segunda-feira, 4 de abril de 2011

Salário no Rio é maior que em SP. Folha descobre a pólvora

Na foto, a melhor obra dos tucanos em São Paulo

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No dia 20 de dezembro do ano passado, este ansioso blog escreveu: “com 16 anos de tucanato em São Paulo, os salários do Rio ultrapassam o de São Paulo”.
A certa altura, dizia assim:
Saiu no IBGE informação que o PiG (*) tratou de ocultar.
Pela primeira vez, o salário médio do trabalhador do Rio é maior do que o salário médio do trabalhador de São Paulo.
O Rio passou a criar empregos que exigem mão-de-obra mais qualificada e, portanto, de salário mais alto.
A economia do Rio se beneficia e se beneficiará cada vez mais da industrialização movida a petróleo, pré-sal e Petrobrás.
Os salários que o Rio passou a pagar exigem mais estudo e são oriundos da indústria.
Como se sabe, a indústria cria mais empregos que o setor de serviços, especialmente os bancos, que aceleradamente trocam homem por computador.
O economista Márcio Pochmann – clique aqui para ler “A saída de Pochmann do IPEA será um desastre” – já tinha denunciado a redução do papel do Estadão de São Paulo no conjunto da economia nacional.
Pochmann ressaltou que São Paulo se tornou um Estado de agroindústria e bancos.
Onde a máquina e o computador expelem mão-de-obra e achatam os salários.
Inexplicavelmente, os partidos de oposição em São Paulo não discutiram esse tipo de esvaziamento durante a campanha que elegeu Geraldo Alckmin no primeiro turno.
Covas, Alckmin e Serra afundaram São Paulo.
O PiG (*) escondeu essa informação.
Hoje, a Folha (**) descobre a pólvora e revela hoje na primeira página – e na pág. A4, da seção que ela chama de “Puder” (é assim, mesmo, amigo revisor, puder com “U”, como se diz em Santo Amaro da Purificação):
“Salários do Rio ultrapassam os de São Paulo”
“Em Porto Alegre, os salários do setor de serviços e comércio já estão no mesmo patamar (sic) os de São Paulo”
“A queda de desigualdade regional é inédita”, diz Marcelo Neri, economista da FGV do Rio, que “descobriu a Classe C”.
(Como se sabe, Padim Pade Cerra e o Farol de Alexandria acham que a Classe C é aquela que fica entre a Primeira e a Business.)
O salário médio no Rio é de R$ 1.682, contra R$ 1.637 em São Paulo.
“Nosso mercado de trabalho esta ficando mais homogêneo, com um forte crescimento da classe média em todo o país”, diz João Sabóia, diretor do Instituto de Economia da UFRJ.
Os “especialistas” da Folha (**) tentam desqualificar a posição do Rio com a explicação de que se deve tudo ao Bolsa Familia.
Ou Bolsa Vagabundagem como a mulher do Cerra andou a dizer na campanha de 2010.
Clique aqui para ver o convite que este blog ansioso fez para que ela e o marido visitem a exposição da Paula Rego na Pinacoteca e São Paulo.
Interessante: no corpo da matéria, ninguém explica o fenômeno com o Bolsa Família.
Está apenas nos títulos …
É um mecanismo de compensação muito parecido com aquele que o Datafalha usava para mostrar que o Cerra não ia ganhar a eleição: porque o Nunca Dantes e a JK de saias eram muito fortes no Nordeste.
Coisas do preconceito da elite branca de São Paulo.
Bolsa Família por Bolsa Família, São Paulo deve ter mais beneficiários do que o Rio.
O problema, amigo navegante, é que, um dia, os paulistas vão mandar esses tucanos para casa.
No dia em que os adversários perderem o medo do PiG (*) e  enfrentarem os tucanos na unha: na questão da violência, do fracasso do transporte publico, da crise abismal do enssino (revisor, não mexa aí), o esvaziamento econômico, a corrupção policial.
Hoje mesmo, no único jornal que presta em São Paulo – o Agora, na primeira página, sabe-se que sumiu de dentro de uma delegacia paulistana a bala que levaria ao autor do assassinato de uma balconista.
O suspeito é um PM !
Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Salário no Rio é maior que em SP. Folha descobre a pólvora - Conversa Afiada

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