontro destacando as questões menos relevantes da conversa para culminar com um encerramento digno de se tornar exemplo de mau jornalismo.
Ao ressaltar o problema da inexistência de leis no Brasil que garantam o direito de resposta, tratado na entrevista, o jornal do SBT fechou a matéria dizendo que qualquer um que se sinta prejudicado pela mídia tem amplos caminhos legais para contestação (em outras palavras). Com o que nem o ministro Ayres Brito, do Supremo, ídolo da grande mídia, concorda.
Jornalões e televisões ficaram nervosos ao perceberem que eles não são mais o único canal existente de contato entre os governantes e a sociedade.
Às conquistas do governo Lula soma-se mais essa, importante e pouco percebida. E é ela que permite entender melhor o apoio inédito dado ao atual governo e, também, a vitória da candidata Dilma Roussef.
Lula, como presidente da República, teve a percepção nítida de que se fosse contar apenas com a mídia tradicional para se dirigir à sociedade estaria perdido. A experiência de muitos anos de contato com esses meios, como líder sindical e depois político, deu a ele a possibilidade de entendê-los com muita clareza.
Essa percepção é que explica o contato pessoal, quase diário, do presidente com públicos das mais diferentes camadas sociais, dispensando intermediários.
Colunistas o criticavam dizendo que ele deveria viajar menos e dar mais expediente no palácio. Mas ele sabia muito bem o que estava fazendo. Se não fizesse dessa forma corria o risco de não chegar ao fim do mandato.
Mas uma coisa era o presidente ter consciência de sua alta capacidade de comunicador e outra, quase heróica, era não ter preguiça de colocá-la em prática a toda hora em qualquer canto do pais e mesmo do mundo.
Confesso que me preocupei com sua saúde em alguns momentos do mandato. Especialmente naquela semana em que ele saía do sul do país, participava de evento no Recife e de lá rumava para a Suíça. Não me surpreendi quando a pressão arterial subiu, afinal não era para menos. Mas foi essa disposição para o trabalho que virou o jogo.
Um trabalho que poderia ter sido mais ameno se houvesse uma mídia menos partidarizada e mais diversificada. Sem ela o presidente foi para o sacrifício.
Pesquisadores nas áreas de história e comunicação já tem um excelente campo de estudos daqui para frente. Comparar, por exemplo, a cobertura jornalística do governo Lula com suas realizações. O descompasso será enorme.
As inúmeras conquistas alcançadas ficariam escondidas se o presidente não fosse às ruas, às praças, às conferências setoriais de nível nacional, aos congressos e reuniões de trabalhadores para contar de viva voz e cara-a-cara o que o seu governo vinha fazendo. A NBR, televisão do governo federal, tem tudo gravado. É um excelente acervo para futuras pesquisas.
Curioso lembrar as várias teses publicadas sobre a sociedade mediatizada, onde se tenta demonstrar como os meios de comunicação estabelecem os limites do espaço público e fazem a intermediação entre governos e sociedade.
Pois não é que o governo Lula rompeu até mesmo com essas teorias. Passou por cima dos meios, transmitiu diretamente suas mensagens e deixou nervosos os empresários da comunicação e os seus fiéis funcionários, abalados com a perda do monopólio da transmissão de mensagens.
Está dada, ao final deste governo, mais uma lição. Governos populares não podem ficar sujeitos ao filtro ideológico da mídia para se relacionarem com a sociedade.
Mas também não pode depender apenas de comunicadores excepcionais como é caso do presidente Lula. Se outros surgirem ótimo. Mas uma sociedade democrática não pode ficar contando com o acaso.
Daí a importância dos blogueiros, dos jornais regionais, das emissoras comunitárias e de uma futura legislação da mídia que garanta espaços para vozes divergentes do pensamento único atual.

Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).

Nota do Portal Politikei: Foto extraída do blog Analíse de Conjuntura, postagem “SIM, PODEMOS!!!

Editor do Estadão confessa: queria derrubar a Dilma

Conversa Afiada
Publicado em 26/11/2010

Gandour não é de fazer reportagem. É dar PiGolpe

Extraído do Blog do Nassif:

Gandour escancara estratégia de derrubada de Sarney
O presidente do Senado José Sarney tem um largo histórico de temas para serem denunciados. Inclusive os inacreditáveis favores aos grandes grupos de comunicação durante seu governo; suas ligações com Edemar Cid Ferreira; o controle que tem sobre a justiça estadual do Acre e do Maranhão.
No entanto a campanha midiática contra ele, na presidência do Senado, foi abjeta, escandalizando até conversas entre ele e sua neta.
Agora, no Seminário da TV Cultura, o diretor de redação do Estadão Ricardo Gandour explicita o que todos sabiam: a queda de Sarney abalaria a aliança do PMDB com o governo e possivelmente até inviabilizaria a candidatura de Dilma.

É evidente! Mas não imaginava que essa estratégia pudesse ser encancarada em um evento público por um dos condutores dessa conspiração.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Editor do Estadão confessa: queria derrubar a Dilma | Conversa Afiada

Nota do Portal Politikei: Acompanhei os noticiários em 2009 e a campanha do PIG, “Fora Sarney”, antes mesmo de ser integrante desta blogosfera. Não acredito que a tentativa de derrubar o Presidente do Senado tinha apenas a intenção golpista da imprensa de fragilizar o governo. Também, mas minha convicção adquirida no ano passado é de que o fator principal era o pré-sal. No início do ano o governo anunciou que encaminharia ao Congresso o marco regulatório do pré-sal previsto para 31 de agosto. Sarney sempre foi um alvo fácil. O Estadão iniciou a campanha que tomou grande força no Jornal Nacional. Tentaram até ensaiar um novo “cara-pintadas” atraindo jovens com o discurso moralizador. Ninguém queria investigar o Senado e seus vícios. Apenas que Sarney renunciasse ou fosse afastado. A orquestração entre a mídia e os “bate-paus” da oposição, Virgilio e companhia, durou até 31 de agosto de 2009. É claro que o Estadão foi censurado pela justiça a pedido de Sarney. Mas a Globo e a oposição desistiram depois dessa data. O assunto sumiu da imprensa. Não adiantaria mais. O marco regulatório do pré-sal seria então debatido com o aliado do governo presidindo o Senado, e não alguém da oposição. Quem pode imaginar que forças estariam interessadas em permitir o controle da exploração do pré-sal pelo capital e indústria de petróleo estrangeiros? Ao que parece esse lobby foi forte no Congresso Nacional e na mídia.