quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Privatas do Caribe: livro de repórter identifica esquema de espionagem tucano

Onde se lava mais branco não somente o dinheiro sujo da corrupção, mas também o do narcotráfico, do contrabando de armas e do terrorismo.

por Luiz Carlos Azenha

O novo livro de Amaury Ribeiro Jr., Privatas do Caribe, já foi entregue à editora.

Acrescido de uma informação bombástica sobre o esquema de espionagem que teria servido ao ex-governador paulista José Serra desde 2008, inclusive no período eleitoral de 2010. Segundo Amaury, Serra recorreu a uma empresa de um ex-agente do Serviço Nacional de Informações, paga com dinheiro público.
O Amaury garante que, desta vez, o livro sai: o lançamento será entre o final de outubro e o início de novembro.
O trecho que li é muito bem documentado e, politicamente, devastador.
Segue a abertura do livro:

Privatas do Caribe
A fantástica viagem das fortunas tucanas desde os porões da privataria até o paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas
Amaury Ribeiro Jr.

Prepare-se: o que está logo adiante não é uma narrativa qualquer.
Você está embarcando em uma grande reportagem que vai devassar os subterrâneos da privatização realizada no Brasil sob FHC.

Os porões da privataria.
É, talvez, a mais profunda e abrangente abordagem jamais feita deste tema.
Mas que não se limita a resgatar a selvageria neoliberal dos anos 1990, que dizimou o patrimônio público nacional, deixando o país mais pobre e os ricos mais ricos.
Se fosse apenas isso, o livro já se justificaria.
Mas vai além ao perseguir a conexão entre a onda privatizante e a abertura de contas sigilosas e de empresas de fachada nos paraísos fiscais da América Central.
Onde se lava mais branco não somente o dinheiro sujo da corrupção, mas também o do narcotráfico, do contrabando de armas e do terrorismo.
Um ervanário que, após a assepsia, retorna limpo ao Brasil.
Resultado de uma busca incansável de mais de dez anos do autor, Amaury Ribeiro Jr. — um dos mais importantes e premiados repórteres investigativos do país, com passagens por IstoÉ, O Globo, Correio Braziliense entre outras redações — o livro registra as relações históricas de altos próceres do tucanato com a realização de depósitos e a abertura de empresas de fachada no exterior.
Devota-se particularmente a perscrutar as atividades do clã do ex-governador paulista José Serra nesse vaivem entre o Brasil e os paraísos caribenhos.
Sempre calcado em documentos oficiais, obtidos em juntas comerciais, cartórios, no ministério público e na Justiça.
Assim, comprova as movimentações da filha do ex-candidato do PSDB à Presidência, Verônica, e as de seu marido, o empresário Alexandre Bourgeois.
Que seguiram, no Caribe, as lições do ex-tesoureiro de Serra e eminência parda das privatizações, Ricardo Sérgio de Oliveira.
Descreve ainda suas ligações perigosas com o banqueiro Daniel Dantas.
Detém-se na impressionante trajetória do primo político de Serra, o empresário Gregório Marin Preciado que, mesmo na bancarrota, conseguiu participar do leilão das estatais.
E arrematar empresas públicas!
Estas páginas também revelarão que o então governador Serra contratou, com o aporte dos cofres paulistas, um renomado araponga antes sediado no setor mais implacável do Serviço Nacional de Informações, o extinto SNI.
E que Verônica Serra foi indiciada sob a acusação de praticar o crime que, na disputa eleitoral de 2010, acusou os adversários políticos de seu pai de terem praticado.
Desvinculado de qualquer filiação partidária, militante do jornalismo, Ribeiro Jr. do mesmo modo como rastreou o dinheiro dos privatas do Caribe, esteve na linha de frente das averiguações sobre o “Mensalão”.
Seu olhar também visitou os bastidores da campanha do PT para averiguar os vazamentos de informações que perturbaram a candidatura presidencial em 2010.
E sustenta que, na luta por ocupar espaço a qualquer preço, companheiros abriram fogo amigo contra companheiros, traficando intrigas para adversários políticos incrustados na mídia mais hostil à Dilma Rousseff.
É isso e muito mais. À leitura.

O Editor

5 de setembro de 2011 às 21:17

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Privatas do Caribe- livro de repórter identifica esquema de espionagem tucano - Viomundo - O que

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Funcionários públicos - baderneiros!!

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Kassab e suas prioridades – foto: Marco Godoy/Sindsep

Recebi um e-mail com o texto abaixo, bem interessante, que vale a divulgação. A imagem é um recorte da foto é do colega jornalista do SINDSEP, Marco Godoy.

Amigos leitores!

Estava eu, passando pela rua Vergueiro ontem, quando me deparei com uma cena inusitada. Um bando de de baderneiros, arruaçando na avenida com faixas, cartazes e apitos.
Atentei para alguns rostos e me pareceram familiares alguns deles. Notei se tratar dos funcionários da SVMA que lutam por aumento nos salários e condições melhores de trabalho.
Ora bolas! Um absurdo essa manifestação? Querem aumento de salário?O prefeito não já aumentou em 0,01%? Querem mais que isso?
Funcionários estão sempre descontentes né? A sobrecarga de funções, o excesso de deliberação, falta de gente, tudo isso faz parte. Funcionário público tem que valer por dois mesmo. Melhor, se dividir em 3. Tem de servir o estado, a população e sua própria família. Esta deve vir por último.
Ainda têm a ousadia de querer comparar seu aumento de salário com o do Kassabão. Se o Kassab teve aumento de quase 100% esse ano, é por sua luta incessante contra a corrupção e por sua história política. Ele foi... foi... foi vereador!! Mesmo que ninguém lembre, foi sim um vereador em 1995. Ah, e nao podemos esquecer que foi secretario do Pitta. Tá certo que aumentou seu patrimonio na época em mais de 300%, mas foi graças a sua competência. Tanto que um grande desembargador mandou pararem com um processo que queria saber como ele tranformou a competência em recurso financeiro.
O Kassab aumentou seu patrimonio de meros 100 mil, para 5 milhoes em apenas 10 anos de dedicação à vida pública. Um gênio! Precisa desse aumento de salário para se equiparar a sua condição financeira.
Não posso deixar de me revoltar com o descalabro desses servidores, em criticar o aumento de 250% dos secretários. É uma ofensa!!
Nossos secretários estão lá por formação acadêmica, por capacidade técnica. Jamais ocupariam um cargo técnico por amizade, esquema ou qualquer coisa dessas. Estão lá por pura competência técnica. Afinal, é um cargo importante. Não vemos muito suas ações, porque não temos a mesma capacidade intelectual para interpretar suas ações. Mas estão lá, incansavelmente trabalhando.
No mais, acho essa greve descabida. Afinal, os servidores tem tudo que precisam para servir a sociedade. Um mesa, uma cadeira, uma garrafa de café, e são tão bem considerados, que possuem um acúmulo de funções nos seus cargos. Jamais São Paulo valorizou tanto seus amados servidores como nessa gestão.

Silvano - Projeto Mais Verde

domingo, 4 de setembro de 2011

Kassab, a greve do serviço funerário e a mídia

Em resposta a uns colegas servidores municipais, indignados com o tratamento dado pela grande imprensa à nossa greve, deixei um comentário no Facebook para esclarecer aqueles que ainda tem expectativas de apoio dos grandes meios de comunicação. Como creio ser oportuno, republiquei aqui no blog.

“Os grandes meios de comunicação são isso mesmo! A culpa não é do repórter, não! O problema está na linha editorial. As TVs e os jornais determinam as pautas que os jornalistas devem buscar informação. No caso de nossa greve, a pauta focou inicialmente no sofrimento das famílias. Não fosse a greve no serviço funerário, dificilmente a grande mídia teria tanto interesse pelos demais setores. Os repórteres têm a missão de levantar a desgraça que vai virar reportagem. Somente depois de alguns dias que a mídia começou a perguntar sobre a versão do sindicato sobre as negociações e mesmo assim, a maioria sequer divulgou. A edição segue a linha editorial definida pelos donos das mídias. Geralmente eles têm seguido a linha de criminalizar os movimentos sociais, populares e sindicais. Apoiam as terceirizações e privatizações. Defendem as políticas liberais que defendem a proteção do capital e dos bancos. Em momento de crise eles defendem o corte nas políticas sociais como tem acontecido na Europa e EUA e depois criminalizam as revoltas resultantes dessas políticas como fizeram contra os revoltosos da Inglaterra. Quem acompanha a mídia alternativa e blogs progressistas sabe que o governo municipal e estadual têm sido blindado por Folha, Veja, Estadão e Globo, para não falar de outros veículos de comunicação. A Abril tem grandes contratos com o governo do Estado e com a Prefeitura. Globo e Folha se tornaram o que são apoiando a ditadura. O Estadão não foi diferente. Eles defendem o dinheiro. Serviço e servidor público é algo que se opõe ao que eles defendem. Governos como o de Kassab representam os interesses dos mesmos que sustentam esses grandes veículos. Pouco tem sido investigado, por exemplo, pela mídia, sobre as relações da AIB (Associação Imobilliária Brasileira) com Kassab cuja campanha foi financiada em 2008 de forma irregular a ponto de quase ser cassado o seu mandato. Infelizmente, o Ministério Publico não conseguiu provar se a AIB era uma fachada para o sindicato das construtoras, com grandes interesses em mudar o zoneamento da cidade. Por outro lado, o MP conseguiu impedir em 2009 que Kassab aprovasse mudanças no plano diretor. Todas essas informações podem ser pesquisadas na imprensa, mas de forma isolada. Ninguém fez uma reportagem juntando os fatos e trazendo ao público, inclusive exigindo uma investigação maior sobre os incêndios em favelas nos finais de semana, sobre o funcionário contratado pela SEHAB para aterrorizar e espantar moradores das favelas, sobre a especulação imobiliária em São Paulo e a construção das linhas do Metrô de forma a valorizar áreas de interesse das construtoras. Ou seja, a cobertura da grande mídia seguirá a linha editorial de demonstrar como os servidores prejudicam a cidade e os cidadãos com suas greves. Vão insinuar que se trata de um bando de vagabundos intransigentes diante de um bom Prefeito que ofereceu 15%. Vão omitir ou tornar imprecisas as informações do sindicato como a da contraproposta que o Prefeito recusou, tudo isso para preservar Kassab. Enquanto isso, imensa parte da população, cuja formação política se constrói diariamente pelo Jornal Nacional, os Homer Simpson, como Willian Bonner classificou seu público, acabam renovando a imagem negativa sobre o servidor público. E quem sabe, Kassab, apesar de um ser politicamente inexpressivo, continue na vida pública. Um prefeito que surgiu das sombras, cujos principais feitos políticos foram ser um desconhecido vereador eleito pela Associação Comercial de São Paulo, ser Secretário de "Planejamento" do governo Pitta (tá explicado) e responsável pelo Plano Diretor na época (talvez sua maior experiência). De política ele entende, como disse no
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Kassab: Meu governo é de centro-esquerda!
Roda Viva que seu novo partido não é de esquerda, nem de direita, porque, ainda segundo ele, isso não faz diferença. Na mesma entrevista disse que seu governo é de centro-esquerda, apesar de não fazer diferença. Só não disse se estava usando como referência o nazismo, para considerar sua gestão de centro-esquerda. Sobre greve, como informou a Globo, ele entende que não é um instrumento de negociação. O que sabe o Kassab (perdoem-me pela piada) sobre negociação? Talvez saiba sobre aquelas que fez para montar o PSD. Ou para aprovar projetos na Câmara. Com os servidores, Kassab não aprendeu nenhuma lição. Se não aprender nada logo, tudo indica que Kassab será reprovado como Prefeito.”

sábado, 3 de setembro de 2011

Enterrando a gestão Kassab

Blog Trágico e Cômico

Em mais uma greve na cidade de São Paulo, dessa vez é o serviço funerário que parou de funcionar nessa semana, reivindicando melhores salários. Bem que eles podiam ter nos avisado antes, né? Aí a gente enterrava antes do fim do mandato essa desastrosa gestão Kassab, que morreu de inanição moral e administrativa.

Diante de tanta repercussão negativa — primeiro com o Aquassab, depois com o PSD —, Jilberto Caçab prepara uma contra-ofensiva, com um pacotão de bondades para escarnecer o eleitor e tentar recuperar os votos perdidos.

Morar numa cidade sob a gestão Kassab se tornou algo tão degradante que nem morrer sossegado o cidadão consegue mais…

Trágico e Cômico - Jornal da Tarde

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Release para a Imprensa sobre a greve dos servidores

SINDSEP encaminha release para a imprensa desconstruindo mentiras divulgadas.

“Nesta quinta-feira, 1º de setembro, os trabalhadores realizaram ato/assembleia em frente ao Gabinete do Prefeito. Mediante as chantagens feitas pelo Prefeito contra os funcionários públicos, se utilizando dos meios de comunicação, e por não abrir qualquer canal de comunicação, os servidores municipais decidiram pela manutenção da greve até segunda-feira quando se realizará novo ato e assembleia a partir das 10 horas em frente ao Gabinete do Prefeito.

Mais uma vez, o SINDSEP vem a público para desfazer as mentiras veiculadas a partir das informações do governo, algumas vezes sem confrontar com os dados do sindicato.

O sindicato entregou em fevereiro a reivindicação de reposição de perdas acumuladas em 39,7% equivalente ao período inflacionário de 2005 a 2010.

Não houve qualquer contraproposta do governo até a greve de 21 de junho.

Na época, o governo apresentou um projeto que aumentou de 545 para 630 Reais o píso mínimo. Isso significa que qualquer servidor que somando salário, gratificações e outros benefícios tiver vencimentos menor que os R$ 630, receberá um complemento. A medida contemplou cerca de 500 servidores da ativa em um universo de 142 mil trabalhadores. No entanto, parte da mídia permanece divulgando que Kassab deu reajuste de 15%. Porém, o salário padrão inicial do nível básico da PMSP permanece em 440 Reais desde 2003.

O governo se comprometeu ainda na greve de junho a apresentar proposta de recomposição para as categorias excluídas de qualquer reajuste, saúde, e profissionais do nível básico, médio e universitário das diversas secretarias da PMSP, o que corresponde a mais de 50 mil servidores.

Em 18 de agosto a única proposta apresentada foi a de um reajuste de 11,23% somente para 2012 e restrito aos quadros da saúde. Isso mantém a situação de 2011 a mesma e exclui cerca de 25 mil trabalhadores de propostas salariais, dentre os quais, os 1366 trabalhadores do serviço funerário. Mediante a irredutibilidade do governo em negociar essa propostas, os trabalhadores, inclusive da saúde decidiram entrar em greve a partir de 30 de agosto. Nesta data, recebido pelo governo, o sindicato propôs o parcelamento dos 39,7% para os próximos anos, com um aceno de no mínimo garantir para saúde e demais quadros excluídos, a partir de maio de 2011, as perdas de 2010 segundo o IPC-Fipe, calculada em 6,4%. O governo disse que não negocia a proposta deles e encerrou as negociações, o que obrigou os trabalhadores a manterem a greve.

Buscando reabrir as negociações, o sindicato e os representantes das unidades em greve buscaram um diálogo com a Presidência da Câmara Municipal, o Vereador Pólice Neto. O Presidente após fazer os trabalhadores esperarem uma hora, entrou e imediatamente, ainda de pé, segurou o microfone para informar que não podia intervir pela negociação com o executivo, porque estávamos em greve. Se recusou a ouvir os trabalhadores, o que os deixou revoltados com a postura do parlamentar que disse que já conhecia as demandas dos servidores. No entanto, não foi o que pareceu, uma vez que alegou que as negociações deveriam ser feitas com a Autarquia, quando, na verdade, a maior parte dos representantes presentes, do verde, finanças, saúde eram da administração direta.

Hoje, 02 de setembro, os comandos de greve das unidades paradas e os trabalhadores do serviço funerário estarão reunidos às 15 horas no SINDSEP para definirem rumos da mobilização até segunda-feira e a discutirem a decisão judicial de que a greve do serviço funerário deve ser suspensa.

Às 11 horas, trabalhadores e usuários do Hospital Municipal Artur Ribeiro de Saboya (Jabaquara) realizarão um abraço simbólico em torno do hospital.

O Hospital que estava apenas com alguns setores parados deve ampliar a greve nesta sexta.”