domingo, 27 de fevereiro de 2011

Plano Municipal de Educação. Agora vai?

Tempo de ADI e de Diretor de Equipamento Social válido para aposentadoria e evolução funcional. Redução do número de alunos e crianças por professor. Fim dos convênios. Recesso em julho e Assistentes de Direção nos CEIs. Tudo isso e muito mais avanços que estão na pauta de reivindicações dos trabalhadores da educação foram aprovados por mais 1500 delegados na Conferência Municipal de Educação que aconteceu em junho de 2010. Nós já publicamos aqui a vitória dos servidores na Conferência (veja o resumo das principais conquistas).Já foram 252 dias e o Projeto de Lei contendo o Plano Municipal de Educação não foi ainda para a Câmara.
Mas um e-mail do companheiro Gerônimo, Diretor de CEI, alertou-me para a notícia dada pelo Vereador Eliseu Gabriel do PSB. Segundo o Vereador, SME declarou que o projeto será apresentado em 14 de março: “A proposta será apreciada primeiramente pela Comissão Executiva que coordena o processo de construção participativa do Plano. Depois o PL deverá ser enviado à Câmara de vereadores para ser votado e tornar-se lei.” O vereador garante ainda que a sociedade paulistana terá nova oportunidade de participar das discussões através de audiências públicas. Este blog que apoia e luta pela implementação do Plano Municipal de Educação. Estamos de olho na agenda e será fundamental a participação dos servidores nos debates da Câmara para evitarmos retrocessos. Afinal, o resultado da Conferência conferiu derrotas ao governo Kassab, principalmente quanto ao fim dos convênios (leia mais).

Mesa de negociação. Do quê?

Publiquei na quinta, 24, o ocorrido na “mesa de negociação” da educação naquele mesmo dia. O governo apresentou os critérios individuais de pontuação para receber o Prêmio de Desempenho da Educação (PDE) pago anualmente aos trabalhadores lotados em SME. Quero refletir com os servidores municipais de São Paulo alguns pontos que dizem respeito a nossa relação de empregados com o nosso patrão (governo) e a mediação representada pelo sindicato.

Gratificações x salários
O governo Kassab tem adotado Secretaria após Secretaria, a política de criar gratificações ao invés de um reajuste geral para todos os trabalhadores. Isso tem criado a situação absurda de termos um piso (o dos Agentes de Apoio) em torno de R$ 440,00, o que equivale a apenas 80% do valor do salário mínimo. Em 2003 esse valor equivalia a mais de duas vezes o valor do piso nacional (para ler mais clique aqui). Com uma política de reajuste geral de 0,01% contra uma inflação acumulada superior a 33% desde 2005 (IBGE), significa perda de um terço do poder de compra. Os planos de carreira que deveriam se prestar a valorizar o servidor acabam por apenas reduzir as perdas inflacionárias. Virou um calaboca como estratégia governista para reduzir tensões e risco de greve em tempos de inflação baixa. Mas, das estratégias governistas, pagar gratificações ao invés de salários, se tornou uma das mais bem sucedidas, principalmente por sua capacidade de dividir a categoria. Cada gratificação atende a um segmento que abandona a luta dos servidores na campanha salarial pelo reajuste linear e passa a brigar por suas necessidades momentâneas. E das perversidades embutidas nas gratificações, a pior fica com a exclusão dos aposentados. Quando os aposentados da educação ganharam na justiça a extensão da GDE (Gratificação de Desenvolvimento da Educação) pelo direito à paridade, Kassab imediatamente extinguiu o GDE na Câmara e criou o PDE. Gratificação virou Prêmio, o G virou P e o aposentado até hoje não recebe nada. No Governo do Estado de São Paulo, a prática de gratificações aprimorada ao longo de quase duas décadas leva os servidores estaduais abdicarem da aposentadoria para não amargarem perda de metade dos vencimentos que deixam de receber por não se tratar de salário. Se a linha de Kassab permanecer, nosso destino será o mesmo.
A inflação aumenta e a arrecadação da Prefeitura também. No último ano de Marta a receita prevista era de 14,3 bilhões de Reais contra 34,6 bi em 2011 à disposição de Kassab. Com uma receita quase duas vezes e meia maior, graças ao crescimento econômico do Brasil e ao boom imobiliário na cidade (leia mais aqui), reajustes somente aconteceram na educação e na guarda civil, e mesmo assim, após greve dessas categorias. Em 2006, após 17 dias de greve, a educação conseguiu um acordo de gratificações em 2007 que foram incorporadas em reajustes anuais em torno de 8% anuais de 2008, 2009 e 2010, com acordo renovado e que na Câmara virou novos reajustes de 10% (ao ano) de 2011 a 2013. Mas de forma alguma, esses reajustes refletem o crescimento da receita da cidade. Na verdade, a opção de Kassab por reajustes anuais além de evitar o risco de novas greves, é o que lhe resta como opção, pois a lei lhe obriga a gastar uma parte da receita carimbada da educação com salários. O que Kassab tem feito é atender o mínimo para não ter suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas.

Negociação ou enrolação?
Uma cidade cada vez mais rica com servidores cada vez mais pobres. Essa afirmação não é exagerada. Eu já apresentei os números da receita da cidade (aumento de 142%). Segundo os números do PNAD entre 2004 e 2009, a renda real média do trabalhador brasileiro cresceu 20%, ou seja, aumento nos salários, descontando-se a inflação. Os servidores municipais de São Paulo parecem viver a realidade de outro país com os reajustes de 0,01%. Como demonstraram os servidores da educação e da guarda civil, a greve ainda é o melhor instrumento de negociação do trabalhador. Aliadas às estratégias do uso do plano de carreira para cobrir perdas e das gratificações para dividir os trabalhadores sem dar reajuste, estão as mesas de negociação (central e setoriais) de Kassab. Via de regra, elas não têm regras definidas, não têm ata, não têm nem a pauta a ser negociada. As pautas encaminhadas no começo do ano pelas entidades não coincidem necessariamente com a que o governo discute a cada encontro. Nada é negociado além de uma margem mínima predisposta pelo governo. Com alguma pressão, como fizeram os trabalhadores do nível superior na discussão do seu PCCS, foram possíveis pequenas mudanças de maior importância na proposta inicial.
A última mesa de negociação da educação deixou clara a essência desse jogo de cartas marcadas. Em 2010, SME passou o ano inteiro sem mesa, abrindo as “negociações” em outubro. Em novembro, o acordo solicitado pelo governo com as entidades foi de encerrar as conversas sobre o PDE, deixando o debate para 2011 com mais tempo e fôlego. Na “negociação” de quinta passada, a surpresa para as quatro entidades presentes foi generalizada. A proposta estava pronta, valendo para 1º de março, e, pasmem, não estava posta para negociação. Os representantes do governo assumiram a culpa por não saberem em 2010 que o Secretário, novamente, não negociaria nada dos critérios individuais. Ao romper com um acordo proposto por ele próprio, o governo expõe a já frágil credibilidade dessas mesas de negociação. A verdade é que nesses anos, o governo tem definido sua política com bastante liberdade, e ainda, tenta se utilizar das entidades para referendar suas iniciativas como se fossem negociadas com os trabalhadores. Creio que temos de escancarar, explicitar, denunciar e publicizar a postura do governo nessas chamadas “mesas de negociação”. Esse debate tem de acontecer com a categoria em cada entidade. Afinal, perdemos a capacidade de negociação, abrindo mão dos mecanismos verdadeiros de pressão, como as manifestações, paralisações e greves?
A postura do SINDSEP na quinta-feira foi de não negociar os critérios coletivos caso não se reabra a discussão dos critérios individuais. Sequer há garantias de que haverá negociação do Decreto que definirá as regras complementares. Se houver, a negociação da parte será utilizada por SME para anunciar o referendo dos sindicatos ao PDE 2011.

O PDE e o desconto das licenças médicas
O que mais pega para os trabalhadores no PDE é o desconto dos dias de licença médica. Já ouvi colegas defenderem o constatação de Serra e depois de Kassab, de que havia muita licença médica. Por trás dessa defesa existe uma insinuação de que o servidor usa de má fé para sair de licença médica e se furtar do trabalho. Temos então um problema sério para resolver que qualquer bom gestor não pode supor que a solução é um desconto em dinheiro. Se há muitas licenças médicas na prefeitura, a primeira investigação que se deve fazer é sobre as condições de trabalho e sobre as doenças ocupacionais. Se um Prefeito suspeita haver fraude em um de seus serviços, é sua obrigação investigar. Se há fraudes ou falhas nos procedimentos de perícia do DSS, cabe ao Prefeito botar o dedo na ferida. O caminho mais fácil, punindo quem se utiliza de licença médica é um atestado de ingerência e incompetência administrativa. Quem paga a conta é aquele que adoece, muitas vezes pelas próprias condições de trabalho, inclusive aqueles que um dia concordaram com a ideia.

Campanha Salarial
Enquanto Kassab deita e rola, cabe a nós perceber que somos uma categoria só: servidores públicos municipais. Todos sujeitos às mesmas estratégias de divisão, controle e manipulação. Não há outra ferramenta de luta legal além da organização sindical. Se for inventada uma real alternativa, pode ter certeza que não será criação dos empregadores. 2011 começou e o que está posto pelo governo já sabemos e não esperem novidades. Gratificação do Nível Básico e Médio (com perda das gratificações atuais), reajuste de 2,18% para o HSPM, 10,34% para a Educação. O resto, deve ficar rodando, de mesa em mesa, sem negociação, até que os servidores cansem de esperar. Não adianta chorar. A hora é de arregaçar as mangas, participar dos sindicatos, cobrar os debates e partir para a organização, mobilização, e se necessário, greve. Ou, se a aposentadoria ainda for a opção, poderemos chorar pelo que deixamos de fazer.

PARA REFLETIR:

DESPERTAR É PRECISO

Na primeira noite eles se aproximam colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.

Vladimir Maiakóvski

Vladimir Vladimirovich Mayakovsky(Влади́мир Влади́мирович Маяко́вский) (1893 - 1930) foi um dos poetas mais representativos do Futurismo Russo.

E NÃO SOBROU NINGUÉM

Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar... Já não restava ninguém para protestar.
Martin Niemoller
(Martin Niemoller - pastor luterano, preso no campo de concentração de Dachau – de 1939 a 1945 – e libertado pelas tropas aliadas).

Votação das gratificações do nível básico e médio e reajuste do HSPM

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Votação dos PLs 339 e 500/2010 adiados para a próxima semana

As propostas de emendas ao PL 339 são basicamente: extensão da gratificação aos servidores das autarquias (HSPM, IPREM, Funerária e Autarquia Hospitalar), inclusão dos aposentados, não incompatibilidade da gratificação com outras, reajuste de 39%, entre outras.

Na pauta, o PL 500 (reajuste de 2,14% retroativo a 2008 para o HSPM).

A votação poderá ocorrer na terça-feira, dia 1º,  a partir das 14 h. Conclamamos a todos os colegas a irem para Câmara, pois agora será a hora de apresentarmos nossas emendas: inclusão dos aposentados, extensão para o IPREM, Funerária,HSPM, Autarquia Hospitalar, reajuste salarial, etc...

:: SINDSEP :: Publicado em quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

GDA para todos!

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Companheiras(os),
convoquem seus/suas colegas
para o nosso ato
no dia 3 de março
14 horas,
Rua Líbero Badaró, 425.

:: SINDSEP ::

 

Como já publiquei antes aqui:

Dividir para governar
Os Especialistas do esporte e da cultura (bibliotecários e técnicos em educação física) ainda reivindicam o recebimento do GDA específico prometido pelo governo. Como se sabe a administração tem fatiado a categoria e deixado vários segmentos de fora. É o caso da permanente exclusão dos profissionais admitidos que penam por regras obsoletas com mais de duas décadas. Servidores da saúde que atuam fora também continuam sem gratificação.

Leia também o Decreto que trata do pagamento da Gratificação por Desempenho de Atividade Social

Kassab vai para o PSDB. O que diria o Estadão

Longe do Cerra, o Poste vira demônio

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Qualquer habitante de São Paulo sabe que Gilberto Kassab é um péssimo prefeito.
Até os anti-trabalhistas sabem disso.
Ainda que votem nele ou no Aloysio 300 mil.
Kassab tem pavor do cheiro do povo.
Kassab e o Cerra, aliados a Deus e à chuva, foram incapazes de enfrentar o caos do trânsito e do alagamento.
Portanto, considera muito esquisito vê-lo no partido fundado por Miguel Arraes.
Mas, o candidato do PSB ao Governo de Sao Paulo foi um presidente da FIESP que contribuiu decisivamente para tirar o remédio da boca das crianças  com a extinção da CPMF (que ressuscitará como Lázaro e com outro nome).
Como diria o Stanislaw, não é só em Niterói que urubu voa de costas.
Este ansioso blogueiro tinha previsto que Kassab se tornaria o Cão do Terceiro Livro no PiG (*), assim que saísse de baixo das asas do Padim.
Neste sábado de manha, o ansioso blogueiro leu em editorial do Estadão – que cultiva a Língua com muito mais elegancia que os da Folha (**), embora o conteúdo seja o mesmo: fundamentalismo conservador, ou neoliberalismo paranóico.
Vamos supor, amigo navegante, que o Poste do Cerra tivesse  ido para o partido do Cerra, a UDN de Sao Paulo, a TFP de Higienópolis.
O título do editorial de hoje seria: ” Via heróica para a redenção”.
E não “Via torta para o adesismo”, como aparece hoje.
Diria “movido pelo que há de mais nobre na politica, a missão de servir ao povo e a República, o DEM busca a via heróica para a redenção.”
Hoje, disse que  o DEM se move pelo que há de mais raso na politica, a ambição pessoal nua e crua.
Se Kassab se aconchegasse no regaço do PiG, como se deitou no colo do malufismo, o Estadão teria dito: “Os calorosos sobreviventes da Oposição se preparam não para mudar de legenda, mas de campo filosófico, onde os Altos princípios da Social-Democracia européia vicejam nesse Trópico inculto e selvagem.”
Diz hoje o Estadão: os muito vivos do DEM vão se aliar aos muito vivos do PP, que serviu ao regime militar e agora serve ao Governo.
O mesmo PP de Maulf e Francisco Dornelles que abrilhantou o Ministerio de Fernando Henrique.
Dornelles, sobrinho neto de Vargas,  chegou a repetir o Farol ao dizer que ia apagar “o legado trabalhista de Vargas”.
O que presta no editorial hipócrita do Estadão é dizer que a campanha do Cerra apelou para o fundamentalismo religioso e, em desespero de causa, “sacou uma demagógica promessa de elevar o salário mínimo” para R $ 6.000.
O Paulinho da Força disse que o Cerra está morto.
Sobrevive no PiG (*).
Nem isso.
Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um  comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Kassab vai para o PSDB. O que diria o Estadão | Conversa Afiada

Kassab Surfistinha, O Filme

O Filme acaba de chegar aos cinemas privês da política nacional e já começa a gerar polêmica. A trama mostra como um prefeito sucumbiu à incompetência e resolveu abandonar a cidade que governa. Não satisfeito, ele abandona também o seu partido — de direita classe média tradicional reacionária —, para se jogar na vida fisiológica, lidando com todo tipo de partido barra pesada.

O filme está recebendo ótimas críticas da base aliada, mas a oposição promete censurar a exibição em todas as salas. “Esse filme é pura pornografia e subverte os valores morais da família brasileira”, disse um exaltado parlamentar do DEM. Para apaziguar os ânimos e garantir a governabilidade, um peemedebista retrucou: “vossa excelência não entendeu: trata-se de um pornô família!”.-Foto e texto Jornal da Tarde

Os Amigos do Presidente Lula: Kassab Surfistinha, O Filme

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sábado, 26 de fevereiro de 2011

A notícia e a desinformação

Veja como uma notícia boa pode ser transformada pela mídia em uma notícia ruim. Mais uma ilustração das razões para uma urgente regulação da mídia.

A NOTÍCIA

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Desemprego no Brasil é um dos menores entre grandes economias

fevereiro 25th, 2011 |  Autor: Jussara Seixas

Informação é do gerente de Trabalho e Renda do IBGE. Taxa de 6,1% registrada em janeiro foi a menor para o mês desde 2003.

Bernardo Tabak, G1

A taxa de desemprego brasileira é uma das menores entre as grandes economias mundiais, segundo o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. Em janeiro, a taxa de desocupação ficou em 6,1% – o menor resultado para o mês desde o início da pesquisa do IBGE.

“Antes da crise, O Brasil tinha a segunda maior taxa de desocupação entre as 20 maiores economias do mundo. Hoje, conseguimos melhorar este índice, e estamos em 15º ou 16º lugar no ranking (das maiores taxas de desemprego)”, afirmou Azeredo. “As principais potências ainda sentem os efeitos da crise de 2008, enquanto que os avanços em educação, a inserção digital e a formalização do mercado levaram o Brasil a aumentar os postos de trabalho”, acrescentou.”

Foto: Arte/G1

 

A DESINFORMAÇÃO

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Mídia alarmista desinforma sobre emprego

Reproduzo artigo de Paulo Donizetti de Souza, publicado na Rede Brasil Atual:

Em todos os anos o nível de emprego cai em janeiro em relação a dezembro. Isso pode ser constatado em qualquer pesquisa, de qualquer instituto e sob qualquer governo. É recorrente nos principais sites de notícias usar a comparação de janeiro com dezembro, período em parte das contratações decorrentes do período de Natal se desfaz.

Talvez seja a pressa de dar a notícia tão logo o instituto a divulgue – e logo cedo vemos as manchetes "desemprego sobe em janeiro". Talvez seja má fé, como forma de compor uma "soma" de fatores negativos que induzam ao pânico ou, no mínimo, a uma tendência favorável aos defensores dos juros altos e do freio na economia.
Isso aconteceu na manhã de quarta-feira (23), após a divulgação da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do convênio Seade/Dieese. Uma análise mais correta seria permitida comparando-se o mesmo mês, taxa de janeiro de 2011 com janeiro de 2010. Na média geral das sete regiões pesquisadas pelo convênio, o desemprego caiu de 12,4% para 10,4%. Em Salvador, a melhora se aproximou de quatro pontos percentuais; em Recife, de cinco.
Estes dados existem na pesquisa – que aponta o melhor resultado do sistema Dieese/Seade em São Paulo dos últimos 20 anos e, na média das sete regiões, o melhor desde 1998 –, mas os títulos e o texto dos principais sites desinformam.
Na manhã de quinta-feira, após a divulgação da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, foi a mesma toada nos principais sites: "Desemprego no Brasil sobe a 6,1% em janeiro" – ou seja, estava 15% menor que o desemprego de janeiro do ano passado, que foi de 7,2%. Os valores são diferentes porque o sistema Seade/Dieese tem metodologia que detecta uma proporção maior de entrevistados procurando emprego do que a seguida pelo IBGE. O que ambas têm em comum é o fato de se restringir a algumas regiões metropolitanas e não conseguir, portanto, captar tendências pelo interior do país.
Os dois medidores de desemprego nada têm a ver também com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), que divulga todo mês a diferença entre o número de trabalhadores admitidos e de dispensados com base em informações fornecidas por empresas privadas de todo o país. Em janeiro, não por acaso, o saldo de contratações com carteira assinada foi positivo em 152 mil vagas.
Enfim, num aspecto as pesquisas e o Caged concordam: este foi um do melhores janeiros da história. O noticiário matinal dos grandes portais não fez questão de destacar esse fenômeno. E os comentários de boa parte de seus leitores, alguns sarcásticos, divertem-se com a desinformação. Como dizia Odorico Paraguaçu: "A ignorância é que atravanca o progresso".

Lindberg desmascara Aécio com a lei delegada

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O senador Lindbergh Farias (PT/RJ), na sessão de 4ª feira, desmascarou o colega de senado Aécio Neves (PSDB/MG), membro da oposição que fazia uma celeuma por causa da palavra "decreto", escrita na lei que fixa o salário mínimo até 2015, como se fosse um ato autoritário contra o Congresso.
Lindbergh enquadrou Aécio: "Falar em esvaziamento do parlamento, é falar em lei delegada..."
Aécio, quando governador, arrancou da Assembléia Legislativa mineira, autorização para governar no início por lei delegada. É uma carta branca dada pelos deputados estudais para o governador editar leis sem precisar da aprovação do legislativo.
Aécio ouvir tudo calado. É esse o grande timoneiro tucano para 2014?

Os Amigos do Presidente Lula: Lindberg desmascara Aécio com a lei delegada

Lucro da Petrobrás é espetacular: R$ 35 bi. Alô, alô, Globo ! Vai encarar ?

Só para irritar o Ali Kamel

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Saiu no G1:

Petrobras tem lucro líquido recorde de R$ 35,2 bilhões em 2010
Valor representa alta de 17% em relação aos R$ 30,051 bilhões de 2009. No quarto trimestre, ganhos chegaram a R$ 10,6 bilhões.
Bernardo Tabak Do G1 RJ
A Petrobras fechou 2010 com lucro líquido recorde de R$ 35,189 bilhões, alta de 17% em relação aos R$ 30,051 bilhões apurados em 2009. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25) pelo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Almir Guilherme Barbassa, em entrevista coletiva na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. “Fizemos a maior capitalização da história, de R$ 120 bilhões”, destacou o diretor.
Somente no quarto trimestre do ano passado, a estatal registrou lucro líquido de R$ 10,602 bilhões, valor 24% superior aos R$ 8,566 bilhões do trimestre anterior. “O quarto trimestre também foi recorde para a empresa”, destacou Barbassa.
“Alguns dos fatores que levarem ao lucro recorde foram a redistribuição do portfólio financeiro, que gerou menos impacto para as contas da empresa. O processamento de 4% a mais de óleo nacional, o aumento do refino de diesel, o nível de geração e de venda de gás também aumentou muito. Tudo isso contribuiu para esse resultado”, detalhou o diretor.
Barbassa também falou a respeito do aumento da produção da Petrobras. “A produção de gás natural cresceu 5% em 2010, em comparação com 2009. A atividade econômica crescente no Brasil provocou uma demanda muito grande pelo gás natural e, claro, por outros tipos de gás, como o GLP (gás liquefeito de petróleo), entre outros combustíveis. Entretanto, com a produção de gás ainda é muito menor do que a de petróleo, o aumento da produção total ficou em 2%”, explicou.
Em 2010, a Petrobras investiu R$ 76,411 bilhões, ante R$ 70,757 bilhões em 2009. “O investimento em 2010 ficou 14% abaixo do que esperávamos investir. Mas isso já esperado, pois ocorrem atrasos em entregas de equipamentos, algumas licitações não são feitas”, disse o diretor.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) — que mede a capacidade de geração de caixa — foi de R$ 60,323 bilhões no ano, com alta de 1,4%, e atingiu R$ 14,584 bilhões no trimestre, um aumento de 1,9%.
Nesta sexta-feira, o Conselho de Administração aprovou o pagamento R$ 2,217 bilhões de juros sobre o capital próprio, que corresponde a R$ 0,17 por ação. Ainda vão ser pagos R$ 1,565 bilhão de dividendos”
O balanço está de acordo com os padrões internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS).
(Com informações do Valor Online)

Navalha

NAVALHA

O Globo é o jornal que tenta destruir a Petrobras desde que foi fundada pelo Dr Getulio, em 1953.

Na época, o Roberto Marinho trabalhava de mãos dadas com o Assis Chateaubriand e a Embaixada americana.

Hoje, com o Estadão, Roberto Campos, o resto do PiG (*) e a Chevron do Cerra.

E talvez a Embaixada americana, nunca se sabe.

É preciso esperar pelo WikiLeaks.

O record espetacular desmoraliza os jenios neoliberais que ocupam os jornais do PiG (*) para subir na vida à custa da Petrobras.

Recentemente, o Economista-Chefe do banco espanhol Santander tentou desqualificar a Petrobras num debate público.

Ele disse também que no Orçamento da União, com a Dilma, cabe qualquer coisa.

Deve ser alguma viúva da Petrobrax, que o Nunca Dantes sepultou no fundo do mar, ao lado da P-36.

Como diz um blogueiro ansioso: a eleição de 2010 foi sobre o pré-sal.

A de 2014 também será.

Quem mandará no pré-sal: o povo brasileiro ou a Chevron do Cerrra ?

Em tempo: liga o Vasco. É o maior lucro de uma empresa negociada na Bolsa do Brasil. Quem vai cortar os pulsos é aquele Agnelli da Vale.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Lucro da Petrobrás é espetacular: R$ 35 bi. Alô, alô, Globo ! Vai encarar ? | Conversa Afiada

Banda larga cara prejudica venda de computadores

fevereiro 25th, 2011 |  Autor: CelsoJardim

Banda larga no Brasil, além de cara é muito lenta

Se acesso à internet fosse mais barato, país teria vendido 6 milhões de computadoresimage

O Brasil poderia ter vendido 6 milhões de computadores a mais em 2010, caso os serviços de internet fossem mais acessíveis. A afirmação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, foi feita hoje (24) no 9º Seminário Políticas de (Tele) Comunicações, durante argumentações em defesa do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

“Poderíamos ter um avanço extraordinário com a internet [em 2010] e muitas pessoas teriam comprado equipamentos. Se tivéssemos serviços mais favoráveis, teríamos vendido, acredito, 20 milhões de computadores, ao invés de 14 milhões”, disse o ministro ao defender como preço de referência R$ 35 para popularizar o acesso à internet.
A expectativa de Paulo Bernardo é que, “nos próximos anos”, 80% dos municípios tenham acesso à grande rede. Dados da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) indicam, no entanto, que 4.897 (88%) das cidades brasileiras já dispõem de acesso à banda larga.
“Você compra hoje um computador a R$ 800, mas paga R$ 80 mensais pela internet. Acho caro. Foi por conta disso que formatamos o PNBL, a principal prioridade do ministério segundo a presidenta Dilma Rousseff. A posição do Brasil já permite, de fato, que façamos essa implementação”, acrescentou o ministro.
Ele disse que há possibilidades de enquadrar os tablets como notebooks e, dessa forma, criar mecanismos para baratear seu preço, o que ajudará a produção e a indústria nacional. “O Ministério das Comunicações fará a coordenação da integração do processo produtivo, relativos à inclusão digital, que atualmente está subdivido em vários ministérios, a fim de dar tratamento mais isonômicos para a questão”, adiantou Bernardo.
De acordo com o ministro, é possível que frequência de 450 mega-hertz (mHz) – frequência das rádios usadas pelas polícias Federal e Rodoviária Federal – passe a ser dirigido às áreas rurais. Mas para desocupar as frequências da faixa, acrescentou, é fundamental, antes, a liberação de verbas para equipar as polícias.

Celso Jardim com Agência Brasil

Banda larga cara prejudica venda de computadores

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Inês Nassif: PT briga muito e debate pouco

Publicado em 24/02/2011

Dirceu e Palocci: enquanto eles brigam, o Temer toma conta

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O Conversa Afiada reproduz análise sempre competente de Maria Inês Nassif no jornal Valor, extraída do Vermelho:

Inês Nassif: muita briga e pouco debate dentro do PT
O PT não passou incólume por oito anos no poder e, se não alterar a rota, tende a acumular mais desgastes nos próximos quatro anos. Como já não se imaginava mais, o partido foi engrossado, nas bases, por um contingente de militantes lulistas — o partido de classe média intelectualizada, de esquerda, não apenas capturou eleitores na base da pirâmide social, como incorporou parte desse contingente em sua militância.

Esse é o sonho de todo partido de trabalhadores, mas isso acontece no momento em que a legenda, totalmente institucionalizada, consolidou um processo de transferência de lideranças criadas na estrutura burocrática para o Parlamento e elas delimitaram territórios, ungidas por um sistema partidário uninominal que é intrinsicamente personalista.

Esse descompasso se mostra mais agudo quando a direção nacional afrouxa e perde capacidade de unir a máquina partidária. As bancadas legislativas tendem a ocupar, então, maior destaque. Se não tomar um rumo, o PT pode perder o que tinha diferente em relação aos demais partidos, e a grande chance colocada, nesse momento, de renovação de quadros partidários.

No início de sua vida, o partido vivia o paradoxo de manter uma grande militância de classe média, de esquerda, nas ruas, mobilizá-la em torno das eleições mas, fechadas as urnas, enquadrar a representação parlamentar obtida ao restante do partido. A bancada parlamentar era o elo menos importante da organização partidária e os eleitos petistas, muitas vezes submetidos a decisões de outras instâncias que não tinham lógica na luta institucional.

Essa dificuldade interna foi sendo resolvida aos poucos, na medida em que as lideranças passavam a postular cargos eletivos e se consolidava ideologicamente, no partido, o consenso em torno da via democrática de conquista do poder. Ainda assim, as disputas ideológicas entre as diversas facções políticas mantinham paralelamente um debate político, ou seja, um confronto no campo das ideias.

Oito anos de governo Lula, quatro deles sob intensa investida de seus adversários, neutralizaram as disputas políticas. A unidade passou a ser uma questão de sobrevivência e um quesito de governabilidade a partir do episódio do mensalão, em 2005. Houve uma dissidência, a que resultou na criação do PSOL. Os grupos que se digladiaram nos momentos seguintes à revelação de um caixa dois do partido se recompuseram em seguida.

O último Processo Eleitoral Direto (PED) do partido, embora disputado, esteve longe de ser um grande mobilizador de debate ideológico ou político. A escolha de Dilma Rousseff como candidata para suceder Lula à Presidência, pelo próprio Lula, não provocou discordâncias. Lula, afinal, era o grande bônus eleitoral de um partido já totalmente institucionalizado e livre dos debates intensos sobre a melhor via para o socialismo.

O crescimento parlamentar do PT, embora importante sob o ponto de vista da governabilidade e da convivência com partidos da base aliada de perfil tradicional, ocorreu sob um sistema político que é por definição personalista. Enquanto as disputas ideológicas se reduzem internamente, se acirram as disputas individuais por postos de comando.

Na base, o PT vive um momento de grande oportunidade de renovação de quadros. Na cúpula, em especial do Parlamento, uma luta para manter os postos nas mãos de lideranças já consolidadas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre teve bom trânsito entre todas as correntes partidárias. No Congresso, a habilidade do deputado João Paulo (SP) também mantinha sob controle as disputas por cargos.

Era mais do que prevista uma reacomodação interna no período pós-Lula. A presidente Dilma, alheia à máquina partidária, tende a colocar as coisas nos seus devidos termos: governo é governo, partido é partido; o partido é do governo mas deve acomodar as suas questões internas no ritmo da dinâmica partidária, e não demandar a mediação do governo para isso.

Esses paradoxos vão se revelar com clareza na hora do debate sobre reforma partidária. A avaliação de um integrante do partido é que se perdeu muito tempo nas disputas internas, quer por cargos no Congresso, quer por posições de governo. Enquanto isso, o vice-presidente Michel Temer, do PMDB, tomou a liderança do debate sobre reforma política, impondo à agenda a ideia do “distritão”, que tem o poder de demolir eleitoralmente o PT.

Ao mesmo tempo, a grande bandeira do partido, que é o voto em listas partidárias, perde interesse interno na medida em que tem o poder de acabar com os redutos pessoais de votos que foram se criando em torno de políticos petistas, e que produziram votos suficientes para elegê-los e mais alguns de seus colegas, pelo sistema de voto proporcional.

O financiamento público de campanha, que é outra bandeira do partido, também interfere no equilíbrio de forças interno de hoje, já que tendem a adquirir muita influência aqueles políticos com maior capacidade de captar recursos financeiros para a sua campanha e para a dos candidatos majoritários do partido num sistema em que o financiamento de campanha é privado.

Se o PT não assumir o debate sobre reforma política, ele ficará restrito a uma bancada no Congresso que foi eleita sob as regras atuais e, como os parlamentares de outros partidos, terá problemas de sobrevivência com as mudanças. A direção das negociações ficará também a cargo das lideranças que se lançaram na disputa inicial por cargos no Poder Legislativo, fortalecendo a burocracia partidária deslocada para o parlamento. O debate ideológico, orgânico, ficará muito prejudicado com isso.

Inês Nassif: PT briga muito e debate pouco | Conversa Afiada

Kassab faz escala antes de ir para o PSB

Publicado em 24/02/2011

Para derrotar o Cerra, Churchill se aliaria ao Demônio

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A Folha (*) noticiou que o ex-poste do Cerra (com o Cerra é tudo ex) vai fundar um partido.
É e não é.
Kassab vai sair do DEMO com alguns deputados.
Até que venha a reforma política – clique aqui para ler o que diz a Maria Inês Nassif sobre o que o PT NÃO discute sobre a reforma política – é preferível os deputados do Kassab e o próprio Kassab migrarem para um novo partido.
Será uma escala.
O destino final deles é o PSB.
O PSB, como se sabe, é da base do Governo.
E teve papel importante na arrasadora vitoria da Dilma no salário mínimo.
Lamentavelmente, os trabalhadores brasileiros não poderão contar com os R$ 6.000 do Cerra.
Nem o PSDB conseguiu acompanhá-lo nessa descida aos Infernos. E até o Aécio gozou o FHC.
Para o  PSB, Kassab é outra tentativa de entrar em Sao Paulo, pelo centro do espectro político.
O candidato a governador Paulo Skaf – que ajudou a detonar a CPMF e tirou remédio da boca das crianças – foi um desastre retumbante.
Quem mandou tirar remédio da boca das crianças ?
O  Arthur Virgilio Cardoso que o diga.
O PSB tem seis governadores -jovens -  e quer chegar à Presidência.
Embora reconheça que a JK de saias seja a bola da vez de 2014.
Mas, Eduardo Campos (que dá de 10 a 0 no Cerra), Cid Gomes e  Renato Casagrande estão aí.
E precisam de São Paulo.
Como precisa o PT. Clique aqui para ler Kassab faz o jogo do Nunca Dantes.
Tirar o PFL do PSDB interessa ao PT também.
Deixar o PSDB de Sao Paulo colado na UDN e no PRP.
Para derrotar o Cerra, Churchill se aliaria ao Demônio.
Em tempo: o Kassab deve estar preparado para, daqui  em diante, se tornar o Cão do Terceiro Livro do PiG (**). Sair da asa do Padim Pade Cerra equivale a dizer que é amigo de infância do Kadafi.
Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Kassab faz escala antes de ir para o PSB | Conversa Afiada

Palocci e mensalista tucano vão escrever Ley de Medios

“De onde menos se espera daí é que não vem nada.” Barão de Itararé

Saiu no Blog do Nassif:
Do Estadão

Regulação da mídia ocorrerá sob amplo debate, afirma Paulo Bernardo
Ministro das Comunicações vai consultar outros ministérios para fechar texto do projeto e, depois, colocá-lo em consulta pública
JOÃO DOMINGOS – Agência Estado
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje que conversou esta semana com a presidente Dilma Rousseff sobre o projeto de regulação da mídia. Ele afirmou que havia recebido o texto antigo, preparado pelo ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Franklin Martins, e argumentou que o projeto não estava totalmente completo.
Bernardo informou à presidente que deseja a participação de todos os ministérios envolvidos – como Cultura, Comunicação, Justiça, entre outros – para que ajudem a fechar um texto consensual. Esse novo projeto, então, será enviado à Casa Civil e, depois, será colocado em consulta pública. Paulo Bernardo participou da abertura do 9.º Seminário Políticas de Telecomunicações, hoje, em Brasília, com a palestra “As políticas do Governo Dilma na área de Telecomunicações”.

Saiu no Blog Amigos do Presidente Lula:

Tucanos presidirão comissão das comunicações e informática na Câmara. Será o Azeredo?
Os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados decidiram o comando das comissões permanentes em reunião.
Os tucanos, aliados do PIG, se infiltraram na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
Ficarão com a presidência. O PSDB ainda não definiu o nome, mas o mais cotado é Eduardo Azeredo (PSDB/MG), aquele do mensalão tucano, e do projeto para policiar a internet que ficou conhecido como o AI-5 digital.
Esta comissão é a que apreciará o marco regulatório dos meios de comunicação.
O presidente da comissão não pode tudo, afinal as coisas são decididas no voto dos demais membros, mas pode fazer muito estrago, com manobras como colocar em votação coisas na calada da noite, quando os governistas cochilarem.

Navalha

NAVALHA

O ministro das Comunicações tem medo da Globo.
Tão simples como isso.
Como anunciou este ansioso blogueiro, logo após a primeira entrevista dele na Folha (*).
O que o Ministro quis dizer no Seminário da Converge, em Brasilia, hoje, é que vai empurrar o assunto com a barriga, até onde der.
Ou seja, ele vai negociar com a Globo.
A “consulta pública” vai ser assim: os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – vão se trancar numa sala com o Tony Palocci.
E acertar tudo.
Palocci, como se sabe, foi quem salvou a Globo de uma retumbante concordata.
Por que a presidenta tem tanto medo da Globo quanto o Nunca Dantes  ?
Isso é assunto para outra discussão.
O fato concreto é que a Ley de Medios nas mãos do Ministro Paulo Bernardo terá a urgência da investigação da Polícia Federal sobre os crimes do Daniel Dantas.
O Governo Dilma caiu na fetichização da banda larga – clique aqui para ler – , o que seria uma solução mecanicista para um problema político.
A banda larga aí entra como Pilatos no credo.
É tudo medo da Globo e suas ramificações no Congresso.
Ou a lei do menor esforço, ou a “Lei da Banda Estreita”: para que gastar tanto capital político num problema que a banda larga por si só resolverá ?
Ledo engano, amigo navegante.
A banda larga é o trilho.
A democracia é o que vem dentro do vagão que corre no trilho.
Por falar em Congresso, os Amigos do Presidente Lula mostram que o favorito para presidir a Comissão da Ley de Medios, a Comissão de Comunicação, é um mensalista tucano de Minas Gerais, autor do AI-5 Digital, Eduardo Azeredo.
Então, amigo navegante, fica combinado assim.
Os filhos do Roberto Marinho se trancam na sala com o Tony.
Celulares desligados.
E Senador Evandro Guimarães fica do lado de fora.
Quando estiver tudo acertado, eles chamam o Azeredo para aprovar na Câmara.
Viva o Brasil !

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Palocci e mensalista tucano vão escrever Ley de Medios | Conversa Afiada

Folha e ditadura: "Fumei mas não traguei"


O carro da Folha usado pelos torturadores como forma de apoio à ditadura. “Mas, quase toda a grande imprensa apoiou.” Então tá.

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Altamiro Borges:

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Folha e ditadura: "Fumei mas não traguei"

Reproduzo artigo de Rodrigo Vianna, publicado no blog Escrevinhador:
A presença de Dilma na festa (?!) da “Folha” foi o aspecto mais comentado pelos internautas nas observações sobre o aniversário de 90 anos do jornal. Eu estava em Buenos Aires, e lá a notícia foi outra. Numa nota de pé de página, o jornal “La Nacion” trouxe, na terça-feira, informação de que desconfiei a princípio: “Folha” admite que apoiou a ditadura.
Achei que os argentinos não tinham entendido direito o assunto, até porque a nota fazia referência também ao fato de a Folha” chamar a ditadura de “ditabranda”…
Mas leio no blog do Eduardo Guimarães que a “Folha” admitiu mesmo o apoio à ditadura.
Admitiu daquele jeito dela. Disse que apoiou o golpe (mas, veja bem, quase toda grande imprensa apoiou)… Disse que carros do jornal “teriam” sido usados por agentes da repressão (mas, veja bem, “a direção da Folha sempre negou ter conhecimento do uso de seus carros para tais fins”).
A “Folha” lembrou-me um pouco o Bill Clinton, ao ser pergunatdo se tinha experimentado maconha na juventude: “sim, fumei, mas não traguei”. Ou, pra ser mais escrachado, a “Folha” lembrou-me da frase do roqueiro Lobão, que meus filhos adolescentes adoram citar: “peidei, mas não fui eu”.
Melhor não dizer mais nada. Fiquem com a narrativa “oficial” publicada pelo jornal.
*****
A Folha apoiou o golpe militar de 1964, como praticamente toda a grande imprensa brasileira. Não participou da conspiração contra o presidente João Goulart, como fez o “Estado”, mas apoiou editorialmente a ditadura, limitando-se a veicular críticas raras e pontuais.
Confrontado por manifestações de rua e pela deflagração de guerrilhas urbanas, o regime endureceu ainda mais em dezembro de 1968, com a decretação do AI-5. O jornal submeteu-se à censura, acatando as proibições, ao contrário do que fizeram o “Estado”, a revista “Veja” e o carioca “Jornal do Brasil”, que não aceitaram a imposição e enfrentaram a censura prévia, denunciando com artifícios editoriais a ação dos censores.
As tensões características dos chamados “anos de chumbo” marcaram esta fase do Grupo Folha. A partir de 1969, a “Folha da Tarde” alinhou-se ao esquema de repressão à luta armada, publicando manchetes que exaltavam as operações militares.
A entrega da Redação da “Folha da Tarde” a jornalistas entusiasmados com a linha dura militar (vários deles eram policiais) foi uma reação da empresa à atuação clandestina, na Redação, de militantes da ALN (Ação Libertadora Nacional), de Carlos Marighella, um dos ‘terroristas’ mais procurados do país, morto em São Paulo no final de 1969.
Em 1971, a ALN incendiou três veículos do jornal e ameaçou assassinar seus proprietários. Os atentados seriam uma reação ao apoio da “Folha da Tarde” à repressão contra a luta armada.
Segundo relato depois divulgado por militantes presos na época, caminhonetes de entrega do jornal teriam sido usados por agentes da repressão, para acompanhar sob disfarce a movimentação de guerrilheiros. A direção da Folha sempre negou ter conhecimento do uso de seus carros para tais fins.

Altamiro Borges: Folha e ditadura: "Fumei mas não traguei"

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

PDE: licenças e faltas já descontam em 1º de março

É melhor não ficar doente!

Participei nesta quinta, a convite da diretoria do SINDSEP, da mesa setorial de negociação da educação realizada entre sindicatos e SME. A pauta foi o PDE - Prêmio de Desempenho Educacional – 2011. O governo apresentou um resumo dos critérios que irão valer já a partir de 1º de março. O resumo pode ser visto na íntegra logo abaixo.
Rompendo o acordo com as entidades firmado em novembro, os representantes do governo foram claros quanto à posição do Secretário Alexandre Schneider de não negociar os critérios de pontuação individual. Faltas abonadas e licenças médicas continuarão sendo descontados. Os critérios de pontuação da unidade não foram apresentados e serão publicados posteriormente em decreto. Os representantes de SME não souberam responder se o Secretário se dispõe a negociá-los. A posição do SINDSEP foi de não negociar os demais critérios caso os critérios individuais não possam ser revistos. O sindicato entende que não deve servir ao governo de forma a respaldar uma proposta imposta de forma intransigente pela administração, sem qualquer grau de negociação.
Nos próximos dias postarei um artigo com minhas considerações sobre o papel da mesa de negociação, a política de gratificações X reajustes, e a resposta necessária da categoria na Campanha Salarial 2011.

Resumo disponibilizado por SME aos sindicatos em 24/02/11

Prêmio de Desempenho Educacional - 2011

Critérios para o cálculo:
-
tempo de exercício real no período de 1° de março a 30 de novembro de 2011;
- desempenho das unidades da SME - até 30 de outubro de 2011 – critérios fixados em decreto específico

Contagem do tempo:
- efetivo comparecimento/ regência;
- participação em reuniões pedagógicas, grupos de formação continuada e avaliação do trabalho educacional;
- atendimento às convocações da Secretaria Municipal de Educação e da Diretoria Regional de Educação;
- dispensas de ponto autorizadas pelo Secretário Municipal de Educação;
férias e recessos escolares;
- afastamento por licença nojo e convocação por júri.
OBS: faltas justificadas injustificadas, licenciamentos e outras ocorrências serão computadas como ausências.

Proporcionalidade:
- Jornada Básica do Professor - JB: 50% (cinqüenta por cento)
- Jornada Básica do Docente - JBD: 75% (setenta e cinco por cento)
- Jornada Especial Integral de Formação - JEIF, Jornada Básica de 30 (trinta) horas de trabalho semanais - J30, Jornada Básica do Gestor Educacional - JB40, Jornada Especial de 40 (quarenta) horas de trabalho semanais - J4O e Jornada Básica de 40 (quarenta) horas semanais - JB40: 100% (cem por cento)

Excetua os servidores:
- que tenham sido ou venham a ser apenados na forma dos artigos 186 e 187 da Lei n° 8.989, de 29 de outubro de 1979, no ano de 2011;
- que recebam as vantagens pecuniárias previstas no artigo 10 da Lei n° 14.938, de 2009.

Filhos do “seu” Frias tentam se re-inventar. Fingem que não apoiaram o Golpe

Publicado em 22/02/2011 Militantes põem fogo em camionete da Folha que servia aos torturadores

“Seu Frias”, combatente de 1932, contra Vargas e a favor de Secessão

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Ligo para o Vasco, navegador de longo curso, que tinha acabado de aportar, ainda sem saber se o que balançava era a embarcação ou ele próprio.
- Vasco, e a festa da Folha ?
- Bem que a Dilma poderia ter recusado o convite do Palocci.
- Você quer dizer “Tony” Palocci, corrijo.
- Sim, tudo bem. Você chama ele como quiser, mas não muda a essência dele. Vamos lá. Ela poderia dizer ao Palocci que não tinha engolido a ficha falsa. 
- Mas, Vasco, não seja irresponsável. Quem disse que o Tony foi o portador do convite ?
- Uma baleia que cruzou com o meu barco, ali na Taprobana.
- Mas, ela não tinha condição de dizer que não ia … que iria como Chefe de Estado …
- Prossiga, meu filho. Tenho mais o que fazer.
- Mas, e o que você acha desse beija-mão dos filhos do “seu Frias”, dessa bajulação à perigosa guerrilheira ? Não foram eles que recorreram à Justiça para saber se a Dilma tinha matado o John Kennedy ?
- Meu filho, eles pensam que são tão espertos quanto o pai.
- É, não são …
- Como os filhos do Roberto Marinho, como o Roberto Civita … eles envergonhariam o pai …
- Mas, por que pensam que são tão espertos quanto o pai ?
- Porque o “seu” Frias apoiou o regime militar de uma forma mais suja que até o Roberto Marinho.
- Como assim ?
- O Roberto Marinho apoiou no jornal nacional, nos editoriais que o Jorge Serpa escrevia no Globo. Ele não entrou na cova do leão.
- E o “seu” Frias, ele entrou na cova da OBAN ?
- O “seu Frias” emprestava os carros à OBAN, o “seu” Frias noticiava a morte em combate de militantes mortos pelos criminosos pelo regime militar … aquelas coisas todas.
- Mas ele noticiava mentiras ?, me fiz de incrédulo …
- Ele dava a notícia que correspondia à desculpa que os torturadores precisavam ter … Se quer chamar de mentira, pode chamar. Mas, é pior do que mentira. É crime.
- E, aí, como é que ele se re-inventou ?
- Aí, ele viu que ia afundar com os militares e aderiu às Diretas Já.
- Aderiu, como ?
- Contratou o Fernando Henrique e o Serra …
- Com “c”, por favor, interrompi. Padim Pade Cerra.
- Com “c” ou com cedilha. Contratou os esquerdinhas para fazer umas pesquisas de marketing.
- Mas isso não reinventa ninguém. Marketing por marketing o Gonzalez elegia o Cerra – com “c” !
- Não, aí ele contratou uns jornalistas sérios, de reputação ilibada. Até uns comunas.
- E enganou alguém ?
- Enganou os trouxas de São Paulo, que começaram a achar que a Folha tinha virado um jornal liberal, independente.
- E o “seu” Frias ?
- Chamava o Maluf pra conversar e morria de rir.
- E os filhos ?
- Agora, meu filho, a vaca foi pro brejo … Ainda se diz isso ?
-Não importa, Vasco, prossiga. Tenho mais o que fazer, respondi na mesma moeda.
- Agora, meu filho, a Folha não vale dez mil réis, quer dizer, Reais.
- Vale, sim, o que é isso, Vasco ? Vale muito, resolvi refutá-lo.
- Vale ? Você iria ao BNDES pedir dinheiro emprestado para comprar a Folha ?
- Nem a pau. E olha que o BNDES deu dinheiro para a BrOi …
- É melhor comprar o meu barco. Pelo menos esse flutua.
Pano rápido.
Paulo Henrique Amorim

Outro ângulo da reação à cumplicidade da Folha com os torturadores

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Filhos do “seu” Frias tentam se re-inventar. Fingem que não apoiaram o Golpe | Conversa Afiada

Nunca Dantes aumenta venda de computador em 23%. Que horror!

Publicado em 21/02/2011

Lula 10 x 0 FHC/Cerra

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Saiu no Globo (logo onde…):
Venda de computadores cresce 23,5% no Brasil em 2010, segundo IDC
SÃO PAULO – As vendas de computadores pessoais no Brasil em 2010 cresceram 23,5 % sobre o ano anterior, para 13,7 milhões de unidades, colocando o país na quarta posição mundial, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão.
Segundo a empresa de pesquisa de mercado IDC, o volume comercializado ficou perto da previsão de vendas de 13,8 milhões de unidades feita em novembro e que havia revisto estimativa de início de 2010, em que a empresa havia calculado as vendas este ano em 13,2 milhões de PCs.
O destaque das vendas ficou com o terceiro trimestre, que registrou vendas de 3,6 milhões de equipamentos, segundo a IDC. “O quarto trimestre de 2010 mostrou um cenário diferente do que víamos no passado, quando eram vendidos mais computadores por conta do Natal. Com a antecipação do varejo nas compras de final de ano, o terceiro trimestre de 2010 foi mais forte”, afirma a empresa de pesquisa em comunicado à imprensa.}
(…)

NAVALHANavalha

Clique aqui para ler “Anatomia da inveja – ou rancor – do FHC”.
Clique aqui para ler “Entrevista de Cerra ao Globo é um estelionato eleitoral”.
Clique aqui para ler “Dilma investe R$ 120 bilhões no Nordeste e pega o estelionatario de calça curta”.
Que horror !

Paulo Henrique Amorim

Nunca Dantes aumenta venda de computador em 23%. Que horror! | Conversa Afiada

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dilma vai rasgar a certidão de nascimento da pobreza

Publicado em 21/02/2011

A pobreza no Brasil tem uma certidão de nascimento: o Nordeste.

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Com essa frase, a JK de saias mostrou, em Aracaju, aos governadores do Nordeste que tem foco:

“Não há uma solução para o Brasil sem uma solução para o Nordeste e não há uma solução para o Nordeste sem uma solução para o Semiárido.”

Clique aqui para ir ao blog da Dilma.
A JK de saias garantiu investimentos de R$ 120 bilhões no Nordeste.
Mesmo com o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, ela garantiu pisar no acelerador com o PAC 2, o Minha Casa, Minha Vida, as obras para a Copa do Mundo e programa de Mobilidade Urbana, para construir metrô nas grandes cidades brasileiras.
O Padim Pade Cerra apropriou-se da expressão “estelionato eleitoral” para acusar a JK de saias de prometer obras que não realizará.
O estelionato do Padim Pade Cerra não durou 24 horas.
Três horas depois que O Globo chegou às bancas com a inútil entrevista do Cerra, a presidenta anunciava uma Secretaria Nacional de Irrigação.
A presidenta pegou o estelionatário de calças curtas.
No mesmo encontro em Aracaju ela cumpriu outra promessa de campanha: criou o Ministério de Pequenas e Médias Empresas.

Paulo Henrique Amorim

Dilma vai rasgar a certidão de nascimento da pobreza | Conversa Afiada

Plano de trabalho do Barão de Itararé

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Altamiro Borges:

Além do debate sobre a regulação da mídia, prosseguem as polêmicas sobre o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O projeto, apresentado no final do governo Lula, esbarra na resistência das poderosas empresas de telefonia, as teles, e também é alvo de críticas de setores dos movimentos sociais. A universalização da internet de alta velocidade se coloca como questão estratégica para o desenvolvimento do país e para a ampliação da democracia.
Estes dois eixos centrais – marco regulatório e banda larga – são encarados hoje como prioridades dos movimentos que lutam pela democratização dos meios de comunicação no Brasil. Esse movimento cresceu na fase recente, principalmente no processo da Confecom, e tornou-se mais diversificado e amplo. Há um esforço para garantir maior unidade na diversidade, que passa pelo revigoramento do FNDC e por várias outras iniciativas – com destaque para a nova rede de blogueiros progressistas.
É neste contexto, bastante rico, que se encaixam as ações do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, entidade ainda jovem, criada em 14 de maio de 2010, mas que já adquiriu certa visibilidade e credibilidade. Ele é que emoldura o plano de trabalho proposto para 2011, que deverá concentrar as energias em quatro frentes: regulação da mídia, PNBL, fortalecimento das iniciativas da mídia alternativa (com destaque para o movimento dos blogueiros) e estruturação do Barão de Itararé.
Regulação da mídia
- Montagem de um grupo de estudo, encabeçado pelo professor Marcos Dantas, para analisar o projeto de marco regulatório em discussão no governo e apresentar uma proposta concreta do Barão de Itararé;
- Contribuir na formação da frente parlamentar em defesa do novo marco regulatório;
- Intensificar o debate no país sobre a Ação Direta de Omissão (ADO) do parlamento na regulamentação do setor, conforme proposta apresentada pelo jurista Fabio Konder Comparato;
- Estreitar os laços com os movimentos sociais para inseri-los ainda mais nesta luta de caráter estratégico; solicitar inclusão do Barão de Itararé na Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS);
Plano Nacional de Banda Larga
- Participar de todas as articulações, locais e nacionais, visando construir uma campanha massiva e unitária pela implementação e aperfeiçoamento do Plano Nacional de Banda Larga;
- Estudar a possibilidade da montagem de um frente parlamentar em defesa do PNBL;
- Utilizar o gibi “Eu quero banda larga”, produzido pelo Barão de Itararé, como instrumento desta campanha; promover lançamentos/debates nos principais estados;
Mídia Alternativa
- Priorizar a organização, preservando sua horizontalidade e diversidade, do movimento dos blogueiros progressistas. Contribuir na organização dos encontros estaduais e nacional;
- Acelerar o sítio de agregadores de blogs e estudar mecanismos para viabilizar a rede jurídica de apoio aos blogueiros e a cooperativa de financiamento dos blogs;
- Organizar os seminários sobre “as mulheres na blogosfera” e o “sindicalismo na internet”;
- Intensificar o debate sobre o ingresso no Fórum Nacional de Democratização das Comunicações (FNDC), garantindo sua ampliação, maior pluralidade e autonomia das entidades filiadas;
- Retomar a organização do Fórum de Mídia Livre (FML), como espaço que congregue iniciativas midialivristas, academia e produtores de conteúdo; fortalecer a Altercom e outras iniciativas;
- Contribuir na retomada da rede nacional de comunicadores sociais em apoio à reforma agrária;
- Desenvolver campanhas em defesa da liberdade de expressão, contra qualquer tipo de censura e perseguição. De imediato, lançar a campanha em apoio ao sítio satírico Falha de S. Paulo;
Estruturação do Barão de Itararé
- Lançar oficialmente a campanha “Sou amigo do Barão”, com a associação de pessoas físicas e jurídicas;
- Estimular a montagem de núcleos amplos e dinâmicos do Barão nos principais estados;
- Fixar com meta a locação de uma sede em 2011;
- Organizar o 1º Curso Nacional de Comunicadores para julho;
- Estabelecer parceria com a Escola Livre de Jornalismo para cursos em vários estados;
- Estabelecer parceria com o Ipea para curso de jornalismo econômico; e com o Opera Mundi e Cebrapaz para curso de jornalismo internacional;
- Criar o selo Barão de Itararé para publicação de livros sobre mídia e estabelecer parcerias com editoras;
- Apresentar projetos de pesquisa e analisar editais de incentivo ao estudo sobre mídia;
Cronograma de trabalho
Janeiro:
11/01 – Debate sobre panorama da mídia e lançamento do livro do Ipea. Presenças de Marcio Pochmann, Daniel Castro, Fabio Konder Comparato e Paulo Henrique Amorim. Quase 150 pessoas presentes no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo;
Fevereiro:
18/02 - Lançamento do Barão de Itararé no Ceará. Debate sobre "mídia, regulação e democracia" com o jornalista Paulo Henrique Amorim. Cerca de mil pessoas lotaram o auditório da Faculdade de Direito da UFCE;
26/02 - Seminário sobre liberdade na internet e banda larga;
Março:
15/03 – Debate e lançamento de livro sobre “cerco midiático a Cuba” – Mario Jakobskind, Fernando Moraes, Frei Betto e Cubadebate;
18, 19, 20/03 – Seminário sul-americano sobre regulação da mídia;
- Montagem dos núcleos estaduais do Barão de Itararé;
- Encontros estaduais de blogueiros – RN, PA, MT;
Abril:
01/04- Debate e lançamento de livro sobre “Constituição e mídia” – Emiliano José, Luiza Erundina e Jandira Feghali;
- Encontros estaduais de blogueiros – RS, SP, PR, RJ, CE;
- Montagem dos núcleos estaduais do Barão;
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Tucanos tentam outro golpe: o voto distrital

Publicado em 19/02/2011 Na foto, garrafinhas de voto distrital e para curar dor de cotovelo

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Quando o Farol de Alexandria fala que o Brasil precisa “avançar”, o amigo navegante não pode ter dúvida.
Para o Farol, “avançar” é copiar a Metrópole.
Essa história de “descrimalização”, por exemplo.
É coisa de tucano e um exemplo de “avanço”.
Quando eles perdem a eleição – o Farol e o Padim Pade Cerra – eles tentam “avançar”.
E tiram da prateleira da Metrópole dois Golpes “avançados”.
O Parlamentarismo inglês.
E o voto distrital inglês e americano.
É charlatanismo para fraudar a representação popular.
Para evitar aquilo que dá urticária no Otavinho: a “democracia de massa”.
Eles têm pavor daquela praça no Cairo, cheia de gente.
Sobre a “poção mágica” do voto distrital leia o que o deputado Ricardo Berzoini e Athos Pereira escreveram.
(Espera-se que, com o mesmo talento, os dois defendam a Ley de Medios.)

O golpe do voto distrital
Sempre que necessário a direita brasileira recorre a seus alfarrábios coloniais para vender seu peixe. Neste momento em que se começa a debater uma reforma política para aperfeiçoar nossa democracia, os conservadores recorrem a uma mistificação em torno das supostas virtudes do voto distrital e tenta nos vender o sistema eleitoral falido da Inglaterra – na expressão utilizada pelo Primeiro Ministro Gordon Brown, em 10 de maio de 2010 -; como a última panacéia democrática.
Um dos princípios básicos da democracia consiste em garantir que a cada eleitor corresponda um voto. Para as eleições legislativas o sistema que pode garantir o princípio a cada eleitor um voto é o sistema proporcional e este sistema é quem também pode garantir a pluralidade que se espera de qualquer legislativo que se respeite.
O sistema de voto majoritário é próprio para a escolha democrática de dirigentes do executivo (prefeitos, governadores e presidentes) e pode, sem prejuízo para a democracia, dispor de um segundo turno para dar maior legitimidade ao governante escolhido pelo povo, como ocorre no Brasil.
Mas todos sabem que não há nenhuma obra humana que não seja passível de adulteração. Aqui no Brasil, o voto proporcional que é um sistema virtuoso e garante pluralidade tem sofrido deformações que prejudicam seu bom funcionamento. A Emenda Constitucional nº 8, parte do Pacote de abril de 1977, iniciou uma grave distorção. A ditadura tentava evitar uma derrota anunciada para 1978. O parágrafo 2º do Artigo 39 daquela emenda estabelecia um piso mínimo de deputados por Estado: seis. E o teto de 55. O § 3º do mesmo Artigo 39 estabelecia que cada Território, com exceção de Fernando de Noronha, elegeria dois deputados.
Os constituintes de 1988 radicalizaram o processo de deformação do sistema proporcional, estabeleceram um piso de oito deputados por unidade da federação (Artigo 45, § 1º da atual Constituição). O argumento de que esta deformação decorre da necessidade da manutenção do equilíbrio federativa não procede. O equilíbrio federativo é dado pelo Senado, onde cada Estado está igualitariamente representado por três senadores. A ditadura e a constituinte causaram danos ao nosso sistema proporcional. Uma reforma política democrática requer uma revisão rigorosa do dispositivo constitucional acima citado.
Antes de falar do sistema majoritário aplicado a eleições legislativas, que é uma orgia perpétua muito comum no mundo anglo-saxônico, é bom lembrar os percalços do funcionamento da votação majoritária americana para a eleição do presidente da República.
Lá, o voto popular tem um filtro. Antes de ir diretamente para o candidato escolhido pelo eleitor, ele vai servir para eleger uma delegação a um colégio eleitoral que realmente elegerá o Presidente. Para um desavisado, pareceria óbvio que cada candidato a presidente teria um número de delegados proporcional ao número de votos populares que obteve. Quem teve 30% dos votos populares, levaria 30% dos delegados. Mas não é assim.
Estes resquícios de um federalismo obsoleto e de um paroquialismo distrital contaminam o sistema eleitoral americano e produzem deformações. Cito Jairo Nicolau (Sistemas Eleitorais): “Nos Estados Unidos, o presidente não é eleito diretamente, mas por um colégio eleitoral. Os delegados do Colégio Eleitoral são eleitos em cada estado por intermédio de um sistema de maioria simples na sua versão de voto em bloco partidário, ou seja, em cada estado, o candidato mais votado elege todos os representantes. O estado da Califórnia, por exemplo, tem 47 delegados no Colégio Eleitoral. O partido do candidato presidencial mais votado na Califórnia elege todos os delegados.
Essa é a razão da discrepância quando se compara o percentual de votos recebidos pelos candidatos nas eleições e no Colégio Eleitoral. No pleito de 1992, por exemplo, Bill Clinton obteve 43% dos votos nas eleições, mas recebeu o apoio de 69% dos membros do Colégio Eleitoral”.
Vale também mencionar as eleições presidenciais americanas de 2.000, quando Al Gore obteve mais votos populares do que George W. Bush, mas perdeu no Colégio Eleitoral numa disputa acirrada pelos votos da Florida decidida a favor de Bush por 500 votos e depois de muitas denúncias de fraude.
Esses dois exemplos mostram que a cultura distrital prejudica o bom funcionamento da democracia até nas eleições para cargos executivos. A aplicação deste sistema nas eleições legislativas tem se revelado ainda mais danosa.
A primeira vítima do sistema distrital é a pluralidade. Este sistema tende a privar de representação parlamentar as minorias, por mais expressivas que elas sejam; cria condições para que minorias sociais se transformem em maiorias parlamentares; tende a impor um bi-partidarismo que seguramente está longe de refletir a complexidade das sociedades modernas e elimina completamente a oportunidade de fazer com que a cada cidadão corresponda um voto, como deve ser nas democracias.
No sistema distrital, o voto é majoritário. Numa disputa entre dois candidatos de um determinado distrito, o candidato que conquistar um voto a mais que o adversário leva tudo. Aquele candidato que obtiver um voto a menos perde tudo. O voto majoritário, repita-se, é democrático para a escolha de candidatos a cargos executivos, prefeito, governador, presidente. Nestes casos, só existe uma vaga a ser preenchida, é normal que aquele que tenha conquistado um voto a mais seja declarado vencedor. Outra coisa é uma eleição para o legislativo, onde existem várias vagas. Aí o normal é que as cadeiras da assembléia sejam distribuídas proporcionalmente ao número de votos obtidos por cada partido.
Mas no sistema distrital não é assim. A votação de cada partido não expressa necessariamente o número de vagas que ele obterá no parlamento. Vejamos alguns exemplos. Tratando de eleições realizadas no Canadá em 1993, Jairo Nicolau (Sistemas Eleitorais – pg. 18) informa: “O Partido Conservador, que obteve 16,0% dos votos espalhados pelo território, elegeu apenas dois deputados, enquanto o Bloco de Quebec, com votação concentrada (13,5%), elegeu 54 deputados. O Partido da Nova Democracia, com apenas 6,9% dos votos, elegeu nove deputados”. Uma evidente deformação.
Discutindo as eleições de 1996 na Austrália, Jairo Nicolau (op. Citada. Pg. 26) registra: “Os Trabalhistas, que receberam 38,8% dos votos, ficaram com 33,1% das cadeiras, enquanto os Liberais, com 38,7% dos votos, obtiveram 51,3% da representação parlamentar.” É minoria social assumindo o papel de maioria parlamentar por artes de um sistema eleitoral caduco.
As últimas eleições realizadas no Reino Unido, 6 de maio de 2010, também produziram resultados extravagantes. O Partido Trabalhista obteve 29,0% dos votos e com esta votação conquistou 39,69% das cadeiras. Já o Partido Liberal Democrático obteve 23,1% dos votos para conquistar apenas 8,76%. É importante registrar que estes resultados incongruentes não são uma novidade.
Essa é uma situação que perdura desde as eleições de 1948, quando o voto distrital passou a ser o único sistema aplicado no Reino Unido.
O Partido Liberal Democrático foi prejudicado em todos os pleitos do pós-segunda guerra no Reino Unido. Ao longo deste período obteve em média 12,4% dos votos populares e apenas 1,9% das cadeiras do parlamento. Só agora, em 2010, quando ajudou os conservadores a formar um governo de coalizão, obteve a promessa de uma revisão do absurdo e obsoleto sistema eleitoral vigente na Grã-Bretanha. O primeiro ato desta reforma política vai acontecer em maio próximo quando a população vai ser consultada sobre a conveniência de uma reforma do sistema para introduzir nele elementos de proporcionalidade que podem finalmente introduzir a pluralidade no parlamento britânico.
Enquanto os britânicos em maio irão às urnas para conquistar a pluralidade, aqui precisamos estar atentos para defender e ampliar a nossa pluralidade das ameaças da parte da direita que tem dificuldade para conviver com a democracia e, por isso mesmo, está preparando o engodo do voto distrital ou de suas variações.
Ricardo Berzoini é deputado federal pelo PT-SP e ex-presidente nacional do PT
Athos Pereira é assessor político da Liderança do PT na Câmara

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