segunda-feira, 30 de julho de 2012

Venha ajudar o Sindicato a pressionar a Câmara

Só 0,01% de novo não!
Venha ajudar o Sindicato a pressionar a Câmara.
Dia 1º de agosto, concentração a partir das 13 horas!
O SINDSEP receberá os Vereadores no dia 1º para cobrar apoio aos projetos de interesse dos servidores que não foram votados pelos parlamentares no primeiro semestre. Os Vereadores deixaram de aprovar o PL 155/12 que Kassab mandou para a Câmara mais uma vez com reajuste de 0,01% (anos de 2011 e 2012).
O Sindicato já encaminhou proposta de reajuste segundo as inflações anteriores (7,33% a partir de maio de 2011 e 5,37% a partir de maio de 2012) o que é permitido pela lei eleitoral. Em ano de eleição para a Câmara muitos estão em campanha para se manterem nos cargos e não querem se comprometer em votar contra os 0,01% Kassab.
Não podemos deixar para depois das eleições. Os Vereadores precisam mostrar a cara agora. Também foi deixado para o segundo semestre, o PL 145/12 das férias coletivas. Queremos o compromisso da Câmara de votação das propostas do SINDSEP que estendem aos CEIs o recesso em julho e responsabiliza a Prefeitura por programas alternativos de atendimento nos períodos não letivos, sem prejuízo para o pessoal dos CEIs, caso percamos mais uma vez na justiça por conta da fraca argumentação de SME sobre o atendimento em pólos.

-- SINDSEP --

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A farsa encomendada

Poderia ser uma manifestação legítima. Mas, na verdade, era um embuste. Dois militantes da juventude do PSDB, Marcos Saraiva e Victor Ferreira, fazendo-se passar por estudantes de universidades federais em greve, abordaram Fernando Haddad nas ruas do Brás. 

Nem estudantes, nem grevistas. Eles são da Juventude Tucana e estão sempre presentes no cotidiano do partido. Manipulações grosseiras como esta, que fazem lembrar técnicas fascistas, agridem a democracia.

Clique aqui e veja manifestação de Antonio Donato, presidente municipal do PT, sobre a farsa tucana. "Todo cidadão tem direito de protestar, o que não pode é falsificar esse protesto", afirma. 

Do site Pense Novo - Fernando Haddad 13 para prefeito de São Paulo

A farsa encomendada Pense Novo - Fernando Haddad 13 para prefeito de São Paulo

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Depois de proibir alimentar moradores de rua, Kassab manda bater neles

Depois de devastar favelas e expulsar famílias das regiões de interesse imobiliário, depois de “limpar” a cracolândia para seus amigos construtores poderem faturar, depois de proibir a distribuição de alimentos para a população de rua, Kassab demostra mais uma vez sua política para as pessoas mais vulneráveis. A ordem agora para a GCM, sob risco de punição dos rebeldes, é descer o pau em povo de rua. Além de seu plano de rampas herdado de Serra e das pedras antimendigo, Kassab molha o chão onde dormem e manda a GCM retirar todos os pertences dos sem teto, em pleno inverno. Para saber mais da prática higienista de Kassab, que lembra o modo como os judeus começaram a ser tratados pouco antes do holocausto, ouça a reportagem da rede Brasil Atual e assista à matéria do SBT (no final).
Como uma política de crueldade nazista Garis da companhia de limpeza urbana colocam pedras na parte de baixo de viaduto na avenida Presidente Vargas, no centro do Rioacontece em uma cidade do tamanho de São Paulo, na cara de toda a população? Esse fascista e seu antecessor, José Serra, desconstruíram a cidade. Inverteram as prioridades, injetando o dinheiro dos bairros mais pobres nos mais ricos, reduzindo a rede municipal de ensino em 268 mil vagas, e dando porrada ao invés de atenção. Além de impressionar, demonstra a desconstrução dos valores humanos que esses sujeitos foram capazes de implementar na nossa cara. São Paulo não merecia isso.

Prefeitura de São Paulo orienta guardas a agir com força contra moradores de rua

da Rede Brasil Atual

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O medo é o sentimento que impera entre os moradores de rua na capital paulista. A repressão da Guarda Civil Metropolitana (GCM) criou um verdadeiro clima de terror na vida dessas pessoas. Eles se recusam a dar entrevista com receio de retaliações dos policiais. Desde o final do ano passado, um documento do comando da Guarda orienta os GCMs a agir com força contra essa população. A norma tem o aval do secretário municipal de Segurança Urbana, Edson Ortega. O defensor público Carlos Weis considera inconstitucional a atuação de guardas metropolitanos na repressão aos moradores de rua. O padre Julio Lancelotti se reúne nesta quinta-feira, 19, com representantes da Defensoria e do Ministério Público, para discutir mecanismos de proteção para essas pessoas. Reportagem de Lúcia Rodrigues
Prefeitura de São Paulo orienta guardas a agir com força contra moradores de rua — Rede Brasil A

Política e polícia higienista de São Paulo

domingo, 1 de julho de 2012

São Paulo, a cidade proibida

Do Blog Brasil Escrito

[Para ler ao som de Negro Drama, dos Racionais, com o grupo Vesper Vocal: Ouça]

A onda proibitiva em São Paulo começa com José Serra, continua com Geraldo Alckmin e ganha sua personificação mais bizarra com Kassab, que fez do não a marca de seu governo. Algumas poucas proibições poderiam ser justificáveis se não escondessem intenções higienistas nas entrelinhas. Outras são completamente estapafúrdias, como veremos a seguir.

Em São Paulo foi criada a Lei Antifumo, que se alastrou pelo Brasil como um câncer. O argumento de que a fumaça do cigarro alheio em ambientes fechados causaria malefícios à saúde do “fumante passivo” esbarra no direito individual quando regulamenta valores por meio da lei. Por que alguém não tem o direito, por exemplo, de abrir um bar exclusivo para fumantes ou de manter uma área reservada para eles? Em São Paulo é proibido fumar até na calçada, se houver um toldo ou cobertura sobre vossa cabeça.
Anúncios de outdoors foram vetados. A Lei Cidade Limpa é positiva quando objetiva reduzir a poluição visual na capital. O problema é o modelo de implantação desta lei, pois hoje qualquer cidadão está proibido de estender à frente de sua casa uma placa ou faixa com qualquer mensagem, inclusive (e a meu ver principalmente) de protesto contra o descaso do governo. Se alguém quiser protestar contra buracos na rua do bairro terá que pedir autorização da prefeitura. O que será negado, por óbvio, constituindo assim um veto indireto à liberdade de expressão.
Chegou a ser proibida a circulação de motos com mais de uma pessoa. O argumento para vetar o “carona” na garupa é de que este poderia ser um assaltante. Como os assaltos praticados por duplas sobre motos são comuns, decidiu-se proibir duas pessoas de dividirem a mesma moto ao mesmo tempo. A iniciativa lembra aquela piada do marido que pegou a mulher com outro no sofá e, para se livrar do problema, vendeu o sofá. Felizmente a lei foi derrubada: feria o direito de ir e vir assegurado pela Constituição Federal.
Outra envolvendo motos: veículos de duas rodas foram proibidos de circular na Avenida 23 de Maio, sem justificativa plausível. A decisão foi revogada pouco tempo depois porque não tinha consistência.
Também foi proibida a circulação de caminhões nas marginais. Agora, esses veículos precisam usar o Rodoanel da CCR (empresa de amigos de José Serra) e pagar o pedágio, se quiserem trabalhar. Recentemente, caminhões proibidos de circular pela Marginal Pinheiros pararam temporariamente de fornecer combustível para os postos de gasolina de São Paulo, como forma de protesto.
A paranóia com os assaltos fez com que o uso de celular fosse vetado dentro de agências bancárias.
A paranóia com a saúde proibiu médicos de usarem jaleco fora do hospital.
Mas a melhor foi a proibição do ovo mole nos botecos da cidade. Para evitar que o cliente contraia uma intoxicação causada pela salmonela.
Cúmulo da falta do que fazer, o molho à vinagrete foi proibido nas pastelarias. Para não contaminar o pastel com bactérias malvadas.
A paranóia com o silêncio levou à proibição do tradicional pregão nas feiras livres. Os comerciantes não podem mais divulgar suas ofertas em voz alta, como é costume no Brasil desde 1500.
Da mesma forma, cobradores de lotação não podem mais informar o destino do veículo gritando para fora da janela, atitude que facilitava a vida de deficientes visuais e de analfabetos. 
Por incrível que pareça, não são mais permitidas bancas de jornal no centro de São Paulo, pois, segundo a prefeitura, as banquinhas poderiam ser usadas como "fortalezas e esconderijos de assaltantes em fuga".
Proibiu-se o uso de câmeras fotográficas nos terminais de ônibus.
As câmeras estão proibidas também no metrô.
Também proibiram a venda de quentão e vinho quente nas festas juninas das escolas.
Para salvaguardar a saúde de nossos jovens, refrigerantes e frituras foram vetados nas cantinas dos colégios.
Pobres estudantes: matar aula está proibido em São Paulo. Com ordem da prefeitura, PM sai à caça de alunos gazeteiros, que acabam dentro do camburão, como marginais.
Não se pode mais beber cerveja nos estádios de futebol e nem levar bandeiras para torcer pelo seu time.
Recentemente, a paranóia com o meio ambiente proibiu o uso de sacolas plásticas nos supermercados. A lei foi derrubada porque contrariava os direitos do consumidor.
Mais: está proibida a doação de material reciclável para catadores. Isso mesmo: doação!
Os artistas de rua estão proibidos de se manifestar na Avenida Paulista e em outras regiões nobres da cidade. Os que ousam mostrar sua arte em público, dos malabaristas às "estátuas vivas", são violentamente reprimidos pela PM.
A última da onda repressiva é a lei, já aprovada pela assembléia legislativa, que proíbe o consumo de bebida alcoólica em áreas públicas, como bares, calçadas, praças e praias. Se for sancionada pelo governador – e tudo indica que será – ninguém poderá beber sua cervejinha despreocupadamente na rua.
Isso sem falar nas vergonhosas rampas antimendigo instaladas sob os viadutos e pontos estratégicos para impedir que moradores de rua durmam naqueles locais.
Também foi proibida, pelo então governador José Serra, a venda de bananas por dúzia, como sempre foi feito nas feiras. Agora, em todo o Estado, a banana só pode ser vendida por peso. Quem insistir, poderá ter seu comércio multado.
A prefeitura de São Paulo se meteu ainda em uma cruzada contra as bancas de jornais. Isso mesmo: para forçar o fechamento das bancas na Praça da Sé e outros pontos da cidade, Gilberto Kassab está proibindo os donos de vender produtos como guarda-chuvas, chocolates e publicações "atentatórias à moral". Não acreditam? Leiam aqui
Kassab também não gosta que pobres socializem em espaços culturais criados por eles. Por isso tem proibido os saraus nas periferias. Um dos mais antigos e tradicionais, o Sarau do Binho, na região do Campo Limpo, foi fechado recentemente, à exemplo de espaços culturais semelhantes no Bixiga e na Brasilândia. Todos tinham uma característica em comum: eram espaços de resistência do movimento hip-hop.
O trabalhador informal também é tratado como criminoso em São Paulo. Kassab cancelou as permissões de trabalho de todos os camelôs da cidade.
Proibição das mais cruéis é a que pretende proibir a distribuição de comida para moradores de rua. As entidades assistenciais que entregam todas as noites o "sopão" para pessoas que não têm nada na vida, são os alvos preferenciais. Kassab espera, com isso, forçar os mendigos a saírem das ruas e se internarem nos  albergues da prefeitura, que são péssimos e oferecem comida de baixa qualidade.
O jornalista Rodrigo Martins, da Carta Capital, foi muito feliz quando definiu, em seu artigo Cervejaço contra a caretice: "São Paulo é uma cidade de loucos exatamente pelo fato de negar a seus habitantes o direito à cidade".