sábado, 28 de abril de 2012

O desmonte da máfia midiática

Nesta semana vi no Jornal Nacional a matéria que citava a denúncia do site 247 sobre os depósitos milionários na conta do Senador do DEM, Demóstenes Torres nas suas relações espúrias com o bicheiro Cachoeira. Naturalmente, a Globo sempre poupa sua parceira de sacanagens editoriais, a revista Veja que foi pautado esses anos todos pela bandidagem, como tem descoberto a Polícia Federal. A Globo deu o mesmo destaque tanto para os milhões de Demóstenes quanto para procurar, de alguma forma, provar que Agnelo, Governador do DF pelo PT, conhecia Cachoeira. Isso mesmo. A barbeiragem editorial tratou com o mesmo peso a relação criminosa entre um Senador e um bandido, e a informação quanto a um governador petista conhecer ou não o bicheiro amigo da Veja.
O primeiro sinal da decadência desse tipo de jornalismo começa a se delinear quando o JN é obrigado a se pautar por um site de notícias. Mas a derrocada começa de fato, quando as mãos grandes desses barões da comunicação não conseguem mais esconder suas próprias sujeiras, também por causa da internet. A notícia abaixo começa a dar sentido para as tentativas de incriminação de Agnelo. Demóstenes, Cachoeira e Veja tentaram derrubar Agnelo por ser um obstáculo às tentativas de enfiar a Construtora Delta no Governo do Distrito Federal. A Construtora é pivô nos esquemas do bicheiro e do Senador racista que disputava o trono da moralidade, coroado pela Globo e pela Veja. Isso antes da casa cair.

Demóstenes, com Dadá e PJ, tentou derrubar Agnelo
Brasil 247

Demóstenes, com Dadá e PJ, tentou derrubar AgneloFoto: Divulgação

NOVOS DIÁLOGOS DO INQUÉRITO MONTE CARLO REVELAM AÇÃO COORDENADA DO SENADOR GOIANO PARA PRESSIONAR O GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL A AGIR EM DEFESA DOS INTERESSES DA EMPREITEIRA DELTA; CASO CONTRÁRIO, HAVERIA MAIS DENÚNCIAS NA VEJA PARA PROVOCAR UM IMPEACHMENT; PJ É POLICARPO JÚNIOR

28 de Abril de 2012 às 22:53

247 – Graças ao trabalho do jornalista Luiz Carlos Azenha, do blog Viomundo, novas peças do quebra-cabeças da Operação Monte Carlo começam a se encaixar.

A partir de diálogos do inquérito vazado pelo 247, Azenha garimpou informações relevantes para a compreensão da crise política no Distrito Federal.

Em 28 de janeiro deste ano, Veja publicou uma reportagem chamada “O PT na Caixa de Pandora”, apontando que o governador Agnelo Queiroz teria agido para derrubar o antecessor José Roberto Arruda.

Um dos personagens citados na reportagem era o senador Demóstenes Torres, que aparentemente pautava a sucursal brasiliense da revista Veja. Ouvido pela revista, o parlamentar goiano declarou que Agnelo teria agido de forma criminosa.

Os diálogos da Operação Monte Carlo, no entanto, revelam que Demóstenes não se pautava pela ética, mas sim pelos interesses comerciais da Construtora Delta.

Num dos grampos, de 30 de janeiro deste ano, Dadá comenta com um interlocutor identificado como Andrezinho que Demóstenes só sentaria com Agnelo para poupá-lo de novas denúncias na revista Veja se seus interesses (da Delta) fossem atendidos.

No mesmo dia, Dadá fala também com Carlinhos Cachoeira, que é explícito na pergunta: “Agora ele cai?” Ou seja: fica claro que o contraventor, sócio da Delta, trabalhou, em conluio com a revista Veja, pela queda do governador do Distrito Federal.

Depois disso, no mesmo dia, há um novo diálogo, entre Cachoeira e o diretor da Delta, Claudio Abreu. “Arrebentou, hein, o bicho arrebentou, hein”, diz Abreu. “Foi bom demais”, responde Cachoeira.

Antes de desligar, Abreu revela ter orientado o jornalista Policarpo Júnior, de Veja.

“Mas eu já tinha falado isso pro PJ lá: “PJ, vai nesse caminho”.

PJ é Policarpo Júnior.

Como diz Reinado Azevedo, Policarpo é f... Ele nunca vai ser nosso.

Clique aqui e leia a íntegra dos diálogos garimpados por Azenha.

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